III - Laços

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Amores, estamos chegando ao final porque a fic é pequena. Provavelmente teremos mais um capítulo e o epílogo.

Perdoem-me qualquer erro, escrevi e lancei dois capítulos hoje, não tive tempo de revisar.

Se havia alguém de que Eijiro se orgulhava era do homem com quem tinha casado

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Se havia alguém de que Eijiro se orgulhava era do homem com quem tinha casado. Claro, Katsuki era um tanto difícil de lidar, teimoso e as vezes inconsequente quanto as palavras que usava, sempre impondo-se de modo nada harmônico, o que por vezes funcionava como estopim para discussões entre ele e todos ao seu redor. Contudo, ele podia amar na mesma intensidade que odiava e isso significava total desapego e empenho para manter as pessoas que amava sempre confortáveis.

A primeira vez que o alfa teve certeza disso foi quando Eikichi nasceu.

A despeito de todo o mal humor e recusa do ômega durante toda a gestação, teimosia e atitudes precipitadas e perigosas que ele aderia, como as constantes patrulhas e insistência em continuar com serviços perigosos mesmo frente ao risco de sofrer um aborto, ele conectou-se instantaneamente com o filho sem que nenhum trabalho fosse necessário. O que, para Eijiro, foi uma lufada de esperança.

O alfa havia temido que o ômega rejeitasse o bebê por conta das constantes brigas e pressões que ele sofria de todos ao seu redor.

Eijiro sabia que aceitar a gestação não era uma prova de que ele iria se afeiçoar a paternidade e passou todos os meses em uma expectativa carregada de angústia.

Durante todo o parto — que durou angustiantes dez horas — sua mente se tornou um turbilhão de pensamentos negativos e ele achou que ia explodir de ansiedade. Tinha a chegada do filho pelo qual tanto aguardou e o medo de Katsuki cumprir com as ameaças de simplesmente abandoná-los para seguir seu caminho.

— Quem quer esse filho é você, eu não tenho nada a ver com isso. — vivia a repetir em todas as discussões que ele mesmo iniciava e que Eijiro quase morria engasgado com as palavras para não o deixar mais irritado.

Podia ser apenas uma fase ou não. Katsuki era inconstante e imprevisível demais para poder supor com certeza do que ia acontecer ou não, algo que confundia a todos, inclusive o próprio ômega. Foi um longo caminho, cheio de percursos, choros, atentados a integridade física do alfa que quase foi assassinado pelo esposo mais de uma vez e perdeu a conta de quantas vezes foi forçado a dormir no sofá, brigas e mais choro, de estafa, raiva ou medo. Ele se manteve em pé sabe-se lá como, sendo suporte e tentando acalmar Katsuki que estava sempre a beiras dos berros ou lágrimas, as vezes querendo-o longe, outras vezes o querendo perto e, no mais cansativo, os dois ao mesmo tempo.

Katsuki brigava com ele, consigo mesmo, com o mundo, com tudo ou nada. Tão confuso que as vezes nem mesmo Eijiro era capaz de lhe proporcionar conforto. Tinha crises constantes de pânico e deixava o alfa às portas da morte por enfarto fulminante toda vez que teimava em fazer algo arriscado.

Já traçava planos para evitar que ele surtasse ao ver o filho, tendo inclusive alertado a toda equipe sobre a situação, estabelecendo que o bebê deveria ser entregue a si primeiro para evitar qualquer transtorno.

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