Capítulo 5

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Mais um capítulo postado!!! Agora só falta mais um. E aí, o que acham que vai acontecer? 

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− Oi. Desculpe o atraso. O trânsito está um inferno. − disse chegando perto da mesa que ele tinha reservado e colocando a minha bolsa na cadeira ao meu lado. Ele estava lindo. O que não ajudava em nada.

Ron se levantou antes que me sentasse. Ele beijou minha bochecha, me cumprimentando, e eu senti minhas bochechas arderem mais uma vez. Ele pegou meu casaco pelos ombros que eu acabara de começar a tirar e colocou nas costas da cadeira, a puxando em seguida para que eu me sentasse. Ótimo, agora ele também era cavalheiro.

− Não tem problema. – Respondeu sorrindo.

− Me desculpe por aquele dia no parque... Eu fui uma verdadeira idiota, totalmente infantil. Não sei o que me deu, acho que fiquei irritada. − Comecei me lamentando e ouvi ele rir. − Do que está rindo? − perguntei incrédula.

− Eu acho incrível que toda vez que nos encontramos, nós iniciamos a conversa pedindo desculpas por algo. – Percebeu ele, o que me fez corar instantaneamente.

− Isso é um fato. – Respondi, começando a rir junto com ele − Talvez seja um sinal... – completei, sem pensar.

− Um sinal de que? – perguntou, confuso.

− Nada... deixa para lá. – Um sinal de que eu deveria correr para bem longe daqui e te deixar com os seus problemas. – Enfim... Você ainda não me contou sobre o que é essa comemoração.

− É verdade... Bem, eu te convidei para comemorar porque você foi importante na minha decisão. – Falou, fazendo uma pausa em seguida e me olhando de um jeito que me deixou arrepiada.

− Que decisão? Conta logo e para de ficar dando voltas. – comentei, dando uma risada em seguida.

− Bem, eu terminei com a Lilá.

Ele viu minha expressão de confusa, sorriu e como se estivesse lendo a minha mente e soubesse o que eu ia perguntar, explicou:

− Depois daquela conversa que tivemos no parque, eu fui pra casa um pouco transtornado. Eu não sei direito como te explicar essa sensação, mas foi como se eu tivesse recebido vários socos no estomago.

Ele falou e o meu primeiro impulso foi o de pedir desculpas. Mas, já sabendo o que eu faria, ele me interrompeu antes mesmo do primeiro som sair da minha boca. Era incrível como, em tão pouco tempo, ele já me lia dessa forma, sabendo o que eu faria a seguir.

– Não precisa pedir desculpas, eu precisava daquilo. Sério mesmo. Muito obrigado, inclusive. Enfim... cheguei em casa e tudo a minha volta começou a me incomodar profundamente. Praticamente a minha casa inteira foi decorada pela Lilá e pela minha mãe e, bem... até então eu não tinha me importado, principalmente porque eu mal fico na minha casa em razão dos plantões e tudo mais. O ponto é que, depois daquela conversa, tudo passou a me sufocar ali dentro e o meu primeiro impulso, depois de querer quebrar tudo na minha casa, foi o de ir até a casa da Lilá e terminar tudo. E foi o que eu fiz. Então... depois de anos, eu terminei tudo com ela. – Terminou sorrindo abertamente. Parecia extremamente feliz, o que me deixou com uma pontada de dúvida.

– Uau... Então quer dizer que eu fiz você terminar um namoro? Desculpa, mas estou me sentindo um pouco mal agora – resolvi brincar um pouco com a situação para evitar pensar no meu coração batendo super acelerado.

– Bem, talvez a culpa seja toda sua mesmo – respondeu, entrando na brincadeira e rindo em seguida.

– Sério, agora. – disse parando de rir. – Como você está se sentindo agora? Lembro de você ter me dito que a amava e que pensava em se casar com ela.

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