Epílogo

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O piado da coruja era ouvido vindo de dentro da floresta. Belinda abriu os olhos um pouco desorientada e zonza. Olhou para o teto de madeira e em seguida para o ambiente ao redor, teve um pequeno susto ao constatar que estava no seu quarto e deitada na sua cama.

Botou a mão na sua cabeça, estava confusa, pois a última lembrança que tinha era de estar nos braços do lobo em sua cama na floresta proibida, envolvida por seus lábios sedutores e incansáveis a noite toda. Era impossível, como ela foi parar ali se não sabia o caminho?

Levantou-se um pouco cambaleante e deu alguns passos. Viu nos seus braços a marca das unhas dele e de seus beijos. Estava com a capa vermelha e o capuz, retirou-o e viu que estava com o vestido. Lembrava claramente do que tinha acontecido, não poderia ser algo de sua mente. Parou em frente ao espelho do seu quarto, no seu pescoço viu marcas roxas.

Retirou o vestido e observou seu reflexo em frente do espelho, haviam várias marcas no corpo dela. A prova de que esteve em todos os lugares, ao seu redor e dentro dela. Aproximou-se um pouco e viu uma diferente no seu abdômen. No momento que a tocou, Belinda deu um passo para trás quando viu dois olhos vermelhos piscarem de volta para si.

Ela derrubou um vaso de flores ao seu lado quando virou-se em direção a janela, onde viu os olhos vermelhos entre as árvores densas da floresta brilhando fixamente em sua direção.

E algo lhe dizia que o dono estava sorrindo maliciosamente, esperando por ela novamente.

— Belinda, querida, você está bem? — escutou a voz da madrinha quebrar o silêncio da noite.

As arrasadoras orbes vermelhas sumiram como um passe de mágica no meio da escuridão.

Belinda apenas sorriu de lado, ansiosa para aprontar de novo. — Sim, Brunhild, eu estou bem.

Em seu ventre, ela carregava a marca do lobo, a qual conectaria suas vidas para sempre.

"Todo conto de fadas vem com o mesmo aviso:
Boas crianças nunca devem ir para a floresta sozinhas.
Desvie do caminho, e quem sabe o que encontrará...
Um lobo faminto.
Um demônio atraente.
Ou no caso de Belinda: algo muito, muito pior...
Na forma de um moreno mau, perigoso, selvagem e sensual."

Obrigadinha por lerem até aqui, lorenna e eu agrademos de coração!

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Devore-me (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora