Capítulo 13: conhecendo e sendo conhecido

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Quando já conhecia maioria da escola, em ambos horários, comecei a notar que muita gente sabia quem era eu, mesmo se eu não soubesse quem era a pessoa.
E foi exatamente assim que eu perdi pessoas, e ganhei pessoas ao mesmo tempo.

Em um determinado dia, por volta das 17:50 (cinco e cinquenta) da tarde, cheguei mais cedo no portão da escola. Aliás, eu já estudava de noite.
Quando cheguei, encontrei com amigos do horário da tarde que haviam saído mais cedo, e estavam esperando a liberação dos outros alunos. Junto a árvore da escola (Uma árvore que fica mais ao fundo na frente da escola) Vi que alguns amigos estavam lá. Logo perguntei por uma amiga chamada Karla, que me informaram estar lá.
Quando cheguei me sentei junto a eles e entrei na conversa, conversamos e ficamos zoando uns aos outros. Derrepente vejo alguém me chamado...

- EAEEE HARLLEY!!! TA SUAVE? - Gritava leandro da parte baixa da calçada.
- Eae mano, tô bem e você? - Perguntava.
- Tô suave parça, ou e essa correntinha aí, quando vai me dar pra ficar de lembrança?- Perguntava ele fazendo menção a minha correntinha de prata.
- Essa? A, toma. Fica de presente pra você nunca me esquecer. - Então dei a correntinha a ele.

Ele não sabia como reagir, achava que eu não daria a corrente. Bom, foi algo bom. Porque pelo que sei, ele a usa até hoje.

Quando voltei a turma, voltamos ao assunto.
Então ouço alguém próximo vindo, e quando olho...

- Oi, você é o harlley? - Perguntava uma das pessoas mais incríveis da minha vida.
- Sim... Sou eu... Quem é? - perguntei.
- Aaa sou eu, brayan.- Respondeu.

Eu não imaginava que ele seria tão importante pra mim. Já me fez passar por uns momentos no qual queria o matar, mas ao mesmo tempo, o agradecer por existir.
O Brayan passou por coisas incríveis ao meu lado. Tanto nós roles que a gente dava, quanto no dia do meu aniversário.

Naquele dia eu conheci ele. Mas uns dias a frente, eu realmente soube quem ele era. Era incrível como ele confiava em mim. Como tinha gratidão por mim... Mesmo sem motivos breves.
O Brayan se tornou uma pessoa incrível, bom a última vez que falei com ele foi antes de me mudar. E mesmo assim ele foi uma pessoa incrível.

Com o decorrer dos dias, fui notando que muita gente estava chegando na minha vida, mas não notei as que estavam partindo dela. A Yasmin Oliveira foi uma delas. E sinceramente? Perder ela foi a maior burrada que fiz...
Quando eu chegava na escola e o pessoal da tarde saia, maioria vinha falar comigo, então junto vinha os da manhã que iam no portão no período da saída da tarde. E junto os da manhã que ficavam na escola no período da tarde.
Resumindo, eram pessoas da manhã, pessoas da manhã que ficavam no período da tarde, e pessoas da tarde que saiam naquele horário, sem contar as que ficavam de aula vaga.
Era muita gente! E raramente a Yasmin saia cedo da escola, então quando ela saia, tinha aquele monte de gente... Era quase impossível ela chegar perto de mim sem entrar numa espécie de fila.
Eu não notava aquilo tudo porque pra mim, era normal meus amigos virem falar comigo...
Mas como eu disse, eu notava os que chagava... Mas não os que se iam.

Com o tempo eu notei que a Yasmin não falava mais comigo... Que ela não chagava mais perto e que ao mesmo tempo, parecia que não era mais a mesma.
Bom eu ainda tinha todo o amor por ela e toda a consideração também.
Então quando procurei saber, ela me disse... Que tudo aquilo aconteceu porque não tinha como chegar perto de mim.
Que para falar comigo era preciso entrar num fila e esperar sua vez.
Aquelo mexeu com ela de uma forma que nunca vi alguém ficar tão triste...
Eu havia perdido ela sem nem notar...

Todas as vezes que eu passava no terminal, e haviam pessoas do SJ, tais pessoas me chamavam e cumprimentavam.
Era normal pra mim... Eu não via problema...
E ao mesmo tempo, não via quem se machucava com isso.
Bom, com o tempo eu fui conhecendo mais e mais pessoas... Tanto da tarde, da noite... E mais da manhã.
Mas o problema era que dessa vez não eram só as pessoas do Silva Jardim que me conhecia... As pessoas do passionista, albino... Pedro alexandrino... E a nova turma da escola paulista...
Eu literalmente era popular e não sabia.

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