Conto da Terra

Aqui estamos

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Então Tudo estava feito. Tudo decidido. Nada poderia voltar ao antes! Novos planos deveriam ser feitos. Objetivos novos traçados. Estávamos na joia azul! Ela era nossa. Nada havia além da beleza perfeita, é certo que aqui e acolá já havia algumas imperceptíveis, por enquanto, deformações.

Os moradores locais ainda eram em número insignificante, possivelmente, fáceis de iludir.

Eram apenas um casal assustados e plenos de culpa. Ambos estavam profundamente tristes e eram fáceis de serem iludidos e poderíamos fazer deles nossos subordinados.

E assim aconteceu. Houve sucesso na empreitada de usurpação daquele lugar tão especial e único. E com o passar do tempo tudo foi se transformando.

A característica de seus longínquos antepassados passou a quase fazer parte do DNA dos humanos da Terra. A culpa.

Eram assustados e plenos de culpa, quase sempre carregavam fardos emocionais pesados. Sempre encontravam um modo de se sentirem culpados ou por algo que sentiam ter feito ou por algo que alguém havia feito. Os que eram mesmo culpados de fato muitas vezes, nem se importavam ou arrumavam desculpas que os tornavam tecnicamente ilesos das consequências de suas escolhas.

Serem cooptados era questão de persistência e método. Sua força mental era frágil e já haviam nos dado provas de que com uma tática bem elaborada poderíamos fazer deles nossos súditos. Eles nos deram a chave para fazer da Terra nossa nova morada!