Capítulo 2: A Chegada

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Dentro do avião, eu pensava "Como vai ser? Sera que eu vou ter novos amigos? Sera que vai ser tudo diferente...?"
Bom, eu não sabia, não sabia nada. Logo eu soube...

De portugal ao brasil, dependendo do ponto de partida, a viagem dura em média 9 horas e meia, a 10 horas de viagem.
No meu caso durou 9 horas e meia, quando desembarcamo vi aquele monte de gente, então peguei firmemente na mão do meu pai e segui junto a ele.
Pegamos nossas malas e fomos em direção a saída do aeroporto. La estava o irmão do  meu pai, nos esperando com uma Brasília, assim que nos viu, soltou um grito e disse:
-HaaaaaaHaaa, Olha ele ai, Senhor nailton! Como vai velho irmão?! - Gritou meu tio.
-Vou bem Carlos, e ti como vais? - Respondeu-lhe meu pai.
Então meu tio me olhou e disse:
-Pequeno Harlley!? Olhe só quem diria é um garoto! E não uma garota como eu pensei, Não havia nome melhor pra se por em você hein!? Hahahahahaha! - Gargalhou.
-Ah yhaa, este és o Harlley, seu sobrinho Hã! - Disse meu pai com um sorriso no rosto.
Então meu tio me olhou e disse:
- Harlley, esta pronto para viver aqui no brasil? Temos coisas incríveis por aqui, garanto que vai gostar muito, e espero firmemente que goste mesmo hein. Tome aqui, seu primeiro presente! - Então sacoh de teu bolso uma nota amassada de 2 reais e me deu, sinceramente eu não sabia pra que usar aquilo porque não tinha noção que era dinheiro.
Então peguei a nota e a guardei, logo o agradeci - Obrigado... - Então ele olhou para mim e deu uma leve bagunçada nos meus cachos.
- Vamos lá, temos que por as malas no carro, depois disso iremos para casa! Ira ter uma farra hoje la no morro! - Disse meu tio a mim e ao meu pai.
Assim que colocamos as malas no carro, meu pai foi para o banco de carona e eu no de passageiro do lado de trás.
Assim seguimos...
No caminho, entre todos os prédios que eu via, todos os lugares, as casas, as pessoas... entre tudo, eu não encontrava nada que me trouxesse paz pra lembrar das pessoas que "perdi".
Então encostei minha cabeça ao vidro e simplesmente fechei meus olhos, aos poucos uma voz ia ecoando do fundo da minha mente...
- Harlley... Harlley... Harlley... Harl... - Era meus amigos... dizendo por sonho, que nunca iriam me esquecer.

Depois de um tempo acordei com meu pai me chamando, dizia ja estarmos em casa.
- Ei Harl, acorda... ja chegamos. - Dizia meu pai.
Então sai do carro junto a ele e peguei minha mala, assim que sai notei que o lugar era bem movimentado e que realmente estava avendo uma "festa" de boas vindas ao brasil.

-Vamos, Vamos ja estamos em casa! Hahahaha! Olhe, aqui é o novo lar de vocês! Bem vindos a Guarulhos! Praça 8 de dezembro! Hey lilian! Venha dar boas vindas ao seu tio e ao teu primo! - Gritou meu tio ao chamar a filha.

Naquele momento uma menina morena, de cabelos lisos, e pele branca se aproximou.

- Oi tio, tudo bom? - Disse a menina.
- Meus amigos essa é lilian, minha filha mais velha. Ela tem 16 anos. É uma boa menina! - Disse meu tio ao apresenta-la.

Então ela me olhou se aproximou e disse:
-Harlley né? Garoto seu nome é muito difícil! Como é inteiro mesmo? - Perguntou.
- Harlley duque Mc'lifer... Pra-Prazer... - Respondi corado de vergonha.
- Uau que nome de gente rica! Vem vou mostrar seu quarto, deve estar cansado né?- Disse ela.
- É... Pouco constipado pela viagem... mas passo bem...

Depois dalí ela me levou até meu quarto e me deixou só para arrumar minhas coisas e podee descansar. Logo meu pai fez o mesmo, porém não descansou e sim foi para a festa que estava ocorrendo pela nossa chegada.
Eu não conseguia sair do quarto pois estava cansado demais para isso, deitei-me na cama fechei meus olhos e dormi. Depois de um tempo fui começando a ter os inicios dos meus sonhos, num deles eu me via olhando para o céu, ao lado de todas as pessoas que eu amava. Então me auto perguntei no sonho "Será que vou ver vocês mais uma vez?". Foi a pergunta mais profunda que fiz a mim mesmo.

Nas minhas primeiras semanas eu achava que não ia me adaptar, que não iria fazer amigos. Alias eu só tinha uma pessoa pra conversar e era a Lilian.
Bom, nem a lilian na verdade, ela se preocupava mais com as amigas.

O tempo foi passando e passando, até que meu pai conseguiu um trabalho como motorista de ônibus.
O trabalho era na zona norte mesmo, mais precisamente no tucuruvi.

- Filho, olhe que boa noticia, eu consegui um emprego!- Disse ele completamente feliz.
- Que ótimo pai! Quando tu começas e de'que é?- Perguntei.
- É como motorista de ônibus, fica num bairro chamado tucuruvi, parece ser bom por la. Temos que procurar uma casa por aqueles lados, eu começo na proxima semana. - Disse ele.
- Claro, que bom. Quando vamos procurar um sítio? - Perguntei
- Ainda amanhã sairei para procurar uma casa por aqueles lados. Não se preocupe, vai dar tudo certo. Ao menos eu comsegui um trabalho hein! -Disse meu pai com um sorriso no rosto.

Depois de uns dois ou três dias, meu pai finalmente achou uma casa. Não era precisamente no tucuruvi, mas era bem perto, o nome do lugar era jardim fontalis. Parecia um lugar legal de morar, não mudava muito de guarulhos. Tinha ladeiras (muitas), uma coisa chamada baile funk, que particularmente hoje em dia eu amo. E casas que desafiavam a lei da gravidade.

Não demorou muito e se mudamos, começamos tudo do zero... tinhamos apenas nossas malas e alguns moveis comprado meu pai. O tempo passou e as coisas melhoraram, nos mudamos pra uma casa maior, conquistamos mais e mais coisas, cresci e fui aprendendo a ser eu.
Eu estudava numa escola localizada no tucuruvi, o nome? Escola paulista.
Quando eu entrei la, não falava com ninguém. Não tinha amigos e nem laços com pessoas do local.
Minha vida social na escola era basicamente um caos.

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