Claire POV'S
Toda a minha cabeça doía...melhor...latejava. Parecia que eu tinha levado vários socos no meu rosto, no meu corpo, em tudo. As luzes do hospital são tão fortes e em contraste com a decoração completamente branca encandiava os meu olhos fazendo-os lacrimejarem. Cerca de 30 minutos atrás, uma enfermeira entrou no meu quarto e conseguiu fazer com que eu comesse pelo menos algumas torradas e tomasse alguns goles de suco. O Chase chegou no quarto a pouco tempo, pelo menos desde que eu acordei do meu cochilo. Nem um "Bom dia" ele me deu. Ele parece tão pensativo tomando seu café. Quem me dera saber ler mentes. Olhei a mesa posta ao meu lado a procura de meu celular, o achei. Tentei pegá-lo mas os fios que me ligam aos maquinários que controlam meus batimentos cardíacos entre outras coisas, não me permitiu alcançar uma distância suficiente. Chase pareceu despertar de seus devaneios e se levantou as pressas para me entregar o celular, parando apenas para jogar o copo do café, agora acabado, no lixo. Ele meu entregou o celular e deu um breve sorriso, voltando para sua poltrona.
Coloquei o aparelho no meu colo e o encarei, ele estava quieto na sua poltrona. Você precisa falar com ele, agora! -gritou minha consciência.
--Chase....
--Sim?! -sua voz era doce e calma.
--Será que você pode me explicar o que está acontecendo?!
Seu olhar foi de encontro ao meu. Sua boca abriu e novamente se fechou. Pela primeira vez, vi Chase confuso e sem saber que palavras usar para me responder. O que pode ter acontecido de tão grave assim?
--Claire...eu não sei exatamente que palavras usar. Tá sendo difícil pra mim, e você aqui, assim -ele apontou para mim e os fios que me cercavam- ..é complicado, é...delicado. Sua mãe me fez prometer a ela que eu te diria o que ta acontecendo com a sua presença, ela acha que você pode se sentir mais segura com ela aqui. Ela vai saber as palavras certas pra te dizer, sem te machucar. Eu não estou em condições de formular palavras adequadas pra você.. Eu...eu nem ao menos consigo ficar aqui...é tão....tão...-seu olhos foram tomados por lágrimas que escorriam pelo seu rosto, incontroláveis, como uma corrente marinha- ...doloroso. -ele encerrou com um suspiro.
Eu não sabia ao certo o que estava acontecendo, e eu queria que ele me contasse, mas Chase aparenta não está em condições. Seja o que houve, isso vai ter que ficar um pouco de lado, guardado em um caixinha junto com a minha curiosidade. O Chase era minha prioridade nesse momento. Cada lágrima sua, arrancava um pedaço do meu coração. Ele nunca foi de chorar, a não ser que a situação fosse extremamente complicada...do tipo morte. De repente uma luz acendeu em minha mente...morte! É isso! O seu pai morreu, ele não resistiu. Abaixei minha cabeça, escutando ele chorar baixinho, pequenos soluços se espalhavam pelo quarto como um enxame de abelhas, sem controle algum e me machucando cada vez mais. Eu não sabia que palavras eu deveria usar. Eu já perdi alguém na minha vida e por experiência própria eu sei que "Sinto muito!" não ajuda em nada. Porque eu não sinto o que ele está sentindo nesse momento. A minha dor nunca vai ser comparar a sua dor, afinal foi ele que perdeu o pai a pouco tempo, não eu. O pai não era meu, então eu não sinto nada em comparação a ele.
--Eu te amo! -disse o olhando.
As palavras "Eu te amo" saíram tão de supetão que até eu mesma me surpreendi. Chase em questão de segundos ergueu seu olhar ao meu. Essas palavras tocaram tanto nele quanto em mim. No canto esquerdo do seu lábio formou-se um sorriso torto. Sua covinha ficou funda apenas de um lado. Suas bochechas ficaram um pouco mais rosadas. Mas as marcas de lágrimas ainda estavam lá, sumindo aos poucos, como cicatrizes.
--Também te amo, minha princesa. -ele disse enquanto vinha em minha direção secando o rosto na camisa. Uma de suas mãos segurou a minha com força a outra acariciou a lateral do meu rosto. Seu toque é tão macio. Fecho os olhos, para sentir melhor o contato breve de nossas peles. Como eu senti falta disso.
Ergui o meu corpo e direcionei o meu rosto ao seu. Eu precisava disso. Eu precisava daquela sensação de novo. Eu precisava do seu beijo.
Chase aproximou seu rosto do meu e colou nossas testas. Seu hálito roçava em meus lábios. Pude imaginar o gosto do seu beijo. Suas mãos seguravam o meu queixo enquanto as minhas estavam em seu pescoço o puxando para mais perto. Chase molhou os lábios, que por causa desse movimento, roçaram nos meus. Caramba Chase, não faz isso!
--Eu preciso disso. -sussurrei
--Não mais do que eu -ele sussurrou de volta. Senti seu hálito novamente.
Suas mãos agarraram com força a minha cintura. Sua língua me pediu passagem, seu gosto era bom...deliciso, na verdade. Borboletas brincavam no meu estômago e eu amava essa sensação, porque eu sabia, que quando isso acontecia, era porque ele estava aqui..comigo. Seus toques ficaram mais intensos. Estávamos desesperados por um "algo a mais". Separei nossos lábios com um estalo. Nossas testas permaneciam coladas e nossos hálitos se misturavam em um ar perfeito, nascido de um amor adolescente.
--Chase..-disse em um sussurro. --..estamos em um hospital.
Um breve sorriso surgiu no canto dos seu lábios.
--O que é uma pena...eu preciso tanto de você.
--Não mais do que eu. -sorri lembrando que ele dissera isso a pouco tempo.
--Ladra de frases. -ele sorriu entre selinhos que despejava em meu lábios.
Cada toque seu espalhava uma corrente elétrica pelo meu corpo, trazendo calmaria e mansidão. Eu podia sentir o toque de sua pele até nas minhas entranhas. Me completando com a última peça do meu quebra-cabeça, fazendo a minha vida ter sentido.
Eu sei, eu sei...eu andei sumida e peço mil desculpas por isso. Eu também sei que o capítulo ta pequeno e que eu não coloquei a música, o fato é que o tablet está descarregando e eu queria da a vocês um gostinho da história pelo fato que eu não venho postando semanalmente. Prometo que escreverei mais hoje, se possível, e colocarei a música ok ?
Amo muito vocês,
Jen.
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Another Me
FanfictionTudo tem início, meio e fim. As vezes o MEIO é pior e mais doloroso do que o FIM....por isso muitas pessoas tentam adiantar o FIM. MORTE....choros, gritos, desespero e CORTES. A felicidade está aí dentro...você só tem que achá-la.