1.1.

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"Bem, eu acho que nunca vi um sorriso tão escancarado." Charlotte disse, avistando Harry e Draco caminharem de volta para o carro. Um dos braços de Harry em volta do loiro, e o outro carregando uma sacola de plástico com o logo do posto de gasolina.

David virou-se para ver do que ela estava falando. Ele viu Harry andando com uma sacola do posto de gasolina na mão e Draco sorrindo de orelha a orelha enquanto carregava uma sacola de pano. Eles estavam conversando em voz baixa, entre eles, sorrindo ocasionalmente e prestando nenhuma atenção em nada que não fossem eles mesmos.

"Bem, nenhuma mancha branca visível, que eu veja. Você acha que era o doce mesmo?" Ele virou-se para Martin e franziu o cenho.

"E você queria que ele dividisse? Você realmente ia privar um homem de algo que o faz sorrir daquelejeito?" Lorraine perguntou.

Harry caminhou até seu carro e o destrancou. "Se alguém pediu alguma coisa pra viagem, vai pegar logo. Senão, vamos embora."

Os três que tinham feito algum pedido saíram do carro para pegar seus lanches, e então voltar para seus lugares.

"Hey, Draco," David disse, observando Martin cuidadosamente. Martin não tinha tirado seus olhos da marca vermelha no pescoço de Draco, logo acima de sua camisa. Ele, assim como Martin, tinha percebido que aquilo não estava lá quando eles saíram da lanchonete.

"Sim?" Draco respondeu de seu lugar, atrás do carro de Harry.

Seus olhos se encontraram e David sorriu. "Por que você não vai à frente com o Harry?" ele disse. "Tenho certeza de que ele está morrendo de saudades suas, e eu acho que nós já perguntamos tudo o que precisávamos saber, por enquanto." Ele acenou para Marcus. "Marcus quer um tempo para tirar uma casquinha de Lorraine, de qualquer forma." David riu e abaixou a cabeça quando Lorraine atirou um pedaço de pão nele.

"É, vai lá, Draco," Marcus disse, empurrando-o para o banco da frente. "Nós já estamos chegando, mesmo."

"Oi, Harry."

"David?"

"Não esquece de ligar para o Senhor Tenho-Uma-Casa-Enorme e dizer que estamos chegando, certo? Na última vez, nós tivemos que correr para um hotel. Nunca fiquei tão quebrado em minha vida!" Ele disse, entrando no carro.

"Está bem, certo," Harry respondeu, pegando o celular. Enquanto ele discava, olhou para Martin que estava parado, o assistindo. "Quer mais alguma coisa, Martin?"

O olhar fixo de Martin se quebrou quando ele sacudiu a cabeça. Disfarçando um olhar para o banco de passageiro de Harry, ele entrou no carro de David. Harry franziu o cenho e sacudiu a cabeça, aborrecido, entrando no próprio carro.

×

"Sabe, foi bom você ter me ligado meia hora antes de chegarem. Minha casa poderia estar uma bagunça, você sabe." Christopher Benson era um bruxo de porte médio nascido na Inglaterra, mas criado na França. Sua casa em Brighton era sua forma de rebeldia contra seus pais, um dos casais mais ricos de Paris.  Eles queriam que seu filho crescesse cercado de prestígio e mulheres. A natureza rebelde de Christopher garantiu que seus desejos não fossem uma opção para ele. Harry o tinha conhecido durante seu treinamento como medibruxo.

Christopher tinha se matriculado assim que terminou Beauxbaton, na França. Ele tinha acabado de sair da escola, era obediente aos seus pais e bastante impressionista. Harry tinha acabado de sair de uma guerra, não tinha pais e todas as impressões sobre ele já estavam feitas. De certa forma, Harry era culpado pela súbita epifania de Chistopher que medicina não era para ele. Harry teve uma razão para ficar, ele tinha visto muita gente machucada antes. Já o 'porque meus pais mandaram' de Christopher não era estímulo o bastante. Ao invés disso, uma casa de frente para o mar na capital gay da Inglaterra enquanto passava seu tempo gastando sua herança, parecia uma opção muito melhor.

One Month Stand • drarry [pt/br] Onde histórias criam vida. Descubra agora