Amores, estamos chegando ao final porque a fic é pequena. Provavelmente teremos mais um capítulo e o epílogo.
Perdoem-me qualquer erro, escrevi e lancei dois capítulos hoje, não tive tempo de revisar.
Se havia alguém de que Eijiro se orgulhava era do homem com quem tinha casado. Claro, Katsuki era um tanto difícil de lidar, teimoso e as vezes inconsequente quanto as palavras que usava, sempre impondo-se de modo nada harmônico, o que por vezes funcionava como estopim para discussões entre ele e todos ao seu redor. Contudo, ele podia amar na mesma intensidade que odiava e isso significava total desapego e empenho para manter as pessoas que amava sempre confortáveis.
A primeira vez que o alfa teve certeza disso foi quando Eikichi nasceu.
A despeito de todo o mal humor e recusa do ômega durante toda a gestação, teimosia e atitudes precipitadas e perigosas que ele aderia, como as constantes patrulhas e insistência em continuar com serviços perigosos mesmo frente ao risco de sofrer um aborto, ele conectou-se instantaneamente com o filho sem que nenhum trabalho fosse necessário. O que, para Eijiro, foi uma lufada de esperança.
O alfa havia temido que o ômega rejeitasse o bebê por conta das constantes brigas e pressões que ele sofria de todos ao seu redor.
Eijiro sabia que aceitar a gestação não era uma prova de que ele iria se afeiçoar a paternidade e passou todos os meses em uma expectativa carregada de angústia.
Durante todo o parto — que durou angustiantes dez horas — sua mente se tornou um turbilhão de pensamentos negativos e ele achou que ia explodir de ansiedade. Tinha a chegada do filho pelo qual tanto aguardou e o medo de Katsuki cumprir com as ameaças de simplesmente abandoná-los para seguir seu caminho.
— Quem quer esse filho é você, eu não tenho nada a ver com isso. — vivia a repetir em todas as discussões que ele mesmo iniciava e que Eijiro quase morria engasgado com as palavras para não o deixar mais irritado.
Podia ser apenas uma fase ou não. Katsuki era inconstante e imprevisível demais para poder supor com certeza do que ia acontecer ou não, algo que confundia a todos, inclusive o próprio ômega. Foi um longo caminho, cheio de percursos, choros, atentados a integridade física do alfa que quase foi assassinado pelo esposo mais de uma vez e perdeu a conta de quantas vezes foi forçado a dormir no sofá, brigas e mais choro, de estafa, raiva ou medo. Ele se manteve em pé sabe-se lá como, sendo suporte e tentando acalmar Katsuki que estava sempre a beiras dos berros ou lágrimas, as vezes querendo-o longe, outras vezes o querendo perto e, no mais cansativo, os dois ao mesmo tempo.
Katsuki brigava com ele, consigo mesmo, com o mundo, com tudo ou nada. Tão confuso que as vezes nem mesmo Eijiro era capaz de lhe proporcionar conforto. Tinha crises constantes de pânico e deixava o alfa às portas da morte por enfarto fulminante toda vez que teimava em fazer algo arriscado.
Já traçava planos para evitar que ele surtasse ao ver o filho, tendo inclusive alertado a toda equipe sobre a situação, estabelecendo que o bebê deveria ser entregue a si primeiro para evitar qualquer transtorno.
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Efêmero
FanfictionDesde criança Katsuki sonhava em se tornar o primeiro ômega a alcançar o topo, ser o número um no ranking dos heróis. Um objetivo que precisou deixar de lado por anos enquanto cuidava do filhote que arranjou sem querer por ser descuidado. Agora, de...