Não confie em família

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Capítulo 2

No dia seguinte, mesmo com fortes dores de cabeça -causadas pelas bebidas da noite passada, foram em direção a pequena cidade onde passariam seu tão aclamado verão.

- a quanto tempo não fomos lá...

- sinto saudades da minha família.

Lívia e Giulia conversavam animadamente quando perceberam que ao ouvir a palavra "família" Moon se encolhe minimamente no banco do passageiro ao lado de Kaique que dirigia. Decidiram encerrar o assunto família antes mesmo de ter começado.

- espero que meu pai esteja cuidando bem da tenda da telepatia, aquilo sem mim não funciona corretamente.

O Gleeful diz de braços cruzados levantando o nariz arrebitado.

- Meu pai cuida muito bem da nossa fortuna, sei que ele está ganhando milhões a cada estante.

Ao seu lado Gabrieli Northwest jogava um jogo qualquer em seu celular de última geração, seu pai é dono de grandes terras e dono de uma riqueza inimaginável.

- era só o que me faltava...

Moon, Kaiqui e Lais dizem ao mesmo tempo em um tom baixo.

Logo a placa velha foi dando as caras "Bem Vindos a Gravity Falls!" ela informava

- enfim... De volta as origens

Diz Lais colocando a cabeça para fora do vidro do grande trailer azul piscina.

- olhem!

Todos se viraram quando Giulia apontou. Seus familiares estavam os esperando no local de chegada dos jovens.

- estão nos esperando!

Diz Lívia feliz com a vista de seus pais a esperando. Quando Kaiqui estaciona todos desceram para matar a tremenda saudades de seus entes queridos.

Um pouco longe de toda a demonstração de afeto, Moon retirava suas malas e saia de fininho para a entrada da floresta sem que ninguém a notasse.

- Tivô Zetim... Voltei

Diz assim que entra pela porta da conhecida cabana de mistérios, a cabana continha as mais diversas esquisitices, desde cobras com asas até seu próprio tio avô.

- entra ai docinho, seu irmão saiu pra floresta de novo. Aquela criança parece um bicho do mato.

Dizia enquanto fritava ovos e bacon para o café.

- vou guardar minhas coisas e já volto.

Foi até seu antigo quarto que a trazia boas lembranças.

- está tudo igual... Até mesmo o mofo no teto.

Rio e saiu da cabana indo em direção a floresta, onde sabia que encontraria sua outra metade, aquele que tem o mesmo sangue que o seu correndo nas veias. Quando viu uma figura alta, usando uma capa preta com as pontas sujas e com alguns rasgos.

Se aproximou o suficiente para que o outro sentisse sua presença e se virasse para si, revelando o rosto idêntico ao seu e também usando um óculos de grau em seu nariz. Soltou um sorriso e disse.

- a quanto tempo... Moon Pines

- a quanto tempo... Sun Pines

A manhã estava calma, o céu sem qualquer nuvem indicava que um dia de muito calor estava por começar. As respirações calmas e olhares conectados falavam muito mais do que suas bocas que ficaram caladas depois de breves palavras.

- Você não mudou nada - Moon quebra o silêncio ensurdecedor que pairava dentre a enorme floresta.

- E você ficou mais bonita - Sun foi chegando mais perto de sua irmã, até ficarem um de frente para o outro, dando para reparar os poucos centímetros de diferença de altura.

- Somos gêmeos idiota - ela ri o abraçando fortemente.

Ambos abraçados com o silêncio voltando a reinar sobre a imensamente daquela floresta. Pensamentos a mil, silêncio no ar, corações apertados com a maldita saudade que apertava ambas as caixas torácicas.

- Você se parece com a mamãe... - Sun suspira pesado, passando seus dedos pelos fios platinados enrolados de Moon.

- E você se parece com o Tivô Zetin - ela diz em tom de riso e sai correndo para a velha cabana.

- Mas somos gêmeos! - ele diz rindo e correndo atrás de sua cópia.

Ambos correndo pela grande floresta onde tiveram os seus melhores dias da infância, porém, também tiveram os piores...

[Gêmeos Pines; 9 anos]

- Você não me pega! Seu bobão! - a pequena garotinha de fios negros corria pela floresta em busca de um esconderijo, com um sorriso enorme fazendo seus olhos se tornarem apenas dois risquinhos pela quantidade farta de bochechas.

- Eu vou te pegar sim! Sua bobona! - já o pequeno de cabelos igualmente negros, corria atrás de sua gêmea sorrindo deixando a mostra a falta de dois dentinhos de leite.

Ambos pararam, respirações descompassadas e medo. Um grito alto o suficiente para quebrar várias taças de vinho, vinha na direção um pouco a frente. Ambos se olham temendo pelo que avia adiante, suas mãos se juntaram e uma frase rondava as pequenas cabecinhas:

"Por favor não se afaste de mim"

Ambos repetiram a pequena frase em suas cabecinhas infantis, as mãos unidas pelo medo de por algum motivo, forem separados.
A sena que estavam a frente das duas pequenas crianças causava arrepios, seus pais juntos e mortos em baixo da criatura horrenda que se própria denominava um "devorador de almas" parecia estar se divertindo ao dilacerar o corpo do pai das pequenas crianças, enquanto arrancava as roupas - antes brancas, agora sujas de vermelho pelo sangue da mulher - da pobre mulher e maltratava sua pele com cortes profundos deixando uma grande poça de sangue, que se misturava com a de seu amado, os deixando banhados em seu próprio sangue.

 A sena que estavam a frente das duas pequenas crianças causava arrepios, seus pais juntos e mortos em baixo da criatura horrenda que se própria denominava um "devorador de almas" parecia estar se divertindo ao dilacerar o corpo do pai das pequena...

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A criatura olhou pra as crianças, que choravam em silêncio petrificadas pelo medo, largou os corpos sem vida jogados no chão indo calmamente até eles.

- As proles... São puras, adoro uma sobremesa. Vamos ver o que esses corpinhos são capazes de- - antes mesmo de terminar a falar, uma bala de prata atravessa seu crânio, acabando por virar uma grande estátua medonha feita de mármore e ferro maciço.

Como em um toque quase que automático, as pequenas crianças caíram sobre a grama macia e verdinha, apagando pelo resto da semana e acordando em um quarto branco de hospital.

To be continued...

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