Capítulo IV

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Se levantou as duas da manhã, abriu a gaveta e resolveu que amolaria as facas.
Sentou-se no chão, alisando as lâminas, ela ama brincar disso.
Pega as facas, e fica analisando os lindos cortes em sua perna, enquanto o sangue escorre... Algumas pessoas diriam que ela é maluca, mas não, ela está apenas brincando, uma menina, e seus brinquedos.
No primeiro corte, ela diz : - não vai doer.
No segundo, ela respira fundo e diz : - e se doer, ninguém se importa.
Ninguém se importa, ninguém nunca se importa.
Ela sorri ao ver o sangue que escorre em sua perna, quase ser ar, desaba a chorar.
Corta e corta, sempre repetindo, ninguém se importa.
E eu sei o quanto está certa.

Ninguém se importa!

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