Prostituto {Destiel-AU}

Capítulo 2

Dean estacionou, seu coração palpitando mais forte do que ele esperaria. Por que estava assim? Ah óbvio, a ideia de reencontrar Castiel não era exatamente agradável.

"Vai ser rápido, vou apenas entregar o telefone e sair." Pensou Dean desesperadamente tentando diminuir sua vergonha.

Dean andou até a porta e observou o local, uma pequena casa, obviamente antiga, varanda de madeira já deteriorada pelo tempo, assim como a tinta azul agora já fosca. Ele bateu à porta, sendo recebido por uma pequena criança de olhos azuis, que rapidamente a fechou novamente.

-Desculpa, ele é meio tímido... -Disse Castiel, reabrindo a porta.

-Nada... -Murmurou Dean sem jeito.

-Obrigado por trazer meu telefone, mil perdões por fazer você vir aqui, eu devia ter, pelo menos, te esperado na porta. -Disse Castiel fazendo uma feição inocente, conduzindo Dean para dentro.

-Não foi incômodo, eu estava com o dia livre mesmo...

-Se você está livre... Almoce aqui, sabe, só pra compensar o fato de você ter vindo pra me entregar o telefone.

-Eu agradeço muito, mas... -Dean deu uma pausa para escolher suas palavras. -Não quero ser inconveniente.

-Claro que não! Estou te convidando! -Insistia Castiel. -Não sou exatamente o melhor cozinheiro, mas é receita de família.

Dean considerou, afinal, ele não queria ir para casa. Lisa estava planejando algo, Dean não sabia exatamente o quê, mas ela fazia isso, repentinamente inventava grandes gestos e Dean odiava, e odiava o fato de odiar isso.

"Bem... talvez não fosse tão ruim almoçar com um desconhecido..." Pensou Dean.

-Se você insiste, não vejo porque não.

-Okay, vou trazer tudo... -Disse Castiel andando até a cozinha. -ESPERO QUE GOSTE DE LASANHA! -Gritou, fazendo Dean esboçar um sorriso.

Neste meio tempo Dean voltou a observar a casa, ela era pequena, porém incrivelmente arrumada, com a exceção dos vários desenhos espalhados por todos os lados, pendurados de maneira simétrica, os desenhos eram de uma qualidade incrível, principalmente se você presumisse que foi feito pela criança. Dean pegou um dos desenhos, feito a lápis, nada colorido, aparentemente inacabado, mas podia-se perceber uma silhueta masculina com uma asa na parte esquerda do corpo e um chifre na direita.

Dean espantou-se a perceber que o garoto o observava enquanto ele segurava o desenho.

-É-É muito bonito! Foi você que fez? -Perguntou Dean.

O garoto assentiu com a cabeça.

-Qual o seu nome?

-É Jack. -Disse Castiel, colocando os três pratos na mesa da cozinha.

Jack levantou-se e sussurrou algo no ouvido de Castiel.

-Claro, se é o que você quer... -Castiel permitiu, mesmo não gostando.

Jack pegou seu prato e foi em direção a uma porta, a com mais desenhos colados.

-Desculpa, ele não se sente muito confortável com desconhecidos... Ele pediu pra comer no quarto dele... -Castiel se explicou.

-Ele parece ser uma criança bem..... Diferente.

-Estranho? Você quis dizer?

-N-Não, Eu...