"Avada Kedavra!"
Dezenas de cabeças voltaram-se no caos de lama, sangue e chuva para ver Harry Potter com sua varinha erguida e apontada diretamente para o peito de Voldemort. O Lord das Trevas manteve-se em pé por algum tempo ainda, seu olhar vacilando, antes que seus olhos vermelhos se fechassem e ele caísse silenciosamente no chão. Harry observou o homem morto diante dele sem ao menos registrar o crescente barulho das comemorações ao fundo. Ele não viu os Comensais da Morte perdidos, batendo em retirada para a Floresta Proibida. Ele não viu o solitário par de olhos cinza que tinha assistido cada movimento seu. O dono dos olhos não tinha feito coisa alguma para impedi-lo de dizer aquelas palavras imperdoáveis, apenas desapareceu na escuridão das árvores.
Ele viu a faca que tinha lhe rendido o segundo de distração decisivo, aparecendo do lado do corpo de Voldemort, seu punho apontando na direção da Floresta.
Ele também viu as palavras gravadas no punho quando ele a arrancou.
Mal Foi.
-x-
"Por Deus, Harry, você quer parar de olhar pra essa droga de punhal? Está me assustando o quanto você olha pra ela".
"Eu preciso saber, Ron." Harry falou enquanto colocava a faca de volta na bainha de metal, uma que ele tinha comprado para guardá-la. Ele assistiu, através da janela do trem, o campo lá fora passar como um borrão.
Hermione olhou para ele tristemente. "Harry, se você quer tanto saber, apenas… vá e encontre ele.
"Como eu posso encontrá-lo se eu nem mesmo sei aonde ele está, Hermione?"
"Eu tenho certeza que o Profeta pode te ajudar com isso, cara." Ron disse. "As últimas edições foram centradas na Família Malfoy, não foram? A edição de ontem, na terceira página, disse que todos os bens e dinheiro da família irão para o Ministério."
"O quê?" Harry perguntou.
"Malfoy está desabrigado?" Hermione perguntou, desacreditando no que estava ouvindo. "E sem grana?" Ela ficou olhando para o nada enquanto pensava naquelas declarações.
"Certamente ele tem alguma coisa. Eu não posso imaginar que o senhor Malfoy não tenha guardado algo no caso de uma coisa dessas acontecer." Harry se ajeitou, orgulhoso de sua perspicácia.
Ele, porém, franziu o cenho quando Hermione começou a sacudir a cabeça. "Não, Harry, os Malfoy são conhecidos por seu orgulho tão bem quanto por qualquer outra coisa. Eu duvido que tenha sobrado algo para ele agora.
"Bem, e a fortuna dos Black?" Ron perguntou.
"Ron, você se esqueceu que ela foi toda deixada para Harry no testamento de Sirius?"
"Oh, meu Deus!" Harry blasfemou. "Eu tomei o dinheiro da família dele!"
"Ai, Harry, não seja idiota." Hermione suspirou. "Olhe, você tem algum lugar para ficar?" Ela perguntou, mudando de assunto.
Harry ficou em silêncio por um segundo antes de entender a pergunta. "O quê? Oh, sim, eu comprei uma casa quando eu fiz dezessete. O quê?" Ele perguntou para os olhares arregalados de seus dois melhores amigos. "Eu perdi a cabeça depois de chegar a maioridade e comprei uma casa para mim de aniversário." Ele disse, sorrindo. "O quê?"
"Eu não posso acreditar em você, cara. Você está cheio de surpresas este ano."
"O que eu fiz?" Harry disse, rindo.
A boca de Ron se escancarou. "Você quer dizer, além de matar Você-Sab– Oh, pelo amor de Merlin, Voldemort, Voldemort – feliz? Além de conseguir passar em poções, mas não entrar para o treinamento de Auror, e sim para o curso de curandeiro com Hermione, nos contar que é gay, ter namorado metade dos garotos do sétimo ano, matar Voldemort, essa obsessão com a adaga de Draco Malfoy e de tabela pelo cara também e então nos contar que comprou uma casa? Esqueci alguma coisa?"
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One Month Stand • drarry [pt/br]
RomanceHarry Potter tem procurado por Draco Malfoy desde que deixou a escola. Agora, com 24 anos e formado Curandeiro, ele o encontra novamente. Conseguirá convencê-lo a ficar?