A Senhora Cole estava em seu escritório como todos os dias, resolvendo papeladas de adoções, contabilidades, e todos os outros problemas do orfanato. Marta entrou esbaforida pela sala:
- Senhora Cole, Senhora Cole... Aquele homem, do colégio do menino Riddle, está ai fora e deseja falar com a Senhora.
- O Senhor Dumberton? Ora, mande-o entrar Marta. – A mulher saiu correndo da sala e foi até o corredor chamar o excêntrico homem de cabelos acaju e terno cor de ameixa que esperava pacientemente.
- A Senhora Cole vai recebê-lo Senhor – o homem a sorriu gentil enquanto a seguia em direção a sala que a diretora do orfanato o esperava. Chegaram à sala e a Senhora Cole o recebeu prontamente, dispensando Marta.
- Algum problema com o Tom Riddle, Senhor Dundlebore? – Marta o perguntou oferecendo um copo de Gim.
- Ah não, nenhum problema com ele, Tom é um menino muito dedicado – respondeu Dumbledore ignorando o erro em seu nome e aceitando de bom grado o copo de Gim. – Na verdade, gostaria de falar com a Senhorita Emrys.
- Ela também ganhou uma bolsa? – perguntou a mulher com um tom desconfiado.
- Sim Senhora Cole – respondeu Dumbledore dando um sorriso simpático para a mulher a sua frente. – Os pais da Senhorita Emrys nos escreveram antes de serem mortos, pedindo uma bolsa para a garota.
- Ah, bem vou chamá-la. – e saiu pela porta em direção aos quartos dos órfãos. Foi ao quarto de Hermione e não achou, depois foi à biblioteca e também não a achou por lá, em um dos corredores viu Tom Riddle e o chamou:
- Tom, por favor, - o garoto se aproximou – procure a Senhorita Emrys para mim, sim? E leve-a a minha sala, preciso falar com ela. – o garoto assentiu e saiu pelos corredores procurando por Hermione, mas em sua cabeça amaldiçoava a Senhora Cole com todas as imperdoáveis.
Por sorte tinha visto a menina se dirigir ao jardim com os seus amigos e foi até lá, quando se aproximou do grupo, uma sensação boa se passou dentro dele, todos olhavam para ele com terror, menos Hermione que estava de costas para ele e não o havia visto ainda.
- Senhorita Emrys, a Senhora Cole pediu para que eu a levasse a sala dela. – a menina se virou e quando viu quem era simplesmente, se levantou pedindo licença aos amigos e passou por Riddle sem o olhar.
O pálido rapaz a seguiu e a ultrapassando, passou em sua frente:
- O que eu disse sobre ser mais educada, Senhorita Emrys? – disse levantando uma das sobrancelhas e cruzando os braços.
- E o que eu disse sobre me deixar em paz Senhor Riddle? Agora se me der licença, preciso ir à sala da Senhora Cole. – disse em quanto tentava passar pelo rapaz a sua frente que trancava a passagem.
- Ela pediu para que eu a levasse.
- Eu sei muito bem o caminho Riddle, não preciso de sua ajuda.
- Mas eu não gosto de desobedecer, sabe? – sorriu para a menina a sua frente de forma cínica.
Hermione apenas revirou os olhos e não respondeu, não ia continuar a discutir, sabia que ele só queria a irritar, e infelizmente estava conseguindo com maestria. Tom deu passagem para Hermione, mas continuou a segui-la até a sala da Senhora Cole. Chegando lá bateu na porta, e a mulher o atendeu e ele viu sentado em uma das cadeiras de frente para a mesa da diretora o professor Dumbledore, olhou para ele de forma confusa.
- Obrigada Tom, já pode ir – ele acenou com a cabeça e se retirou olhando intensamente para Hermione. – Venha Senhorita Emrys, esse senhor quer falar com você.
Ela entrou na sala e se sentou ao lado do professor, não conseguia descrever a felicidade de ver Dumbledore ali, vivo. E sentia felicidade também por saber que seu plano dera certo, que acreditaram em sua carta.
- Pois não senhor? – Hermione disse se dirigindo a Dumbledore. Enquanto a Senhora Cole pedia licença e saia da sala.
- Senhorita Emrys, meu nome é Alvo Dumbledore, sou professor em Hogwarts. Vim para dizer que recebemos sua carta e que a senhorita foi aceita em nossa escola. Aqui está tudo que precisa saber – entregou-lhe um envelope- as aulas começam no dia 1º de setembro, então recomendo que se apresse para comprar seus materiais. Se quiser, posso pedir para que o Senhor Riddle a acompanhe.
- Ah, muito obrigada Professor Dumbledore! Estou tão contente, não como agradecer. Comprarei os materiais o mais rápido possível – e disse baixinho- e daquele ali eu dispenso ajuda.
Dumbledore deu uma risadinha e continuou a conversar com ela sobre como funcionava a escola e sobre a seleção das casas que havia em Hogwarts. Ela seria escolhida antes dos alunos do primeiro ano, e por isso deveria procurar por ele quando chegasse da viagem.
Depois de tudo conversado, Dumbledore se despediu e Hermione saiu da sala dando um enorme sorriso, só sentia em deixar os amigos que fizera no orfanato, mas saber que agora teria a chance de destruir Riddle antes que ele se tornasse pior, já compensava.
Andando pelos corredores, foi barrada por aquele ser que ela tanto odiava: Tom Riddle, que a puxou para um lugar mais reservado.
- Quer dizer que você é uma bruxa? – disse com desprezo, ele simplesmente não conseguia acreditar que ela era como ele, logo ela que era tão desprezível, era uma bruxa.
- Mas que mania horrível é essa de estar sempre se metendo na vida dos outros Riddle?! Preciso dizer outra vez que a minha vida não é da sua conta? – e saiu dali deixando pra traz um Tom completamente raivoso.
Foi direto para o jardim contar a novidade para os amigos. Eles ficaram contentes que ela conseguiria estudar numa boa escola, mas ao mesmo tempo tristes sabendo que ela iria embora e não teriam mais a sua companhia durante todo o ano.
De longe, Riddle a observava ainda não acreditando que ela fosse uma bruxa, ela não é digna disso, se misturando com esses trouxas imundos, pensava ele. Era disso que ele e seus “amigos” de Hogwarts queriam livrar o mundo, de trouxas e bruxos que não mereciam a magia que tinham.
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Gods and monsters (tomione)
FanfictionO mundo mágico está em guerra. Lord Voldemort está com mais poder do que nunca. Para que a paz volte a reinar,tudo depende do sucesso de Harry, Ron e Hermione de achar as Horcrux. Mas a caçada não vai nada bem. Hermione está desesperada, e resolve c...