A guarda parte 2

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    - Olha senhora.. me chamo Emma Nolan Swan, 17 anos de idade já cursando a faculdade, sou emancipada e quero a guarda da minha irmã pois creio que eu poderei dar a ela oque o que lhe faltou durante todos esses 7 anos que foi amor e carinho! - respondo a confrontando com o olhar.

   - Amor e conforto.. ok! Mas você acha que sendo emancipada, fazendo faculdade e dando amor é carinho irá suprir todas as necessidades de uma criança em fase de crescimento? - perguntou arquiando as sobrancelhas.

   - Olha senhora não sei onde quer chegar com essa pergunta mas serei direta! Encontrei minha meia irmã a um pouco mais de 2 meses, ela estava com fome, com uma roupa surrada, calçados em uma situação lastimável,  cabelos embaraçados e apenas com uma mochilinha velha com um álbum velho e um ursinho. A mãe da mesma a deixou com a sua irmã mais velha que por coincidência é a minha amiga de anos.. É desde o dia 25 de Dezembro ontem a mãe veio dar sinal de vida! Foi preciso que meu advogado conseguisse a sua certidão de nascimento pois a mesmo não possuía. Durante esses 2 meses e pouco a Anita não ligou uma só vez para saber como as filhas estavam, se haviam se alimentado ou se ao menos tinha alimentos para as duas!

   - Mas a senhorita deve saber que a criança tem seus gastos, e com apenas 17 anos acha que dará conta de sua faculdade e despesas de uma criança?

   Pego uma das pastas que August havia me dado.

   - Bom senhora, eu com apenas 17 anos, emancipada e já na faculdade possuo uma valor milionário na minha conta, então creio que sim.. que darei conta da minha faculdade e das minhas despesas junto às despesas da minha irmã d também de algumas gerações que se Deus permitir virão.. pois recebi uma boua quantia como herança de meus avós paternos e maternos!

   A Doutora Denise me encara por alguns instantes.

   - E como anda a educação da criança?!

  - Como a pequena Alice não possuía a certidão de nascimento e é filha do meu pai tendo seu nome no registro, sendo emancipada pude pedir a segunda via da sua certidão de nascimento e a matrícula em uma escola da prefeitura muito boua para seu desenvolvimento.

   - Mas se possui toda essa quantia porque não em uma escola boua e particular?! - pergunta me encarando.

   - Por que a escola onde a Alice se encontra foi a mesma em que estudei durante meu ensino fundamental e acredito senhora que independente de ser pública ou particular a criança só aprende se tiver força de vontade!

   - Oque te leva a crer nessa sua hipótese?!

   - Por que a princesa.. Digo, a alice hoje se encontra na segunda série com apenas 7 anos de idade completados mês passado por mérito seu em ter valorizado cada aprendizado que o nosso pai lhe ofereceu, já que a mesma nunca havia estudado nem em creche.

   - E se a criança mentiu?! Talvez ela tenha gostado do jeito que a tratou ou talvez por ter sido mimada e devido ao conforto e as mordomias que tenha dado nesse período a menina aproveitou para conquista-la e viver a vida que tens a oferece-la! - pergunta séria me encarando.

   - Não senhora a Alice jamais mentira, é uma criança doce e encantadora,  pedi ao meu advogado que puxasse seu histórico escolar e não há matricula em nenhuma escola com o nome da mesma, como também não havia exames anuais e nem consultas, a não ser em pronto atendimento por viroses ou gripes. Então hoje ela tem exames feitos e estuda!

   -  Oque Que te fez acreditar que a menina precisa de cuidados melhores que os da mãe?! Porque convenhamos que, hoje em dia no Brasil é normal uma adolescente de 17 anos cuidar da irmã enquanto a mãe precisa sair.. trabalhar!

   - Concordaria com a senhora, se a Anita não tivesse escondido a existência da Alice e aparecesse quase dez anos depois no mesmo dia em que sua mãe a avó da minha amiga que a criou faleceu.. ela não respeitou a dor da minha amiga que tinha em seus braços o corpo da avó a quem ela mais amava na vida já sem vida, simplesmente deixou a Alice e sumiu sem ao menos comparecer ao velório e ao sepultamento.

   - E o que sua amiga pensa a respeito de você pedir a guarda?!

   - Na verdade foi a mesma que me incentivou. Alice queria estudar e como não tínhamos seus documentos eu pedi e com isso Ruby pediu que eu ficasse com sua guarda, pois pretendemos passar as férias na fazenda e sem uma autorização judicial não poderei levá-la. E também porque a Ruby reconhece que a mãe não tem nenhuma capacidade de cuidar de Alice já que nunca se preocupou com a educação e saúde da Ruby que sempre teve a avó por ela!

   - E a Ruby? Continuará com a mãe?!

   - A Ruby e a Alice, desde a morte da sua avó está na casa da minha madrinha que é onde eu moro, e não pretendemos deixar que ela vá a não ser que ela queria, já que em poucos meses ela se tornara de maior!

   - Digamos que.. - a doutora Denise pretendia me atacar mais uma vez mas foi interrompida por batidas na porta e levantou-se majestosamente para abrir se deparando com uma Renata agitada.

   - Cadê a Alice?! - pergunto me levantando.

  - Denise desculpe-me por lhe encomodar mas as irmãs precisam da Emma.. e com urgência!

   - Oque houve?! - pergunto me aproximando.

   - Tudo bem Renata! Vamos.. - disse abraçando a mesma para cintura e todas nós a seguimos.

   Ao nos aproximarmos do local já escuto o choro da Alice e corro entrando na sala sem nem ao menos pedir autorização.. Alice estava no Colo de Zelena que a balançava enquanto Ruby se contorcia de dor no sofá.

   - Oque aconteceu?! - pergunto pegando a Alice do colo da Zelena que tinha os olhos arregalados.

   - Mana me perdoe?! Eu juro que não queria machucar a minha irmã eu juro de dedinho.. Eu não queria..

   Ingrid e Cora correram para o sofá para acudir Ruby que sorria segurando o choro..

   - Não Alice você não me machucou meu amor..

   - Machuquei sim.. Eu sou mal igual a mamãe eu te machuquei igual ela.. - disse a pequena.

   - Alice você jamais repita isso novamente! - diz Ruby séria. - você é a minha irmãzinha, meu anjinho.. e não é mau porque os anjos são bom e você é o meu anjinho que chegou para iluminar minha vida e pra mim não me sentir mais sozinha esqueceu?!

   - Alice?! - chamou Renata mas a menina me abraçou forte.

   - Irmã me leva embora por favor?! Ela disse que iria me levar para casa da Maria..

   - Eu não disse isso não! - respondeu a Renata assustada e sem entender nada.

  

  

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