Capítulo 1: Eu e você- Parte 3

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Capítulo I: Parte 3

No sábado Felipe chegou na hora marcada na casa de Helena. Ela deu graças a Deus por a mãe ter ido trabalhar e não criar mais conflitos com seu possível relacionamento com Felipe. Ela sabia que no fundo Manuela queria poupa-la de uma desilusão. A mãe já sofrera muito no passado por amor e Helena sabia que essa era forma que ela encontrava de lhe proteger e lhe poupar perder tempo com uma relação fadada ao fracasso. Mas mesmo ela tentando fugir do que estava sentindo, ter tentando se afastar dele foi inútil. Helena não era do tipo eterna romântica, ou que faz mil planos em cima de um relação amorosa. Ela já vira a mãe chorar muito em seu quarto, atuando para esconder a dor que sentia. O divorcio com pai de Isabel fora muito desgastante, e mesmo as circunstâncias tendo sido delicadas e dando-lhe inclusive motivos para odiá-lo, não diminui a dor da perda do homem que ela amava. Do homem que ela abrira seu coração depois do luto. Era a dor misturada ao amor e decepção.

Helena entendia bem o perigos do amor e suas faces traiçoeiras, no entanto, ao sair no portão de sua casa e ver Felipe a esperando com chaves do carro da mão e com sorriso irônico a fazia querer correr todos os riscos.

-Ual!,Hoje vou poder economizar minha gasolina.

-Minha mãe me ama muito, e não deixaria eu sair para encontro de carona.

-Bem espero que minhas roupas estejam apropriadas porque hoje particularmente está muito frio. Deve estar uns 3 graus abaixo de zero. Helena falou sorrindo  enquanto fechava o pequeno portão que dava vista para linda casa dos avós. Era uma casa de construção antiga, modelo bem romântico e com lindo jardim.

-A forte e segura Helena Malta admitindo uma fraqueza.

Ele entrou no carro e em seguida Helena.

-Não é fraqueza é um fato.

-O fato que você terá um dia incrível hoje. Está preparada para isso?

-E que te faz ter tanta certeza que será um dia incrível?

-Porque eu sou incrível. Felipe disse isso  e depois arrancou como carro em alta velocidade.

Natacha rolava em sua cama de um lado para outro quando ouviu a voz de Fernanda que estava deitada na bicama:

-Será que você pode fazer mais barulho? Não está me incomodando o suficiente.

-Desculpe, não consigo dormir.

-Que pena para você. Fernanda colocou a cabeça de baixo do edredom.

-Nanda já são dez horas, por favor, quero conversar.

-Desculpe, mas me sinto bem confortável de boca calada.

A voz de Natacha se apresentou melancólica:

-Eu preciso conversar.

Fernanda saiu de baixo do cobertor e se sentou na cama que estava deitada.

-O que foi?

-O Felipe, eu estou com muita saudade. Sabe pensei que seria mais fácil. Mas está bem complicado. As lágrimas tímidas começavam a rolar pelo rosto de Natacha enquanto Fernanda se sentava ao lado da amiga e segurava sua mão.

-Já faz dias que terminamos e ele nem ligou. Eu sei que ele é seu irmão, mas é um idiota também. E mesmo eu sabendo disso não consigo parar de pensar nele toda hora. Eu sou apaixonada pelo seu irmão desde o terceiro ano do ensino médio. Talvez se eu tivesse mais paciência, tentando um pouco mais...

-Não se culpe. Naty Lipe é frio, mais isso não quer dizer que não goste de você e não esteja chateado da forma dele.

-Nanda, dói muito. Sabe saber que ele não está nem ai. Dói muito.

Um sonho para HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora