O rei Kaol olhou para a janela enquanto ouvia as reclamações de seu conselheiro.
-Alteza, já conversamos sobre a missão! Você tem que escolher logo quem vai...
Era todo dia isso. Todo dia depois daquele ataque dos Darkens na aldeia.
Ele tinha que escolher 6 jovens para ir no reino Darken e acabar com aquela maldita pedra. Mas era arriscado demais. Seis jovens vidas que poderiam acabar rápido demais.
Kaol odiava missões assim. Fora numa delas em que seus pais haviam morrido e ele assumira o trono, com 13 anos.
Alguém bateu na porta.
-Pode entrar. -Disse Kaol, distraído.
-E aí, já decidiu? -Sua esposa, Emika, entrou e dispensou o conselheiro.
-Você sabe que não, minha querida.
-Decida mais rápido, então! -Ela se sentou na cadeira ao lado. -Você sabe que, quanto mais cedo mandar esses tais heróis, menos gente nas aldeias irá morrer e tudo acabará!
-Sim. Mas e se não der certo, Emika? Todas as missões anteriores falharam. Já perdemos quase 100 guardas só com isso. É arriscado demais mandar qualquer um para aquele fim de mundo.
A rainha pensou por um momento.
-Então pediremos ajuda dos elfos. -Kaol desviou finalmente o olhar da janela, franzindo as sobrancelhas. -Podemos fazer uma reunião, e eles nos darão alguma profecia ou algo do tipo. O que acha?
O rei se levantou, voltando o olhar pela janela. A vista era linda, como sempre. Seu grande reino tinha casas de madeira escura, templos aqui e ali. Mais à frente, podia se ver as torres de vigilância, que guardavam a floresta dos Darken, Anadl Olaf. O lugar maldito cujo nome significava, "último suspiro".
Mais à esquerda, a fronteira entre o reino dos elfos. Gwalad Alaw.
Olhou de volta para sua esposa. Ela usava um de seus lindos vestidos. Um vermelho e dourado, com mangas compridas. Seu cabelo negro estava preso em uma trança.
-Marcaremos a reunião para amanhã de manhã. -Disse ele. -Que nos dêem qualquer coisa, uma profecia, nomes... sendo que nos dêem uma resposta.
Emika sorriu.
-Claro. Partiremos amanhã.
*°*°*
Os reis e mais seis guardas já estavam cavalgando em direção ao reino élfico já faziam três horas. Eles já estavam nos portões de prata, a entrada para Gwalad Alaw.
Duas guardas centauras guardavam os portões, segurando lanças douradas. Elas cruzaram as lanças na entrada, pedindo a identidade dos visitantes.
A general que os acompanhava falou:
-Vossas altezas, Kaol e Emika, e sua guarda real. Pedimos uma audiência com o Conselho De Ouro.
Uma das centauras, de pelo negro e armadura de prata, assentiu com a cabeça e liberaram a entrada.
Como sempre, o Bosque de Rubi exalava vida e beleza, com árvores altas e flores diversas. Pequenos animais pulavam de um lado para o outro, e elfos e sátiros corriam atrás deles.
Depois de um tempo, eles estavam à frente da entrada do Conselho, um templo repleto de vinhas e samambaias.
Dentro, haviam doze elfos e elfas, todos vestidos com túnicas coloridas e bordadas com jóias.
Cassius, o elfo-líder do Conselho, fez uma reverência, assim como os outros elfos.
-Bem-vindos, Senhores. Vamos começar nossa reunião. Temos uma profecia para vocês.
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Além das Fronteiras de Dynol [EM HIATUS]
FantasyUma terra chamada Behart, era dividida entre 3 reinos: Humanos, Elfos e Darkens. Os Darkens eram criaturas pacíficas no início, com asas de penas e chifres afiados, com magia do Submundo. Mas, depois de um deles ser amaldiçoado, sua aparência e seus...