C.4- O primeiro golpe✓✓

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Depois do que aconteceu durante o jogo, William ficou completamente histérico. Ele chorava descontroladamente e eu não o julgava, se alguém escrevesse algo do gênero em uma das paredes do meu quarto eu estaria do mesmo jeito

E mais uma vez eu fui chamado até a sala da Dr.Iracebeth para ser interrogado pelo Inspector Elijah. Eu já estava cansado de ser culpado por tudo o que acontecia nessa academia

- Não foi eu!- disse antes que o Inspector falasse alguma coisa

- Então quem foi?- ele perguntou cruzando os braços e olhando nos meus olhos

- Sei lá, a garota do filme The Conjuring, Marilyn Monroe, Barack Obama. Eu não sei, mas não fui eu.

- Giovanni, eu chamei você aqui porque descobrimos que a tinta na parede daquele quarto não era tinta. Era sangue

Mostrei os meus pulsos e mãos para ele

- Está vendo? Eu não tenho cortes, então não fui eu- tentei me defender mais uma vez

- Você não está percebendo, fizemos os exames e descobrimos que aquele sangue na parede era do Pietro

Um estopim
Um alto e longo estopim
Meu coração apertou e a minha respiração ficou cada vez mais acelerada, eu não podia acreditar no que acabara de escutar.
Como assim o sangue que foi usado para escrever a ameaça no dormitório do William era do Pietro? Do meu irmão...

- O quê? Isso é impossível- sussurrei

- É possível sim, e para esse acontecimento só existem duas prováveis explicações. Ou alguém está usando o sangue do Pietro para se camuflar, ou...

Ele fez uma pausa e olhou nos meus olhos, dando tempo para que eu percebesse todos os seus pensamentos

- ...ou o Pietro ainda está vivo!- respondemos em uníssono

Pestanejei várias vezes enquanto levantava da cadeira. Algo não estava certo, eu próprio assisti o enterro do meu irmão, eu desmoronei quando vi aquele caixão de tom escuro sendo enterrado. Ele não podia estar vivo, nada aqui bate certo

- Isso é impossível, meu irmão está morto- disse com a voz falha

- Talvez não esteja, talvez ele apenas fingiu a própria morte- Inspector Elijah falou calmamente porém com um tom de angústia bem no fundo da sua voz

- Isso é ainda mais impossível, ele foi assassinado- senti as lágrimas caírem no meu rosto- Ele foi morto

O Inspetor parou de falar e fixou os seus olhos claros em mim, como se estivesse incrédulo com o que via

- Então você chora...- ele sussurrou olhando para mim surpreendido

Passei a mão pelo rosto rapidamente para secar as lágrimas. Eu me sentia envergonhado por ter chorado a frente do Inspetor Elijah, por isso saí da sala e caminhei sem destino.

As conversa que tive com o Inspector ainda estava frescas na minha mente como uma pedra de gelo. Isso era impossível, porque meu irmão fingiria a própria morte?
Eu o conhecia muito bem e sei que ele não tem o ego vingativo forte como o meu, a ponto de fingir a sua morte para assombrar todos que o fizeram mal nessa academia.

Não, não, não...
Isso era uma completa loucura

Porém, eu não poderia descartar nenhuma possibilidade de saber mais sobre ele. Eu precisava daquele tablet desbloqueado, precisava saber quais segredos o meu irmão escondia, precisava saber o que realmente aconteceu durante o tempo em que ele estava nessa academia.

Foi extremamente isso que me fez querer me aproximar dos populares. Porque eu tinha a certeza que o Luther, a Marylin, o Stanley, o William e o Aaron sabiam muito mais do que eu imaginava.

LaVeyOnde histórias criam vida. Descubra agora