. Eu não sei exatamente quando a minha vida começou a desandar.
. Se quando a minha mãe morreu e por isso o meu pai resolveu voltar para Seuol; se quando ele colocou a vagabunda da minha madrasta dentro de casa; ou talvez tenha até sido naq...
-isso mesmo o que você ouviu, querida- Isadora sorria largamente e eu quis muito arranhar a cara dela naquele momento.
-mas... -olhei rápido para o garoto ao meu lado, tão ou mais petrificado que eu- o nosso combinado...
-é para ajudar melhor na convivência de vocês- Senhor Jung-Sook sorriu- e deixa-las mais interessantes.
-pra vocês, só se for! -Jimin já estava alterado e eu tive que segurar em seu braço quando ele deu um passo à frente.
-calma... Calma- eu dizia mais pra mim, do que pra ele. No fim eu ri soprado daquela palhaçada.
-namorados também podem morar juntos.
-o que você tá fazendo aqui mesmo, Isadora?
-Yun-Hee! -meu pai me repreendeu, mas eu nem liguei- vocês vão morar juntos e ponto final. Vão sobreviver, faz tudo parte da jogada.
-mas o combinado era que Hee e eu que decidiríamos...
-já está feito, Park Jimin, não teime comigo! -meu "sogro" engrossou a voz e Jimin se calou. Não poderia o julgar, pois eu não estava muito diferente.
Enquanto ele se encontrava com o maxilar travado e os punhos cerrados, eu puxava fundo a respiração, várias e várias vezes, tentando manter meu autocontrole para simplesmente não explodir ali mesmo.
-vamos então- deixamos que os adultos fossem mais a frente, Park e eu ainda nos entreolhamos antes de segui-los.
Começamos a caminhar pela trilha de pedras claras, era larga para que passassem dois carros, o jardim é imenso e haviam árvores aos montes, principalmente cerejeiras, cujo faziam um ótimo contraste com a grama verde. Detalhe este, que me fez encarar o homem a poucos passos à minha frente, porém, orgulhoso do jeito que é, Chung-Hee não se atreveu a retribuir minha atenção e admitir, naquele contato, que muito provável tenha escolhido aquela mansão, porque o jardim com sakuras espalhadas o lembravam da mamãe e sua fascinação por elas.
Andamos até parar em frente a mansão de três andares, cheia de vidros e três entradas. Uma na frente, cujo dava acesso pela área externa onde haviam puffs, espreguiçadeiras e a piscina; outra na lateral para a garagem externa e outra na garagem interna cujo dava acesso mais íntimo na mansão.
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Pausa para uma análise mais profunda: esse lugar é extremamente absurdo de exagerado!
O que diabos os nossos pais tem na cabeça de largar dois adolescentes num lugar que mais parecia um labirinto? E muito exposto também, dada as vidraçarias espalhadas por todos os cantos... Só lamento pelas empregadas.
