Capítulo 1: O Início do Fim.

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Ele se meche na cama quando o sonho acaba de uma forma surpreendente. Jack geme espremendo o rosto no travesseiro de penas e estica a mão procurando. Mas encontra apenas os lençóis, já frios, vazios ao seu lado. O cheiro da rainha ainda forte.
Pensamentos ruins começando a surgir, o coração tendo tropeços. Ele então joga os lençóis macios para fora da cama procurando os chinelos, as roupas difíceis de vestir, o cajado ou até mesmo um assassino com uma faca.
-Eu estou aqui... -ela diz bem a sua frente.- Bom dia, meu amor...
Elsa estava sentada em uma poltrona cor de creme, vestindo apenas a camisola. O olhar de Jack sobe do carpete marrom e ele vê sua adorada raposa com um pequeno pacote coberto com um cobertor azul turquesa de lã com um pequeno urso branco costurado na frente, que se mexia de vez em quando.
Ele se lembra de Elsa sentada na mesma poltrona com seus vestidos largos de grávida, ligando e desfazendo os fios, até que se sentisse satisfeita.
Agora, com a manga da camisola abaixada até debaixo do ombro, ela amamentava seu filho com um sorriso satisfeito no rosto e os cabelos soltos em uma bagunça de uma boa noite de sono.
Uma onda de calor de felicidade passa pelo corpo do jovem rei, seguido pela brisa fria da janela atrás dele, foi quando ele se lembrou de estar completamente nú.
-Ohhhh!! -diz jogando os lençóis sobre as pernas e sorrindo. Um pequeno rubor nas maçãs do rosto, agora de homem.- Não estou nada apresentável...
O tom da voz dele nos ouvidos de Elsa, depois de três anos após o incidente de Luka, parecia estar um tom mais grave.
Ela ri e olha para o pacote quando ele solta um pequeno gemido. Jack nunca havia se acostumado com as roupas de dormir do castelo, que pinicavam enquanto ele tentava descansar. Enrolando um cobertor na cintura, ele caminha até ela, e se enclinar sobre a poltrona colocando um dos joelhos no chão.
Ele era a coisa mais perfeita que Jack já tinha visto no mundo. Esticando o braço, ele acaresia com cuidado o rosto macio do bebê, que havia parado de se alimentar, e agora cochilava com o pequeno rosto prensado no seio da mãe.
-Meu pequeno Agnarr...-Ele passa os dedos grandes nós fios brancos que começavam a nascer no pequeno floco de neve.- Meu. Meu filho...
Ele nem sequer tinha certeza de que sua semente era saudável o suficiente para que ele pudesse dar um herdeiro pra Elsa. Mas depois dela se sentir enjoada por alguns meses após seu casamento, uma visita rápida do boticário do reino, Jack tinha recebido a notícia mais feliz da vida.
Ele seria pai.
Por uma semana inteira, Arendell entrou em festividades comemorando o futuro monarca sendo gerado -o rei e a rainh "comemoraram" até que o médico tivesse que avisar do perigo de continuarem "brincando". ( ꈍᴗꈍ)
O nome do príncipe veio em homenagem ao pai de Elsa e de Anna e ele achou o nome perfeito -na verdade para Jack tudo estava perfeito desde que chegou do portal. Agnarr II, príncipe de Arendell.
Elsa arruma a manga e com cuidado aninha o pequeno caminhando até o berço bem ao lado da cama deles.
-Você já escondeu ?! -ele diz com uma sedutora cruzando os braços musculosos sobre o peito e ronrona- Mas agora e minha vez, mamãe!!
-Ohh,sim...-ela diz fingindo não entender o que ele disse. Quando ela consegue colocar o bebê no berço e eia se virar, Jack estava bem atrás e ela acaba se chocando com seu peito.- Tudo bem Jack, agora pode parar...
-O que você disse ?! -Ele diz flexionando o músculo do tórax, fazendo o peito subir e descer como uma dança.- Você disse alguma coisa ?!
E e claro que ela não conseguia se concentrar para poder dar o sermão que tinha preparado na cabeça. Então com um movimento rápido, ele beija suas bochechas e seu pescoço, esfregando o próprio rosto no dela como se fosse um filhote de gato.
-Você tem que fazer a barba. -ela diz passando os dedos pela mandíbula firme e pelo pescoço do marido, enquanto ele a encarava fixamente.
-Eu te amo, meu anjo.-ele diz encostando a testa na dela e depois se afastando
-Eu te amo, mais...-ela diz o abraçando e descansa o rosto no lugar onde ele pode ouvir seu coração bater.
-Mas sabe o que eu amo mais ainda ?! -Frost diz depois de um momento em silêncio com um tom divertido- Panquecas no café da manhã!!
-Nao está tarde demais pra isso ?! -ela fala pensando em todo o tempo que ela cozinheiros levariam para fazer o prato e na leve expressão de julgamento no rosto de Anna por estar demorando tanto. Ela se afasta dele indo procurar roupas no armário- Mas sério. Se você comer mais um pedaço de panqueca, o pobre do Nevasca não vai conseguir carregar você.
-Eu vou fingir que você não me chamou de gordo...-Jack fala deixando o lençol cair e caminhando para o banheiro do quarto- Foi uma alucinação auditiva. Tenho certeza!!
Elsa eu novamente sobre a mão.
O bebê estava dormindo.
A felicidade nunca foi tão maravilhosa.

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Ele andava pelos corredores com um ritmo parecido com um trote. Jack havia dormido demais, e agora ele teria que tomar um café bem rápido e ir pra o escritório.
Estava assando as horas em que lia e assinava documentos sozinho nos últimos dez meses. Desse que Elsa tinha feito seis meses, em que ele a obrigou a ficar no quarto, até agora em que Agnarr tem apenas quatro, quase cinco, meses de vida. Ela quer ansiosamente voltar o trabalho, mas com um belo jogo de cintura, Jack conseguia enrolar por mais um dia.
Mais os dias ficaram muito mais longos sem ela, e o pobre do Kristoff não supria nem um pouco sua solidão.
Descendo as escadas com pressa, ele fechava as abotoadoras douradas nós pulsos do casaco de um azul marinho bem fechado com os botões e ombreiras negras como as botas.
Ele não usava a coroa pesada sobre os cabelos bem arrumados, mas além da aliança, Jack usava um anel de ouro no dedo mínimo esquerdo e um no dedão direito com o carimbo do selo real.
No momento em que ele senta na mesa para comer, um servo vem e põe diante dele uma bandeja prateada com queijo, fatias de presunto, algumas uvas e um ovo cozido.
-Bom dia, Ovar!! -ele diz para o mordomo que se aproximava com um bolo de papéis na mão.- O dia começou animado hoje...
-Bom dia, majestade!! -o homem magro diz com uma reverência, evitando olhá-lo nós olhos. Ele parecia assustado. Jack para de comer- S-Senhor...o...o mensageiro que enviamos para o duque...
Ele não conseguia terminar.
-Vamos homem, fale!! -ele diz para o mordomo que se sobressai com o aumento da voz, enquanto ele puxa os papéis da mão dele tentando procurar algo para se preocupar.- Meus cabelos estão cada dia mais brancos de tanto estresse....
Antes que ele pudesse responder, Anna surge atrás dele colocando a mão em seu ombro.
-Bom dia pra você, Jackson. -ela diz. Abaixo dela, já na altura de seus joelhos, Richard sorria para o tio mostrando para ele o soldado brinquedo de madeira em suas mãos- Por que vocês não estavam aqui para o café ?!
-Dormi demais. -fala esfregando os nós dos dedos na cabeleireira cobreada do garoto que ri tentando afastar sua mão.
-Sei. -fala parecendo desacreditada se virando para subir a escadaria, enquanto Richard beijava a bochecha do tio e corria atrás dela- Por favor não engravide a Elsa antes mesmo de fazer um mês do batizado!!
-Nos não fizemos nada!! -ele grita lendo os documentos. Jack pensa que se tivesse visto sua irmã adulta, ela seria como Anna é.
-Claro, majestade!! Eu acredito em você!! -ela fala alongando as sílabas por já estar no segundo andar.
-Do que vocês estão falando ?? -ele escuta o sobrinho pergunta e então sorri.
Nos documentos, não havia nada de diferente. Cargas de grãos haviam chegado do sul e carnes do morte em troca da madeira deles. Uma carta de um nobre dizendo vir para conhecer o herdeiro e negociar peles.
-Ovar, o que...
-Sinto muito, majestade!! Mas eu não consigo falar. -o mordomo o interrompe, esfregando as mãos umas nas outras.- Eu peço que o senhor me acompanhe, por favor!!
Ele então se vira e saindo da sala e correndo em direção a saída do castelo para o pátio. Jack teve que se apressar para se levantar e segui-lo, pois mesmo que chamasse o jovem mordomo, ele não se virava e continuava andando.
Eles estavam indo em direção aos estábulos.
De longe Frost já conseguia ver os soldados vestidos de verde conversando e gesticulando de forma nervosa em volta de um cavalo.
-Senhor ?! -um deles diz quando o vê e junto com os outros, abre caminho para que ele veja o pesadelo que tinha sido deixado para ele ver.
O cavalo do mensageiro real estava na sua frente, sem o seu dono. Era um garanhão pardo e bem cuidado. Havia cortes em suas pernas e a sela estava pendurada para o lado. Balançando com o vento de outono.
No flanco do animal alguma coisa, um humano não faria aquilo, tinha escrito com alguma navalha cortando o animal. Estava escrito: TE PEGUEI.
-Mas o que...
Antes de terminar a pergunta, um soldado veio em sua direção, tão pálido quanto ele. Parecia ter visto um fantasma. E o homem entrega para ele uma caixa branca manchada de vermelho.
Jack sente o gosto de fel na boca quando sente o cheiro. Cheiro de sangue. Cheiro de morte. Cheiro de desespero.
Dentro da caixa havia a cabeça do seu querido e bom mensageiro cortada com algo sem fio. Então ele tinha sofrido. Dentro da boca aberta, estava enfiado o estandarte de Arendell.
Havia um cartão escritório em letras caprichosas bem acima do tecido azul da bandeira. E o que Jack leu, fez com que ele tivesse vontade de gritar e de corre para sua esposa. Estava escrito:
Não. Não existem finais felizes. Então você não terá o seu...
H.











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