Separação

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A música é ''From the inside'' ( Junior Vasquez Radio Edit ) de Gioia Bruno.
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Pela manhã, Dumbledore anunciou que todos seriam dispensados das aulas, para prepararem-se para a festa. Harry ficou aliviado, pois sua ausência não seria percebida enquanto estivesse na cerimônia de separação entre Lucius e Narcisa. Deixou um bilhete para Rony avisando que iria a Hogsmead, já que não pôde ir no dia anterior. Sabia que Rony não iria importar-se de ter a sala comunal só para ele e Hermione.

Draco pegou suas coisas e encontrou Harry nos portões. Juntos foram até a estação de trem e rumaram à Mansão dos Malfoy. Harry podia perceber que Draco estava impassível e sabia que ele tentava contornar a iminência de ver seu pai agindo tão cruelmente com sua mãe. Mas por que Lucius estava fazendo isso? O que o estava levando a pedir a separação de sua esposa?

- Harry.

O grifinório desviou a atenção da janela do trem para atender ao chamado do loiro.

- Procure não falar com meu pai quando chegarmos lá. Ainda estou incerto da reação que ele terá ao vê-lo.

- Sim, mas e sua mãe?

- Ela sabe ser diplomática até com Dumbledore.

- Certo.

Harry achou que não era preciso fazer muito esforço para ser diplomático com Dumbledore, mas no minuto seguinte lembrou-se que estavam falando de Narcisa e tudo se encaixava. Pensou que apertar a mão do namorado nessas horas seria o mais apropriado. Aqueles olhos azuis, sempre tão brilhantes, hoje estavam nublados em preocupações e o moreno não sabia o que fazer para aliviar essa sensação do garoto.

- Ela vai ficar bem, Malfoy. Ela tem a você e poderá sempre visitá-lo na sua mansão, além disso, uma bruxa como sua mãe não deve demorar muito a ter propostas. Ela tem fama, influência e beleza... e também...

- Harry... - Interrompeu Draco - Não fale mais nada, não é preciso. Eu sei que você irá estranhar meu silêncio, mas preciso que você entenda que hoje não é um bom dia e em dias como esse, minha reação tende a ser o menos pronunciante possível.

Harry o olhou sem saber como agir.

- Apenas esteja do meu lado, ok?

Harry assentiu sem dizer um "sim" ou "combinado". Procuraria fazê-lo feliz da maneira como ele quisesse.

O trem chegou à estação Burkle Town e uma limousine prata já os esperava. Entraram no carro apressados e o moreno durante todo o percurso admirou-se das mil maravilhas que iam dentro daquele automóvel. Era quase possível viver ali. Tocou seus dedos no estofado de pele sobre o qual se sentava, e era absurdo o conforto que aquilo lhe proporcionava. Era extremamente macio e não quente como as peles normais. Ao elogiar mentalmente o assento, imaginou o transtorno de Hagrid se visse peles de animais como capas de bancos em automóveis. Draco o olhou, simpatizando-se com a inocência de Harry sobre as riquezas do mundo e sorriu, imaginando qual seria sua reação ao conhecer sua mansão.

Depois de alguns minutos, a limousine entrou em um condomínio cuja estrada era de mão única e cercada pelos dois lados por altas arvores, plantadas milimetricamente distanciadas uma das outras, dando uma impressão colonial ao caminho. Ao longe, Harry viu um portão absolutamente enorme. Dava mais de três vezes o tamanho do portão principal de Hogwarts, com duas serpentes naja verde-metálicas entrelaçadas. Ele pensou que tudo ali certamente fora planejado pelos mais caros arquitetos da comunidade bruxa.

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