Um pedido de desculpas

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Será que tem alguém lendo alguém gostando?? 🤔
Se tiver deixe sua curtidinha para eu saber?! 😁😘😘❤

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  - Mas mãe, porque a senhora não me contou antes isso tudo?

   - Porque antes você não precisava saber.. era nova demais para muitas informações. Ele esteve aqui em casa á um mês Emma..  depois de 2 anos sem eu saber se ele estava vivo ou se estava morto.. só te faço um pedido, não deixe que ele te manipule?!

   - Jamais mamãe..  aquele homem para mim morreu!

   - Minha filha ele é perigoso e jurou que conseguiria seu perdão e que iria fazer com que você me odiasse .

   - Mamãe isso jamais irá acontecer.. será sempre a senhora por mim e eu pela senhora!
 
   - Minha filha.. só quero que estude, cresça na vida e seje independente!

   Mamãe me abraçou beijando-me a testa e recolheu os pratos os colocando na pia.

   Me sentindo insegura em relação ao homem que se diz meu pai estar de volta lembro-me de Regina dizendo ser boa ouvinte e sorrio. Por um instante lembrei de um conto lesbico entre aluna e professora que a Ruby me ensinou e sorri imaginando ser eu e Regina, mas logo afastei meus pensamentos como eu pude imaginar isso? Somos duas mulheres!

    Subi para meu quarto para tirar meu cochilo da tarde, mas antes enviei uma mensagem para Regina.

   • Eu: Boa tarde Regina!
     Salve meu número sou eu Emma.

   A resposta veio imediatamente.

   • Rê: Boa tarde mocinha.. número salvo, esta tudo bem?

   • Eu: É.. sim, acho que sim!

   • Rê: Tem certeza Emma?

   Droga! Eu e minha mania de ser idiota..

   • Eu: Sim professora.. apenas uma enxaqueca, mas já tomei remédio, vou deitar-me um e logo logo ela passará.

   • Rê: Então tudo bem pequena.. Melhoras!!

   • Eu: Obrigada Professora.

   No jantar mamãe preparou arroz com brócolis, strogonoff de frango e salada de alface tomate cebola e pepino.. por mais estranho que seja, era as coisas que eu mais gostava e segundo mamãe seria para comemorar a minha conquista. Jantamos conversando assuntos aleatórios e quando terminamos eu me ofereci para limpar a cozinha, mas como sempre mamãe recusou.

   Na manhã seguinte a  caminho para escola eu pensei em contar para Regina como havia sido a reação da minha mãe, sobre o meu pai e a decisão da vovó antes de falecer..

   Quando passo no estacionamento da escola vejo Regina sair de uma Mercedes preta e entrar na escola igual um furacão enquanto um rapaz jogava beijo e foi ignorado com sucesso e eu me perguntava se aquele seria o seu marido.

   - Emmaaaa!! - gritou Ruby como semprecorrendo para me abraçar.

    Eu devia um pedido de desculpas a ela é Killyn por não ter dado uma satisfação no dia anterior.

   - Ruby me desculpe por ontem?

   - Nada disso Emma! Você precisava de um tempo e nos lhe demos. Agora quero saber como está hoje.. tá tudo bem? Precisa de ajuda?

   - Tudo ótimo Lobinha.. na verdade vocês já me ajudam de mais como amigos, me amando e me alegrando!

   Entramos e fomos direto para sala de aula e depois de duas aulas de ciências finalmente o sinal toca indicando o intervalo, mas permaneci na sala pois fazia algumas anotações que eu achava ser importante sobre a matéria e me assusto com a bendita voz da professora Regina..

   - Te procurei pelo pátio e não encontrei.. imaginei que estaria aqui.

   - Pois é, quando não estou afim de papo eu fico aqui pois acho que se isolar é o melhor remédio para dias ruins!

   - Tudo bem..não irei lhe incomodar apenas vim pedir a sua autorização para fazer uma peça de teatro que planejo para o fim de ano. - revelou me entregando um antigo trabalho de literatura, uma história que eu escrevi com o título " O amor é fraqueza" , com mais ou menos 50 páginas.

   - Professora tenho certeza que ninguém irá se interessar nessa porcaria de história!

   - Claro que irão pequena. Eu Li conta a história de uma menina triste que achava não ter conhecido o amor!

   - Se enganou.. ela não achava ela não conheceu! Cresceu num orfanato sem amor e foi por isso que ela se suicidou.

   - Sim mocinha.. Mas se lermos com calma ela mais que qualquer um outro personagem, pois acolheu cada criança que ali chegava e deu todo o amor é carinho que elas necessitavam.

   Não consegui me controlar e uma lágrima desceu de meus olhos e Regina a limpou com o dorso da mão. Levantei-me rapidamente..

   - Pode fazer o que quiser com isso! - sai apressadamente sem dar tempo para uma resposta.

   Os dias se passavam e eu estava me sentindo cada vez mais estranha em relação a Regina.. não conseguia se quer prestar atenção em suas aulas o que me aliviava eram meus amigos que conseguiam fazer com que eu esquecesse Regina por alguns minutos.

   Ao sair da escola parei em uma praça próxima e me sentei na raiz de uma árvore.  Eu estava com os sentimentos confusos e ali me sentei para refletir.. Mas fui tirada de meus pensamentos por um carro que buzinava desesperadamente, quando me virei não acreditei.. - Tinha que ser logo ela? - Me perguntei levantando.

   - Oi professora Regina! - cumprimentei sem graça.

  - Entre aí é te darei carona.

   - Mas é que eu não queria ir pra casa agora professora..

   - Emma por favor entre no carro? - pediu Regina séria.

   Depois de alguns minutos rodando com ela no carro escuto sua voz.

   - Que tal um lanche?

   - Por mim tudo bem!

   Regina estacionou o carro em uma lanchonete que era até próxima a minha casa, entramos e no mesmo instante fomos atendidas.

   - Um sanduíche natural e um suco de manga. - pediu Regina.

   - Pra mim um x-tudo e uma coca-cola.

   Começamos a conversar assuntos aleatórios até que nosso lanche chegou e passamos a comer silenciosamente. Ao terminarmos Regina não permitiu que eu pagasse por meu lanche alegando que foi ela quem havia convidado.

   Quando estávamos saindo a atendente me chama e tira um pedaço de papel do bolso do avental e me entrega.

   - Se precisar de algo é só me ligar! - disse piscando e saiu andando.Regina fechou a cara na hora e saiu da lanchonete sem dizer nada me deixando para atrás analisando o papel com o número, e quando sai ela nem me olhou.

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