III, lucky.

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Oi pessoal. Se estiverem lendo isso, muito obrigada pelo apoio! Particularmente esse capítulo levou pouco mais de dois meses pra ser escrito, por isso gostaria de pedir pra que vocês não se esqueçam mesmo de votar aqui e comentarem bastante sobre o que estão achando, isso é muito importante!!! Além do feedback, me motiva muito a continuar escrevendo pra vocês. Boa leitura.

- Xx, Gabie.

. . .

Entre um passo e outro, meu peito subindo e descendo tão rápido, achei que pudesse ter um ataque do coração.

Pode até parecer exagero, ainda mais se tratando de algo tão comum quanto duas pessoas se conhecendo e interagindo pela primeira vez. Mas não vejo as coisas assim, tão simplistas. Pessoas vivem e interpretam momentos de formas diferentes, e pensando assim, talvez isso signifique que sou uma mulher um tanto quanto intensa. Fosse o que fosse, torcia para que isso não estivesse transparecendo tanto.

Eu e Jonah mal havíamos deixado a livraria onde nos conhecemos oficialmente para trás, e meus neurônios ainda trabalhavam a todo o vapor. Eu me sentia inquieta, era mais um dos efeitos de se estar tão nervosa e dispenso mais explicações sobre minha ansiedade mais do que evidente. Sendo assim, fica claro que sou péssima socializando. Horrível, imprestável, ruim e todos os outros adjetivos que existirem para isso.

Perdi a conta de quantas vezes durante aquele silêncio pertubador tive que respirar fundo para tentar relaxar, o que claro, foi em vão em cada uma das tentativas. Não conseguia parar de pensar em algo para dizer, me sabotando com a idéia de que era minha obrigação desenvolver uma interação entre nós dois, e mesmo que Jonah agora fosse 10% menos desconhecido, (em tese isso ajudaria um pouco) bom, ele ainda era...ele. Além disso, como eu tinha muita sorte — observe que estou sendo bastante irônica — ele era ainda mais interessante de perto.

Toda vez que eu observava discretamente (era o que eu achava) Jonah ficava ainda mais bonito, se é que fosse possível. Não dá para esconder de ninguém, nem mesmo de mim, que eu estava me atraindo por ele desde o dia que eu o vi pela primeira vez. Isso sim é possível, e acredito como nunca.

O fato é que Jonah sempre lidava muito melhor com as coisas do que eu. Enquanto eu abria e fechava a boca várias vezes temendo dizer a coisa errada, ele tinha a solução pronta, na ponta da língua.

— Ei, obrigado pelo convite.

Olhei para o cara, aquele mesmo cara de dias atrás por alguns instantes devolvendo um sorriso. O meu, trêmulo. O dele, simpático. Era um alívio alguém finalmente estar falando alguma coisa.

— Ah, imagine. E bem... obrigada por não me achar maluca e aceitar.

Ponto. Eu não estava mais gaguejando. Não importava se era a frase mais fácil de se dizer, eu tinha conseguido e isso contava muito.

— Acho que fiquei um pouco surpreso, mas não acho você maluca. — ele confessou. Jonah parecia estar sendo muito sincero. Quanto as duas coisas. — Me sinto lisonjeado.

Eu não poderia julgá-lo caso não tivesse aceito ao meu convite totalmente inusitado. Se não fosse reconhecida pelo meu livro, podia facilmente me passar por uma deliquentezinha solta pela noite a fim de cometer alguns atos criminosos — pensando bem nada me impedia de ser escritora e, delinquente — mas para a sorte dele, eu não era nada disso.

Ele quis mesmo estar ali. E estava contente com isso. Agitada, comecei a cruzar e descruzar os braços, e tentando não sorrir outra vez feito uma boba.

— Hm, então. Fogos... — Continuou. Devia ter percebido que eu estava um pouco absorta, o que não era tão difícil. — Estava indo encontrar alguém?

who'd have known. | jatum.Onde histórias criam vida. Descubra agora