28 de janeiro de 2019 - parte 2

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- Chegamos? - perguntei olhando a parte de fora do carro e reparando que estávamos no meio do nada.

- Chegamos.

- Mas você tem certeza? - fiz uma careta a encarando e ela riu.

- Sim, eu tenho certeza - disse e se virou pegando uma mochila no banco de trás e saindo do carro em seguida - Você vem? - perguntou virando pra trás enquanto me encarava. Eu balancei a cabeça em confirmação e sai do carro.

Ela pegou minha mão e começou a me puxar pro meio do mato. Entrelacei nossos dedos enquanto rezava pra ela não ter mudado de ideia na história de me matar no meio do nada. Não me levem a mal, não que eu não confie nela né, mas ela tá me levando pro meio do MATO.

- Chegamos - ela disse parando de frente pra uma árvore e eu a encarei.

- Você tá com algum problema? Me trouxe pra ver uma árvore? - perguntei e ela riu, colocando uma mão na minha testa e outra no meu pescoço - BILLIE VOCÊ VAI MESMO ME MATAR? - me desesperei.

- Meu deus Arya, cala a boca - disse empurrando minha testa pra trás. Olhei pra cima e vi uma casa. Ok, ela me trouxe pra uma casa na árvore.

- Vem cá, onde você arruma esses lugares bizarros em? - perguntei a encarando e ela riu de novo.

- Eu só tenho meus contatos - se gabou - Agora vem, prometo que você vai gostar - disse me puxando pra uma parte onde tinha uma escada. Bom, eu não tinha reparado nisso.

- Poxa você só me dá trabalho - falei começando a subir atrás dela.

- Para de reclamar, Scott - bufou e eu revirei os olhos.

Logo nós chegamos na parte da casinha, e eu reparei que, bom, era bem maior do que parecia.

Claro que a casinha tinha um cômodo, mas ela era numa altura normal. Olhei pela janelinha e reparei que era tipo uma sala/quarto. Era bem gostosinho e aconchegante.

- E ai, gostou?

- Eu amei - sorri sincera e selei seus lábios - Mas espero que você tenha trago comida, porque desconfio que o Ifood não chegue aqui.

- É, não chega - ela soltou uma risada e abriu a porta da casinha entrando em seguida.

-...-

- Ok, vamos conversar - falei a encarando - Por que me trouxe aqui?

- Porque, bom... Eu queria que nossa última noite fosse longe de tudo, sabe. Longe de problema, de família, de amigos. Fossemos só nós duas, no meio do nada, falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, só....  Aproveitando. - ela suspirou encarando o teto.

Nós estávamos deitadas na casinha, já tínhamos comido - ela secretamente tinha comprado algumas coisas no motel pra trazer pra gente comer - e agora estávamos apenas conversando.

- Billie - a chamei e a encarei, vendo ela fazer o mesmo - Como vai ser? Digo, a partir de amanha. Isso vai... Acabar?

- Não - ela disse sem exitar - Por mim pelo menos, não. - suspirou encarando o teto de novo - Sabe, eu pensei em te pedir em namoro hoje. Mas achei muito cedo.

- É, realmente tá muito cedo pra isso - concordei.

- E eu acho que você não tá preparada também.

- Eu? Por que?

- Você não consegue se entregar com muita facilidade, eu percebi isso - ela deu uma risada baixinha e eu suspirei.

- É, realmente não consigo - encarei o teto - Mas sabe, com você foi diferente. Digo, tá sendo diferente. Eu nunca me abri tanto com alguém quanto com você. Nunca senti nada por ninguém como sinto por você.

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