Veritaserum ou Imperius ?

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Musica do capítulo : Muse - Supermassive Black Hole
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Perto do lago de Hogwarts, estavam todos os marotos juntos, exceto por Rabicho que estava cumprindo uma detenção com McGonagall por não ter feito os deveres de casa. O jovem Snape estava longe deles, sentado embaixo de uma grande árvore, enquanto Lilian puxava conversa, tentando ganhar sua atenção e James ficava cada vez mais possesso com aquilo. Bufava e resmungava sobre o feitiço que deveria jogar no garoto que ele chamava o tempo todo de ''seboso''.

- James, relaxa cara. - Dizia Sirius, deitado na grama, aproveitando a deliciosa sombra sobre seu corpo. - A Evans só tem pena dele.

- Você fala isso porque não é sua garota que está se engraçando pro lado daquele imbecil. - Bufou o rapaz, furioso.

Lupin estava sentado ao lado de Sirius, abraçado aos joelhos contra o peito, enquanto observava todos com seus olhos analíticos. Todos não, porque apesar de esquadrinhar todo o lago, seu olhar sempre recaía em Sirius novamente, e no modo como a brisa despenteava suavemente o cabelo em seu rosto.

Black estava com os olhos fechados, seu peito subindo e descendo lentamente conforme ele respirava, e os braços apoiados atrás da cabeça. As garotas passavam e eventualmente o cumprimentavam para chamar sua atenção. Remus apenas ria com a situação. O animago abriu os olhos e mordeu os lábios, sorrindo para ele.

- Do que você tá rindo, Moony? - Perguntou Sirius, tacando algumas folhas no amigo.

- Das meninas tentando descobrir qual você vai levar no baile de Natal de Hogsmead. - Respondeu Lupin, encostando na árvore.

- Eu não vou levar nenhuma.

- Não? - Perguntou Remus surpreso. - E por quê não?

- Não seja tolo. É noite de lua cheia amanhã. Você não pode esperar que eu vá te deixar sozinho. - Respondeu Sirius, com sinceridade.

- Não é preciso. Eu vou ficar bem. - Disse Remus, corando, mas tentando forçar segurança em sua voz. - James vai ficar transtornado se você não for, até porque, se Lilian for com Snape, ele vai ficar sozinho lá.

- Ele se vira. Eu vou ficar com você amanhã.

Sirius manteve o olhar fixo em Remus por alguns minutos, que estava extremamente encabulado com a situação, embora não desviasse o olhar igualmente. Por algum motivo, eles estavam entendendo aquele silêncio mais do que se estivessem usando palavras. Sirius umedeceu os lábios e tornou a sorrir, fechando os olhos e voltando a relaxar deitado.

- Bem, ahm... obrigado... - Sussurrou Remus, inaudivelmente.

Um embaçado tomou a visão de Lupin e ele estava na Casa do Gritos no dia seguinte, transformado em lobisomem, mas plenamente consciente da presença amigável de Sirius em forma de cachorro. Graças a poção que o diretor lhe fornecia, Lupin podia brincar com seu companheiro sem ter impulsos de atacá-lo. Então, eles pulavam e rolavam no chão com latidos e grunhidos, por vezes com leves mordidas marotas adentro a madrugada.

Em um movimento surpresa, o lobisomem sentira o cachorro posicionando-se na sua frente, empurrando as orelhas e a cabeça contra seu corpo, como o movimento natural de um cachorro quando pede carinho ao dono. Ele foi por cima do animago e lambeu seu pescoço várias vezes com delicado cuidado para não encostar seus dentes nele. O cachorro esticou as patas traseiras, mantendo as frontais abaixadas, de forma que seu rabo ficasse abanando na altura da cintura do lobisomem.

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