Capitulo II: Doce inverno – Parte 2
Felipe e Helena saíram de mãos dadas para estacionamento do hospital.
-Você não está curiosa para saber o porquê não sai da faculdade e vim com você de carona?
-Na verdade pensei que você quisesse conversar com sua irmã.
-Não era isso. Espere. Ele vendeu os olhos dela.
-Isso de novo não.
-É uma surpresa fique parada.
Helena obedeceu. –Esse é tipo de meio transporte que te deixa apaixonado.
Ele desvendou os olhos dela com calma enquanto ainda falava.
-Quero que você disfarce a emoção. Mas minha mãe cansou-se de ouvir os relatos do filho que é humilhado pela namorada motorizada.
-Traduzindo ela foi vencida pelo cansaço. Ela disse ainda de olhos fechados.
Ela se deparou com um Chevette bem ao estilo 1978 de cor laranja.
-Fe, é questão de gosto, isso é relativo.
-Questão de gosto Helena? É uma maquina Helena.
-Felipe, é um Chevette!
-Não. Ele disse aos risos ao olhar para Chevette. –É a moto amor.
Helena voltou sua atenção para uma moto vermelha.
-Ela linda.
Felipe pegou uma chave e abriu uma tranca que prendia dois capacetes. Um vermelho e um rosa.
-Que bom que gostou, porque esse é meu e esse é seu. Ele disse entendo o capacete rosa pra namorada que dava passos para trás.
-Não mesmo. Eu tenho pavor de moto.
-Por quê? Ele perguntou desapontado. -Eu até comprei o capacete de princesa para você. Ele sorriu sugestivamente.
-Nem pensar.
-Helena?
Ela fez que não com a cabeça.
-Felipe?
-Você já sofreu algum acidente de moto?
-Não é só auto proteção mesmo, ou baixa atração por auto destruição. Entenda como achar melhor. Ela disse balançando a cabeça.
-Você vai poder me abraçar forte e se aproveitar do meu abdômen sarado. Ele levantou as sobrancelhas e fez um biquinho.
-Eu tenho muito medo.
-Relaxa.
-E meu carro minha mãe me mata primeiro seu for para casa com você de moto, e depois me mata novamente se eu aparecer em casa sem o carro.
-Você deixa aqui no estacionamento do hospital devidamente trancado, e depois diz que pegou uma carona que não deixa de ser verdade.
-Mas não menciono que fui de Caxias até Gramado na garupa da moto do meu namorado maluco.
-Acho que não seria muito pertinente. Ele disse beliscando o queixo dela com mão.
-E nossas bolsas?
-Você deixa no seu carro e amanhã passamos aqui e pegamos antes de irmos para faculdade.
-Oh, claro se ainda estiver viva amanhã devo que subir de novo na sua garupa para ir de Gramado para Caxias.
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Um sonho para Helena
RomanceHelena é uma linda jovem que voltou com sua família para sua cidade natal. Ela divide á vida entre ajudar a mãe divorciada com irmã caçula e ser voluntaria em hospital. Mas ela é bem mais mesteirosa do que pode aparentar. E fará de tudo para manter...