Conto da Terra

Talvez

Fatos e pessoas anônimas hoje podem tornar-se um espetáculo exposto a milhares de olhos famintos por adrenalina no mundo todo. O particular virou público e vice versa. O grande irmão preconizado por George Orwell é uma realidade moderna a vigiar os passos da humanidade.

Muitas vezes pessoas e caminhos que deveriam estar ligados a renúncia de flashes, fama e riquezas, como os que são trilhados por expoentes religiosos mundiais, são palco das mais insanas e ordinárias disputas de poder.

Os invasores, por serem seres poderosos com domínio cientifico e tecnológico muito mais avançados que os nossos e de constituição mental e física superiores a que temos, se valem exatamente desse filão de seres humanos que têm como objetivo de vida a busca pelo poder e o transcendental. Os humanos tem necessidade intrínseca de guias espirituais assim sendo, podem eles se valerem destes homens representantes, tanto de religiões tradicionais, como de outras completamente estapafúrdias, mas que são seguidas por indivíduos que sentem-se atraídos por práticas fora da esfera da normalidade, que lhes põe em colapso os sensores da mente.

Assim como na idade média as pessoas eram guiadas por superstições e desconhecimentos sobre as leis cientificas mais básicas das forças da natureza, hoje temos o oposto, as pessoas cheia de informações e orgulhosas dos avanços do conhecimento técnico cientifico. Atingidos pela segurança advinda da ciência olham cada vez mais para dentro de si mesmas e não encontrando alento e respostas para seus incômodos íntimos anestesiam-se nas vidas paralelas oferecidas pelas mídias tecnológicas que lhe rodeiam o cotidiano. desde a hora em que abrem os olhos pela manhã, até a hora que os fecha a noite, grande parte usufruindo de um descanso sintético fruído a base de drogas licitas.

A Terra tornou-se um planeta de pessoas frustradas, arrogantes, individualistas e profundamente confusas. Mesmo os que parecem saber quem são, o que acreditam, e para onde vão, carregam em si a dureza de se sentir separados e especiais. Uma classe "inumana" que olha de cima para baixo para os demais. Falta-lhes a noção de que estão atados ao planeta tanto quanto os demais e portanto não se fazem melhores por conhecer até mesmo sobre os invasores e seus poderes. Estes humanos conhecedores da invasão não se compadecem dos demais. Tem medo profundo dos invasores e se acovardam de falar sobre eles. Conhecem sobre a invasão detalhadamente mas por medo de serem feitos de chacota, sofrerem perseguição e serem eliminados não falam sobre isto, nem em seus círculos mais fechados entre eles mesmos.

Assim, influenciando os homens por meio de estratégias elaboradas com requinte e atenção peculiar, seguem enganando e seduzindo os habitantes do planeta que são ora incautos ora resistentes. A outros oferece por influência metafisica, aquilo que buscam, qual seja, poder, riqueza, influencia. 

Por meio de aparições grandiloquentes convence aos que detém uma crença sobrenatural cega, mesquinha e carente de razão a seguir suas instruções deletérias. Desta maneira tem eles conseguido determinar, dominar e decidir muito dos destinos políticos, econômicos e sociais da Terra.

Talvez, haja esperança, talvez...