Noir | BAEKSOO

Capítulo 2 - Cinderela

CAPÍTULO 2 - Cinderela

BYUN BAEKHYUN franziu o cenho quando, na manhã seguinte, enquanto ia a delegacia, notou a presença do capitão do corpo de bombeiros em frente ao departamento em que o detetive trabalhava. Ele estranhou, parando no meio da calçada, distante o bastante para que o bombeiro não notasse sua presença. E ficou ali em silêncio, assistindo a inquietação do oficial Park, até que sua agonia atormentasse o próprio detetive, o qual, depois de longos segundos assistindo aquilo, não aguentou mais ficar em silêncio.

— Algum problema, oficial Park?

Quase no mesmo momento Chanyeol se virou, levemente surpreso com a presença silenciosa do policial. Pela sua expressão, Baekhyun constatou que o bombeiro não esperava-o ali. Entretanto, em uma atitude que já era costumeira do capitão dos bombeiros, o mais alto resumiu-se a sorrir parecendo contente em ver Baekhyun. Tal detalhe não passou despercebido pelo policial.

— Parece aliviado por me ver. — Baekhyun disse rindo, caminhando em sua direção.

Chanyeol riu.

— Qualquer pessoa que não seja o delegado Kim me enche de alegria, pode acreditar, detetive Byun. — o outro cumprimentou, inclinando a cabeça em um cumprimento simpático e silencioso, como era o costume da época.

Baekhyun sorriu imitando o gesto, puxando a ponta do chapéu que usava.

— Não fale assim do nosso delegado. — o policial ralhou de brincadeira, mesmo que achasse graça daquela intriga toda entre os dois. Ele passou pelo Park, esperando ser seguido em direção à delegacia. Porém, parou no meio do caminho quando percebeu que isso não acontecia — Não vai entrar? — perguntou, indicando as portas do prédio.

Notou o Park fazer que não.

— Tenho de voltar ao corpo de bombeiros. — ele explicou — Vim porque queria ver Kyungsoo. Mas, visto que eu e você nos encontramos, procure saber como ele está e peça que me dê notícias, por favor.

Baekhyun fez que sim, analisando discretamente a presença do bombeiro ali.

Esquisito.

Em sua concepção Park Chanyeol era um cara legal. De verdade, Baekhyun realmente tinha uma boa impressão dele. Além de ser o chefe do corpo de bombeiros da cidade, o Park também era amigo de longa data de seu parceiro policial e, mesmo que não se desse muito bem com o Do, tinha de admitir que possuía certa afeição por quem Kyungsoo também tinha.

Park Chanyeol também tinha uma excelente popularidade entre os moradores da cidade, diziam por aí que até os maiores mafiosos da cidade respeitavam-o. Todo mundo gostava do capitão da Divisão de Resgate do corpo de bombeiros.

— Aconteceu alguma coisa para que você fique preocupado? — foi Baekhyun quem perguntou, cruzando os braços.

A resposta do Park veio imediatamente:

— Eu fiquei preocupado depois que terminamos de apagar o incêndio do Copa ontem. — Chanyeol disse, coçando um dos braços. Só então, naquele momento, Baekhyun notou as roupas do mais alto — Kyungsoo não tinha onde dormir, imaginei que ele ficaria no prédio da delegacia por enquanto que o prédio do Copa está interditado pela polícia.

Chanyeol estava com o traje de combate ao incêndio, ao menos da cintura para baixo. As calças levemente chamuscadas nas barras escuras, de um tecido grosso desconhecido para o policial, seguras na cintura estreita do Park por suspensórios brancos os quais combinavam com a cor da regata de tecido acrílico e que expunha os braços fortes. Sem qualquer cuidado para não revelar que estava analisando-o, Baekhyun baixou os olhos na direção dos pés do bombeiro, não surpreendo-se ao ver os sapatos de borracha.