Como eu tento... minuto após minuto. Dimensão após dimensão, eu tento...
Eu tento aprofundar o raso.
Ocupar o vazio.
Preencher a solidão.
Tento achar respostas para perguntas que nem ao menos foram feitas. Dia após dia. Segundo após segundo. Eu tento mentir para mim mesma sobre o evidente, eu tento não sucumbir ao calor de um simples toque.
Noite após noite. Pranto após pranto. Eu tento não ver seu rosto através dos meus olhos embaçados de lágrimas turvas. Eu tento, falhamente, esmurrar-me, quebrar meus ossos, inutilmente tentando modificar o ponto da dor.
Olhar após olhar, cortes após cortes. Eu tento...
Tento não perecer. Tento não me render e desfalecer.
Mas o esforço que faço é tão simplório e ridiculamente minúsculo; e no final, tento concluir que não é proposital, porém, como tudo ao meu redor, eu falho novamente...