Capítulo 19: L de "Se foi"

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Eu sempre me perguntei se um dia eu teria alguém pra me fazer bem. Alguém que não fosse apenas uma amiga... Alguém que estivesse comigo independente do dia, da hora, da distância, do momento.
Bom eu tive, o nome dela era Lanna, ela foi uma das namoradas mais importantes da minha vida.
Sem dúvidas ela me fez muito bem, não tinha o que reclamar daquela menina...

Em certo dia, havia chegado mais cedo na escola, o que não adiantou porque eu entrei só depois da segunda aula.
Nesse dia eu encontrei com um ex amigo meu, o Pedro Guimarães...
Nesse dia fomos pro shopping e ficamos conversando por lá, quando estava próximo a hora de ir pro Silva esperar o horário da tarde ser liberado, começamos a subir as escadas. O tempo passou muito rápido e acabou que eles logo foram liberados, sendo que eu e ele ainda estávamos no shopping.
Enquanto subimos as escadas, me deparei com uma das meninas mais lindas que já vi. Eu não sabia o nome dela, só sabia que ela realmente era linda pra caramba!
Ela tinha olhos azuis (Que por pouco achei que eram seus, porém era lente), Exibia um  cabelo cacheado lindo, e duas mechas que se separavam do resto do cabelo, próximo a parte das orelhas. Vestia uma blusa branca do Silva e uma calça azul escura.
Em teus lábios cobria um glós transparente com uma cor puxada ao rosa claro.
Usava um delineador impecável e em seu rosto habitava um sorriso maravilhoso.

Eu não sabia quem ela era, nem seu nome... Mas sabia pelas roupas, que ela era do Silva Jardim.
Naquele momento eu parecia invisível, ela não falou comigo em nenhum momento. Literalmente eu não existia. Ao decorrer do tempo o Pedro começou a falar com ela, e assim "seguimos" até a última escada junto com ela. Ele na frente ao lado dela, e eu ao fundo excluído de tudo aquilo.
Ela parecia estar indo até o metrô, então quando derrepente nas escadas rolantes, Pedro da em cima dela.
Na hora eu pensei, "Esquece harlley, isso é loucura, se ele deu em cima dela é pq ele tem atitude. VOCÊ NÃO.".
Teve um momento que ele chegou a pedir um selinho, porém (Pra minha felicidade) ela disse que não.
Logo depois ainda quando eles conversavam, ouvi Pedro lhe chamar pelo nome. Lanna, esse era o nome da menina que havia roubado meu coração naquele dia.
Eu particularmente achei que não ia decorar, então peguei meu celular e anotei o nome dela no meu bloco de notas.
Não demorou muito, e ele se despediu dela e seguimos caminho até a escola.
Quando chegamos encontramos com a Yasmim Oliveira, e sua melhor amiga.
Então convidei a todos para que fossemos tomar sorvete, fazia questão de pagar.
Então lá fomos nós, compramos o sorvete, tomamos, e logo nos despedimos. Aliás, as meninas não podiam demorar se não perdiam o ônibus.

Quando estávamos apenas eu e Pedro, subimos até o telhado do shopping, e por lá ficamos sentados, olhando a Yasmin e tua amiga de longe, e alto.
Logo quando estava dando o horário da segunda aula, me despedi e fui pra escola, ao chegar esperei dar a hora e entrar junto com os alunos.
Então o horário chegou e entrei...
Mais um dia de aula normal, se não fosse pelo fato de não conseguir tirar da cabeça a menina chamada Lanna. Ela era perfeita aos  meus olhos.
Como um arco íris, cheia de cor.
Era impossível, eu não conseguia pensar, a não ser que fosse nela.
Não conseguia falar, se não fosse dela.
Não conseguia mexer nas minhas redes sociais, se não fosse pra procurar ela.
O tempo passou, a aulas acabou e logo veio outra. Não deu em nada, foi a mesma coisa de a anterior, só ela vinha na cabeça.
Assim todas as aulas seguiram e ela ainda estava em mim. Na minha cabeça.
Quando cheguei em casa pensei em mil formas de achar ela na escola, fosse de inventar algo pra poder ir no período da tarde, ou até sair perguntando pra todo mundo, porém eu não sabia quantas lannas haviam lá. E se tivesse mais de uma, e se tivesse umas 5 lannas na escola...
Uma dessas 5, seria ela. A Lanna certa...
Os dias passaram, e depois de uns 3 a 4 dias, logo depois de sair do trabalho no dentista, pensei... "Se eu for agora pra escola, da tempo de ver ela... Bom pelo menos tentar achar ela." Então foi exatamente isso que fiz.
Peguei minhas coisas e parti em direção a escola, entrei no primeiro ônibus que vi que me levaria pro Tucuruvi e parti em direção! Ao chegar, faltava 10 minutos para que o período da tarde fosse liberado, junto a ela... Entrei num mercado e pensei, "Bom aqui já tô, agora preciso arrumar um jeito de chamar a atenção dela.", Isso foi o que fiz.
Peguei a primeira barra de chocolate que vi na frente e a comprei para Lanna. Eu estava espantado com a forma na qual estava pensando em fazer tudo aquilo apenas pra poder conversar com ela, nem que fosse por uma única vez.
Quando cheguei na frente da escola, alguns dos alunos já estavam sendo liberados, então esperei "pacientemente" até que ela saísse. Não demorou muito e todos foram liberados, esperei e tentei não perder o foco indo falar com as outras pessoas.
Até que...
Ouço a voz dela... Aquela bendita voz, na hora meu coração parou de bater imediatamente, eu gelei... Até que me virei e vi ela lá, linda, com a blusa da escola, a calça azul e toda sua beleza estampada no teu sorriso... Quando ela sorria parecia que meu mundo parava... Parece que um meteoro caia acabava com tudo e refazia tudo de novo em questão de segundos...
Ela era perfeita, eu não tinha nem o que pensar... Então a chamei... Próximo a escada do lado direito, ao outro lado do corrimão lateral...

- Lanna... Tudo bem?- Disse eu...
- Oii, tudo sim. E com você?- Perguntou ela enquanto eu tentava não babar com tudo aquilo.
- Tô bem... Toma eu comprei pra você.- Disse eu enquanto estendia a barra de chocolate até suas mãos. (Que por sinal foram as mãos mais macias que já toquei)

Então ela me agradeceu... pegou a barra e deu um dos sorrisos mais lindos que já vi... Eu literalmente não sabia o que fazer, eu me apaixonei de verdade... Literalmente eu não sabia o que fazer.
Na hora que ela me abraçou... Eu perdi meu chão, foi um abraço curto, mas pareceu que durou 1.000 (mil) anos, a Lanna Aparti daquele dia, entrou na minha vida de uma forma que ninguém tinha entrado.

O tempo passou, a gente ficou, e ficou... E ficou... Até que a gente tomou uma decisão. Começar a namorar! Eu fui a pessoa mais feliz do mundo quando ela me disse que não queria mais esperar pra ter algo sério comigo. Me senti a pessoa mais sortuda do mundo.
Com o passar do tempo o namoro ia fluindo, cada momento, cada dia a mais eu amava aquele garota. O beijo dela, a forma no qual era lento e bom. A forma na qual ela dava os 3 selinhos no fim... A forma na qual ela dizia "Eu te amo", era tudo mágico pra mim... Eu amava ela.

Mas como todo namoro, vinha os desentendimentos... Poucos por conta de nós dois. Mas sim por parte de seu pai, que não aceitava nem um pouco essa idéia.

"Você vai sair da vida dela da mesma forma que entrou, rápido!" Foram as palavras que mais me doeram na vida.
Ouvir o pai da minha namorada dizer que era pra mim sair tão rápido da vida dela, quanto o rápido que me fez entrar nela... Doeu.
Dito e feito... Eu saí.
Depois disso, de perder a Lanna, minha maior vontade era de reatar o namoro. Era de ligar pra ela e dizer o quanto a amava... O quanto sentia falta dela.
Mas eu não podia... Eu não queria que a situação dela com o pai piorasse, muito menos queria que ela brigasse por minha causa.
O tempo passou... Passou e passou.

Eu não lembro de mais nada a não ser da última vez que vi a Lanna... Na última vez que ficamos. O beijo já não encaixava, o toque na pele dela não parecia mais ser o mesmo... Mas o amor era eterno...

Então aos prantos ela me pede:
- Harlley ... me um último abraço com uma alma?  Por favor ...- Disse lanna enquanto quase chorava.
Então fui e dei o meu último abraço de alma ...

Naquele dia eu senti meu mundo acabar, parecia que um pedaço de mim tinha ido embora pra fora da terra... Eu não queria fazer aquilo... Não queria perder ela. Eu amava... E amo... A Lanna.
Eu espero que um dia ela volte a falar comigo, e me perdoa por todos os erros que cometi... Por todas as vezes que a dei esperança de voltar, e não voltei.
Por todas as vezes que estive no Tucuruvi e não a vi.

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