Chapter 19 - Uma cabeça dura faz uma bunda macia

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Tommo abriu a porta e deixou Harry entrar na sua casa pela segunda vez naquela noite.

- Eu não deveria estar em proteção de testemunhas ou algo assim, em um local seguro? H disparou indignado.

Tommo acendeu a lâmpada na sala de estar e se virou para olhar para Harry, atirando-lhe um olhar que dizia realmente?

- Prefere que eu o leve para a estação, onde um detetive pode interrogá-lo por cinco horas antes de levá-lo para o hotel mais merda em outra cidade? Enquanto algum policial que está montado em uma mesa durante os últimos dez anos fique te tratando mal por ser chamado para vigiá-lo?

H deixou cair sua mochila no chão e balançou a cabeça. - Eu acho que não.

- Sim. Foi o que eu pensei. Tommo sorriu. Ele tirou o casaco e colocou-o sobre a parte de trás do seu novo sofá. Era bom, mas ele não tinha tido a oportunidade de apreciá-lo ainda. Harry caminhou para trás até que o dorso das sua pernas bateu no sofá. Ele caiu como se tivesse o peso do mundo em seus ombros.

Tommo esfregou a nuca, estremecendo com a tensão no local. Ele precisava dizer algo para H... Qualquer coisa... Mas o quê? Pessoas más, crime, armas em chamas, carros correndo para fora da estrada, tudo isso era normal para Tommo, mas H estava apenas tentando viver sua vida. Tommo sentou-se ao lado do homem bonito, sua mão pairando sobre seu joelho antes de move-la e colocá-la em seu ombro. O gesto era para ser reconfortante, mas não parecia que estava ajudando. - Você está bem?

- Não, não, Tommo. Eu não estou bem. Essa vadia louca tentou me matar, e por quê? Porque eu não a fodi. A voz de H estava aumentando com cada palavra. Ele saltou do sofá e começou a andar na frente de Tommo, puxando as pontas dos cabelos. - Isso é motivo para matar alguém? Jesus Cristo! Eu não estava tentando fazê-la fodidamente ficar mal, eu não queria fodê-la porque eu sou gay!

Os olhos de Tommo se arregalaram e ele estendeu a mão para impedir o ritmo de H. - Harry, por favor, acalme-se.

H girou na direção dele, um cenho duro retorcendo seus traços lindos. - Oh sim. Esqueci-me por um segundo. Você não é gay! Nós não queremos que os vizinhos pensem isso!

A cabeça de Tommo se voltou para o discurso de H. - Bem. Você está chateado com o que aconteceu e você está projetando. Vou te dar um tempo sozinho. Há cerveja no frigobar, banheiro de hóspedes é no hall. Sinta-se em casa. Tommo se virou para ir para seu quarto. Ele seria condenado se ele fosse deixar H transformar isso em uma briga sobre ele aceitando quem ele era.

- Puta covarde. Murmurou Harry.

Tommo parou na porta do quarto. Ele realmente disse isso? Tommo girou sobre os calcanhares e correu de volta para a sala de estar. - Por que diabos você me xingou?

Os olhos de Harry se arregalaram com a raiva de Tommo. Levantou-se lentamente da posição sentada e aproximou-se do outro lado do sofá. O medo em seu rosto rapidamente se transformou em raiva. - Você quer brigar comigo? Me bater, detetive?

- O quê? Tommo ofegou pelo absurdo dessa pergunta. Ele se pôs na frente de Harry e segurou seu olhar furioso e negro no dele. - Em primeiro lugar, como você se atreve a pensar por um segundo que eu colocaria minhas mãos sobre você com raiva? Só porque o bastardo que você escolheu para se casar fez, não significa que todos os homens fazem as mesma coisa. Tommo apontou para o seu peito. - Eu não sou um covarde, Harry. Se você esqueceu, eu salvei sua maldita vida.

- Oh não, eu não esqueci, mas sim você é o pior tipo de covarde. Você não está com medo de ser baleado ou de se jogar na frente de duas toneladas de metal em alta velocidade, mas você tem medo de segurar a mão de um homem, um homem que você pretende gostar, em público. Tão fodão na fodida rua, mas demasiado covarde para admitir o que você realmente é.

Embracing His Tommo II (L.S) <ADAPTAÇÃO>Onde histórias criam vida. Descubra agora