Lauren estava a espera da promotora próxima a sala que a mesma foi levada para fazer o exame de raio X. Todos que passavam por ela a cumprimentavam e achavam estanho a Dra estar ali parada com roupas casuais, e não com seu jaleco. A curiosidade dos enfermeiros, médicos e outros funcionários do hospital era grande. Eles não se atreviam a perguntar, não que Lauren fosse rude, mas por ela ser uma pessoa reservada.
A forma rude que foi tratada pelo companheiro de trabalho Dr Colson, não chocava Lauren. Era de seu conhecimento que o Dr e outros não a tinham em estima.
Como em todo ambiente de trabalho, ali também havia disputa entre os médicos. Querer dar o seu melhor, era mais do que saudável. Era necessário. Querer ser o melhor gerava conflitos. Lauren não era assim, e evitava ao máximo criar problemas com médicos com egos inflados, que se achavam superiores a ela por serem mais velhos, e terem anos de trabalho a sua a frente. A verdade é que eles não aceitavam uma pessoa tão jovem, ser tão inteligente e já estar sendo reconhecida. Mas Lauren respeitava o ser humano, inclusive suas fraquezas.
As portas da sala de raio X se abrem com a latina deitada na maca, e sua expressão já não era de quem estava com tanta dor, mas Lauren sabia que era devido ao medicamento que a deram logo no início. A promotora estava mais lúcida agora que sua dor havia diminuído. Da maca, a promotora olhava espantada e de certa forma aliviada por ver, mesmo que sem acreditar, a jovem a sua espera a olhando a medida que era levada na maca por um extenso corredor, enquanto a jovem de olhos verdes intensos ficava para trás com o médico que a atendeuApós a breve troca de olhares com a latina em um sinal mudo de que tudo ficaria bem, Lauren seguiu aproximando-se do médico e acompanhando com o olhar, a maca de longe em direção a ala dos quartos
-Dr Colson, o que deu no raio x?
- Você é parente Lauren?_ A pergunta saiu em tom de má gosto. O homem a olhava no alto de seus 1,80. A idade de 40 anos lhe trouxeram conhecimento mas, não madureza
- Já lhe respondi isso e você sabe que não, mas...
- Então sabe da política de passar informações apenas a parentes e pessoas próximas
- É evidente, mas também sei que como médica e alguém que prestou os primeiros socorros posso ter acesso a informações médicas dela
- Não em meu plantão!_ A postura do Dr Colson surpreendeu tanto Lauren como um os dos enfermeiros que ficou para trás acompanhando os dois médicos, e isso irritou Lauren de uma maneira que poucas vezes aconteceu.
Numa ação pensada e dosada a raiva, Lauren arrancou a ficha médica da latina das mãos do médico, se afastando um pouco do mesmo. Se ele se negava a lhe dizer o resultado do exame, ela mesma descobriria.
- Quanta insolência e desrespeito! Mas é de se esperar de uma pirralha que acha que é melhor que qualquer um aqui dentro e...
-Fale baixo, estamos em um hospital_ as palavras de Lauren saíram baixas e duras enquanto analisava o resultado do raio x, medicamentos prescritos bem como número do quarto da latina. Lauren poderia analisar a ficha da latina depois, mas as atitudes do médico trouxe para fora um lado de Lauren que a muito havia adormecido.
- Irei relatar a direção seus atos! E não pense que isso vai terminar aqui
- Faça como quiser_ A expressão de Lauren era despreocupada, mas que logo tomou ar de deboche quando se aproximou do Dr Colson e lhe estendeu a ficha_ Obrigada pela ficha Dr_ Disse entregando a ficha se afastando com a calma de um felino.
Suas pisadas lentas e espaçadas em nada revelavam a irritação sentida.Todos conheciam a bela médica, jovem e educada, que nunca se envolvia nas disputas de ego entre os médicos, e sempre estava disposta a ajudar seja quem fossem. Mas aquela Lauren que ousadamente arrancou a ficha das mãos do médico, era uma surpresa. Durante anos de sua vida foi essa Lauren, sem ações medidas, que enfrentava qualquer coisa e quem quer que fosse, que viveu no colégio interno.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Primeiro Amor
RomansaCamila Cabello, 35 anos, mulher de origem pobre, lutou muito para se tornar uma promotora bem sucedida, respeitada e sócia de uma das melhores empresas de advocacias do país. A vida a fez forte, e suficiente para si. Sua beleza latina, e postura de...