Não me peça perdão

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Depois de muito paparicarmos Regina e o pequeno, fomos expulsos do quarto pela Cora pois já ueram 4 horas da manhã e mesmo sobre protestos resolvemos voltar..

- Mas Cora.. eu posso ficar com ela! - digo fazendo biquinho enquanto Regina me sorria com lágrimas nos olhos.

- Amanhã é um novo dia e vocês poderão voltar.. - responde Regina segurando minha mão. - Você precisa entregar sua atividade da faculdade que vale nota e eu não me esqueci..

- Verdade! Mas prometo vir da faculdade direto pra cá! - digo beijando seus lábios.

Após todas nós nos despedimos da Regina nos retiramos..

- Francamente Emma, eu quase tive um infarto.. de onde tirou Cusfósforo? - pergunta Zelena ainda pensativa.

- Sei lá queria um nome diferente.. - respondo sincera.

- Você é louca Emma! responde Ingrid me abraçando.

- Mas você disse que era diferente! - digo lhe encarando.

- Pra não dizer ridículo! A Regina te ama e com certeza aceitaria esse nome horrível que eu não sei como Zelena conseguiu gravar!

- Gente.. realmente o nome não é bonito! - diz Denise parando e nos encarando. - Mas seria uma escolha da Emma..

- Hááá não vale amor.. você queria colocar Maria Antônieta na Ruby! - revela Renata horrorizada.

- É bonito.. - respondeu Denise.

- Não é não.. - responderam Ruby e Killyn.

- Tá legal.. era o nome da minha Vózinha e eu a amava apenas queria homenagea-la! - revela Denise fazendo bico.

- Então.. - diz Ruby sem graça - Eu gosto de Antônia.. mas Ruby é tão diferente..

- Cusfósforo também! - digo a observando.

- Quero dizer um diferente bom.. me sinto exclusiva..

- Sim.. minha Jóia rara e preciosa! - responde Zelena a abraçando e me fazendo revirar os olhos.

- E Killyn como se chamaria se você escolhesse o nome Ingrid?! - pergunta August abraçado ao namorido.

- Bom.. eu nunca havia cogitado um nome.. - responde Ingrid coçando envergonhada.

- Compreendo.. - responde Killyn olhando para o chão.

- Killyn .. - sussurra Ingrid se aproximando dele e acariciando as suas buchechas. - Sei que ja esta tarde, mas acho que chegou a hora de termos essa conversa..

- Ingrid.. não precisa.. - responde Killyn.

- Eu quero! - responde Ingrid dando um sorriso.

- Conheço um barzinho, na verdade um posto de gasolina que fica aqui perto e que também é lanchonete. Querem o endereço? - pergunta Renata abraçada a sua esposa.

- Nada disso.. você nos levará lá.. afinal são as mães da Ruby e se tem uma coisa que eu aprendi com as Mills é.. "sorriu já é da família!"- diz Killyn entrando no carro mas logo saiu. - Vou com a loira poderosa! - revela sorrindo.

Fomos Eu Killyn e August com a Ingrid, e Zelena e Ruby com Denise e Renata. Embora a Ruby ainda não estivesse 100% aberta com as duas ela já sorria abertamente.. mas também não faz nem 24 horas que a mesma descobriu sua verdadeira origem.

Ingrid foi seguindo o carro da Denise e ao chegarmos no tal posto logo nos sentamos em uma mesa mais afastada. Para nossa felicidade vendiam X-tudo e eu Killyn e Ruby pedimos imediatamente junto a coca-cola mesmo com protestos de Renata e Zelena, pois Ingrid e Denise resolveram nos acompanhar. Zelena, August e Renata optaram por um sanduíche natural.

Depois de muita animação com comentários da chegada do nosso príncipe Ingrid resolvi ir direto ao assunto..

- Bom.. então Killyn, sem rodeios a história é curta.. Eu quando mais nova fui abusada.. e com medo e com vergonha eu não podia ficar com você.. na época eu já morava com o Henry e a Cora.. Regina e Zelena já era grandinhas, na verdade eu engravidei no final da gestação da Mary e conheci seu avô Killyn no dia do seu nascimento, eu estava sozinha na cidade apenas 7 meses de gestação e passei mal e foi ele quem me socorreu..

- E você resolveu me dar pra ele assim do nada, me entregar para um estranho? - pergunta Killyn sério.

- Eu não serei hipócrita de mentir para você, mas a verdade é que não, eu queria ter lhe entregue para ele.. eu iria dar para adoção seu avô que quis ficar com você.. e durante os seus três primeiros anos ele me ditava passo a passo de seu crescimento por telefone.. fizemos amizade, ele foi como um pai pra mim.. por vezes ele queria que eu lhe conhece-se- Ingrid para e seca as lágrimas que rolavam silenciosas - E eu não quis.. eu achava que seria muito filha da puta se entrasse em sua vida seus pais te amavam.. depois disso eu sempre conversava com seu avô e aprendi a gostar de sua profissão e com o apoio dele eu entrei pra civil e trabalhei por anos.. mas sai para cuidar da Fazenda.

Após alguns minutos de silêncio Killyn e Ingrid travavam uma batalha de olhares.

- Quem é o meu pai? - pergunta Killyn.

- Aí que está o problema maior é o motivo de eu não ter ficado com você. Eu havia sido estrupada..

Killyn olhou para Ingrid espantado.

- Se não quiser falar não precisa.. isso não me fará diferença alguma.

- Killyn, eu não pude ficar com Você, o Henry iria mover céus e terras para descobrir o culpado, minha família não aceitaria e te arrancaria dos meus braços de qualquer forma.. e até hoje sou grata a Deus por Gold ter lhe pego.. eu sei o quanto ele te ama.

- Então você não sabe quem é?!

- Não Killyn eu não sei quem é o seu pai.. só havia visto ele uma vez na vida, que foi nesse estrupo.

Killyn nos surpreendeu quando se levantou rapidamente deixando a cadeira cair.. Foi até a Ingrid que passou a chorar desesperadamente e lhe abraçou chorando junto.

- Não importa nada disso.. eu também não me importo de ter sido abandonado, pelo que pude perceber você teve essa atitude mas para me proteger do que para se livrar de mim.

- Killyn por favor me perdoe?! - pedia Ingrid.

- Eiii não me peça perdão mais.. olha pra mim?! - pediu Killyn e Ingrid lhe olhou nos olhos. - Não preciso te perdoar de nada.. afinal antes mesmo de saber quem eu era me amou com todos os meus defeitos, e eu te amei de imediato!!

- Você não tem defeito nenhum.. não diga isso..

- Tá vendo.. até nisso somos parecidos..  Somos Gays e casados e felizes!! - brinca Killyn beijando a cabeça de Ingrid que lhe abraçou pela cintura.

Depois de todo o chororô resolvemos nos recolher o dia já estava amanhecendo.

- Vamos que daqui a pouco trabalhamos.. - diz Denise sorrindo. A propósito a Sofia não irá a aula amanhã então posso levá-la na hora do almoço?!

- Não precisa.. pode levá-la a noite, a Alice irá amar passar um dia com a amiguinha.. - digo lhe abraçando. - Eu me responsabilizo de ficar com elas..

- Ruby minha filha se cuide e tome os remédios.. podemos te ver amanhã?! - pergunta Renata tímida mas não obteve respostas.

- Claro que pode! - responde Killyn - né Ruby?! Eu eiiin palhaçada, todo mundo agora tem mãe nessa bagaça.. Mãe que preste! - completa ajeitando o cabelo.

- Óh sim claro.. - responde Ruby e timidamente foi até as mães as surpreendendo com um beijo no rosto de cada. - Até amanhã pode deixar os remédios estão com a Ingrid.. - revelou revirando os olhos..

- E o celular está programado para despertar no horário da medicação! - responde Ingrid cemicerrando os olhos para Ruby mas ainda abraçada a Killyn

Voltamos para casa e só tivemos tempo de banho e eu e Killyn, August e Zelena café da manhã e rumamos Eu e Killyn para faculdade com a carona de August e Zelena pra escola..

Será que vale a pena amar?! Onde histórias criam vida. Descubra agora