Capitulo VIII - Sem Rumo

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Quando seu telefone toca e a notícia do outro lado da linha é ruim, seu interior sente... E na hora que eu disse: - Alô... Tudo desmoronou
Meu fim de semana até tinha sido bom, mas assim como ao final de toda tempestade  vem o arco-íris, o contrário também pode acontecer.
Segunda feira, 18h12
Recebo a notícia de que minha mãe não está bem, e pode estar com covid 19, e me pede para não voltar pra casa, pelo menos por alguns dias. Eu fiquei tranquila em relação a isso, tenho um lugar em mente.
A primeira decepção, o lugar para onde eu achei que poderia ir, recebi um enorme não, você não pode ficar aqui, pode estar contaminada e contaminar os demais. Me vi em um beco sem saída, minha pausa tinha acabado e precisava voltar ao trabalho.
Sentada na minha mesa não consegui me concentrar um minuto, o bom que era uma noite tranquila, podia ficar com o barulho da minha cabeça... Comecei a procurar quartos de hotéis, mas tinha um problema como eu pretendia pagar a hospedagem... Uma época do mês bem ruim de dinheiro, então o desespero começou bater.
Minha cabeça estava uma bagunça, eu não conseguia deixar meus problemas pessoais de lado e só pensar após o meu horário de trabalho, então uma luz veio de uma amiga, me questionou se não tinha algum amigo que pudesse ficar na casa, pelo menos aquela noite, até resolver para onde iria, então, lembrei do meu melhor amigo e na hora enviei mensagem... Ele sem nem questionar me deixou passar a noite com ele, avisei que iria em casa pegar algumas roupas e depois iria para lá.
Após finalizar o meu dia de trabalho, corri pra casa peguei o metrô para chegar mais rápido e não perder tempo.
Cheguei, arrumei o máximo de coisas que podia em menos tempo. O problema de sair com pressa é que vc esquece coisas importantes.
No caminho de casa para o ponto, eu estava aflita, insegura e não conseguia ver a luz no final do túnel, no caminho até a casa desse amigo tantas coisas passaram pela minha cabeça e a agonia de não saber ao certo oque poderia acontecer, estava me deixando maluca.
Quando finalmente cheguei a casa do meu amigo, quase duas horas depois, já era tarde da noite e a sensação gostosa de caminhar a luz da lua, foi tomada pela minha ansiedade e angústia.
Na casa dela pude notar a felicidade de me ver e estar comigo, até porque já tinha um bom tempo que estávamos longe, o decorrer da noite foi muito bom, me destrai, ri, conversei e no fim convenci ele a assistir filmes clichês de Natal... Como de costume comecei cochilar durante o filme e decidimos deitar para dormir. Tive muitos pesadelos durante o sono, e acordei diversas vezes e demorava voltar a dormir
Terça feira
Finalmente as dez da manhã, ele deu sinais de que iria acordar, então ficamos conversando, sabe aquela sensação de estar incomodando, tive um pouco dessa sensação e então fui tomar um banho e decidir que precisava achar um canto pra ficar.
Consegui com um amigo, uma grana pra ver se conseguia achar um local pra dormir, esse amigo meu deu a ideia de procurar um hostel, que é um local que aluga camas em quartos compartilhados...
No decorrer do dia, consegui reservar uma cama em um hostel que parecia ser próximo ao trabalho, porém um pouco antes do horário de saída o local cancelou a reserva, mas só descobri isso quando saí do trabalho... Então eu peguei a Van que a empresa disponibiliza para levar os funcionários até o terminal de ônibus... Mas ainda sem ideia de para onde iria.
Quando desembarquei no terminal, eu não sabia para onde ir, e senti como se o chão abaixo dos meus pés tivesse sumido.
Simplesmente sentei em um banco do terminal e fiquei sem chão, sem força, sem coragem de pensar no que iria ser dali em diante. Pouca bateria no celular, não tinha nenhuma reserva e nem uma saída
Baixar alguns aplicativos de hospedagem, desenganada pois eu sabia que as 22 horas, seria difícil fazer uma reserva para fazer check-in em menos de uma hora... E lá fiquei, sem rumo, e sem destino certo

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