Capítulo 03 - O amor de Lúcifer

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"Jesus Cristo não pode ajudar-te agora." O Demônio disse aquilo com um prazer explícito na voz, como se a frase fosse uma carne suculenta, degustando cada sílaba. O humano nada respondeu, porque nem sequer podia, ao tentar formular alguma frase, BaekHyun movia os quadris sem piedade alguma, fazendo-lhe engasgar em sua própria saliva.

Ele abraçou sua cintura brutalmente, e ergueu seu corpo da mesa, segurando o Cardeal nos braços sem parar de movimentar-se dentro dele. Então, com um chute anormal, empurrou aquela mesa altar abaixo, e sem muita delicadeza, girou Chan em seu colo e o jogou ao chão.

No chão de pedra cara, o Park recordou. Quando deu por si, estava de quatro, com os joelhos doendo porque Lúcifer metia forte demais, e mesmo que seus olhos estivessem cheios d'água conseguia ver os olhares para si, tão humilhantemente excitantes. Realmente, BaekHyun era impiedoso e não entendia que a velocidade e força que tinha era sobre-humana ao degustar de um corpo humano e demasiado delicado em comparação.

Por isso ChanYeol sentia tudo intenso demais.

A dor era intensa, o prazer era intenso, a confusão mental era mais agressiva ainda.

As mãos abusadas do Demônio seguravam-se em suas ancas, às vezes estapeando a bunda suculenta, empurrando-a contra seu pau para que pudesse ter ainda mais força no movimento. E Chan, por mais que soubesse que aquilo era errado e que render-se aos desejos da carne faria com que Deus não visse-lhe com bons olhos, só queria sentir mais e mais daquela sensação. Porque ele era diferente de qualquer alguém que já tenha provado.

Em meio ao choro e gritos, ChanYeol, depois de anos de celibato, gozou em jatos fortes no altar da Brasílica, sendo comido pelo próprio diabo.

Não sabia dizer quantas horas tinha passado ali. Depois de ter sido fodido de quatro, seus joelhos cederam e BaekHyun lhe fez virar o corpo, ficando de peito para cima, abriu suas pernas e continuou o que estava fazendo, não se preocupando muito se ChanYeol ainda estava naquele plano. Apenas escutava os gemidos involuntários, aqueles "ah" fraquinhos que saiam toda vez que a glande surrava as paredes internas, aqueles serviam de combustível para que saciasse um pouquinho de sua fome pelo Cardeal.

Talvez tenha durado umas quatro horas. Ou quatro dias. O eclesiástico não sabia bem o que entender, já tinha gozado tantas vezes que nem sequer tinha mais porra no saco, e tudo o que sentia resumia-se no Byun. Ele fez questão de tirar o pau de si e gozar em sua virilha, soltando porra demais para um corpo terreno.

Quando finalmente tudo aquilo chegou ao fim, restavam apenas os dois na sala. BaekHyun, arfante, riu alto ao erguer-se do chão e olhar o estrago que fizera em ChaYeol. Por Deus, ele estava completamente bagunçado. O corpo parecia derreter como um boneco de cera de tão suado, os cabelos encontravam-se completamente molhados, o ânus ardia por dentro, e bom, o Cardeal, agora, Papa, recobrava a consciência aos poucos, entendo que estaria no comando da Igreja Católica dali em diante. Queria gritar de empolgação, mas de tão cansado, apagou ali mesmo.

E o Diabo desapareceu.

[...]

O Papado de Park ChanYeol durou longos vinte anos, foi o menos injusto dos líderes, sua palavra acalentou a seus fiéis, principalmente das vítimas de peste, tentou de tudo para diminuir a venda de indulgências falsas, e tentava todos os dias ser um líder melhor. Mesmo que tivesse traído à Deus. O que era imperdoável. E de tão imperdoável, iria sofrer as consequências disso no inferno.

Às vezes Belzebu lhe visitava em sonhos, contando o que estava aprontando por ai, das coisas que descobria, e falava com certa empolgação sobre as ações humanas. Era um dos detalhes dele.

The PopeWhere stories live. Discover now