POV ANASTÁSIA
Traguei o ar com dificuldade e tratei de retomar os sentidos diante de toda aquela confusão. Eu precisava me recompor e tomar as rédeas de toda essa situação. Não podia, jamais, deixar um cara desconhecido me afetar tanto assim, mesmo ele sendo um espetáculo de homem. Tenho que retomar o foco principal aqui. Não estava naquele maldito bar para agir igual àquelas outras mulheres! Não valeria a pena, tinha consciência disso.
Inalei profundamente, segura do que iria fazer.
A resposta não podia ser diferente de uma negação, eu não queria dançar com ele e sentir sua virilidade e beleza extrema tomando conta de mim, ou sentir seus braços quentes, muito musculosos e suas mãos grandes e seu corpo másculo e quente tocando-me inteira, fazendo com que eu deseje desesperadamente rolar com ele nos lençóis de minha cama. Não, eu não ia ceder. Céus, quanto mais longe eu me mantivesse de alguém tão absurdamente lindo e viril como ele seria melhor para mim. E além disso ele não estava interessado de fato em mim, afinal antes do incidente acontecer ele estava vindo na direção de Kate, havia mudado sua atenção para mim devido a minha total falta de cordenação. O meu movimento desajeitado que fez o cubo de gelo voar de meu copo indo em direção aos meus seios, ficando preso bem ao meio, foi tentador para ele, eu presumi. De fato instigante, ou ele não estaria frente a mim, olhando-me desejoso... Para mim a aproximação repentina de sua sedução descarada só me indicava que ele estava ali simplesmente a procura de uma aventura passageira. Pois bem, eu estava longe de, para isso, ser a companhia adequada. Eu não queria me divertir.
— Eu não... — Comecei minha recusava. Pronta para rechaça-lo e encher-me de orgulho. Mas minha amiga temperamental se pôs a minha frente. Impedindo-me de continuar...
— Oi, sou a melhor amiga. Katherine. Mas por favor me chame de Kate.
Ela estendeu a mão para ele, que rapidamente pegou, em seguida surpreendo-o ela o puxou pela mão e o trouxe para perto, beijou-o em ambas as bochechas, cumprimentando-o, com o jeitinho Kate de ser.
Coitado. Senti vontade de rir com a expressão de está prestes a correr que ele deixou transparecer.
— E é claro que a minha amiga querida aqui — apontou para mim e me deu um leve tapinha no ombro em seguida, trazendo sua atenção, se é que era possível, ainda mais para mim — Quer dançar com você — Kate afirmou, com extrema convicção, ajeitei a postura e abri a boca para voltar a argumentar, mas ela me impediu novamente e mais, me beliscou por baixo do balcão. Soltei um gritinho abafado, enquanto ela tomava, despreocupadamente, à frente da conversa e respondia por mim. Ela nem sequer olhou para mim para que eu pudesse fuzila-la com os olhos. A mesma, com excessão do beliscão, simplesmente me ignorou e ficou piscando os grandes cílios para o cara e sorrindo amigavelmente para ele, como se fossem conhecidos há anos. — Por favor rodopie ela pelo salão até ela não aguentar mais... Ela com certeza vai adorar!
Me entregou, na porra de uma bandeja de prata e senti uma necessidade extrema de matá-la, crescendo dentro de mim.
Mais que merda, Kate!
Vi quando seus labios esboçaram um sorriso malditamente irresistível de tão lindo, seus dentes grandes, brancos e perfeitamente alinhados elevavam seu charme a um nível extraordinário, enquanto estendia sua mão logo em seguida para mim, convidativamente.
— Para mim este pedido é uma ordem, Kate. Vamos, então, baby? — Ele perguntou de novo olhando-me profundamente nos olhos e desta vez pareceu não aceitar uma recusa e instantaneamente agarrou-me pela mão. Entrelaçando nossos dedos. Cada nervo do meu corpo instintivamente reagiu a ele como se uma corrente elétrica percorresse por toda minha extensão muscular e ele tivesse um domínio singular sobre mim. Foi nesse inusitado momento em que percebi imediatamente que precisaria unir todas as minhas forças do meu ser para resistir a ele. E eu estava segura de que tinha que resistir. Porque ele aparentava ser o tipo de cara que fazia meu coração palpitar e meu sangue correr de forma frenética em minhas veias e eventualmente, ele iria me machucar se eu baixasse a guarda e me permitisse. Um olhar em seus belíssimos olhos cinzas penetrantes e o sorrisinho perfeito, dançando em malícia nos seus lábios, foi suficiente para que eu percebesse que ele sabia que seus malditos encantos estavam trabalhando a mil em mim e sentia-se orgulhoso disso.
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Um Amor Como Redenção
FanfictionO encontro entre uma bela jovem mortal recém deficiente visual e o primogênito e único Herdeiro de Poseidon, que pela primeira vez precisa do amor para redimir-se, promete não só uma paixão avassaladora ou um encontro de almas, mas também a realizaç...