Prólogo

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Casamento de Serena e Edward

—George. —A voz doce e sedutora chamou. George sorriu, mas não se virou. Tinha olhado Verônica durante toda a noite e sabia que em algum momento ela viria atrás. Todas sempre iam. 

—Verônica. —Ele respondeu virando-se. Era impossível não notar a mulher a sua frente. Sabia que ela era poucos anos mais nova que ele, não passava dos vinte, mas carrega em si toda a sensualidade que mesmo uma mulher em seu auge nunca teria. Os olhos do homem foram diretamente em direção aos lábios cheios coloridos de vinho. Tantas coisas quele queria fazer com eles...

—Se importa de vir comigo? —Ela questionou e abriu um sorriso estonteante, os olhos brilhando em um desafio cheio de luxuria e se inclinou em sua direção dando-lhe uma visão completa se seu decote profundo. —Não vai demorar muito, não é? —Ela sussurrou em seu ouvindo deixando os lábios tocarem o lóbulo. Espalmou a mão em seu peito e se afastou para ver os olhos verdes de George escurecerem em sua direção. 

—Posso te garantir que vai demorar. —Ele prometeu e mesmo naquelas circunstâncias ela se arrepiou. 

Verônica se virou afastando-se e seguindo em direção aos limites do jardim, ao lado da casa, onde a escuridão da noite já era predominante e os convidados do casamento da irmã não podiam vê-la. Ela olhou de relance por cima do ombro e viu que ninguém parecia perceber sua saída, a não ser pelo homem forte e musculoso que a seguia. 

George assistiu Verônica desaparecer na escuridão e mal podia esperar. Seus passos cadenciados e o rebolar de seus quadris indicando os momentos que teria e ele sorriu quase predatoriamente. 

Quando a escuridão também o abraçou de repete George percebeu que havia algo de errado. Ele sentiu algo pressionando seu pescoço, mas não resistiu, deixou-se ser preso e sentiu suas costas baterem contra a parede fria da casa. A luz da lua iluminou o rosto de Verônica que não era mais travesso e sim obstinado, caçador. Naquele momento ele entendeu sua fama. Se ele não fosse tão cruel quanto a própria, poderia ter pensando em sentir medo. 

Ela prendeu o antebraço dela em direção ao pescoço tatuado de George pressionando-o para trás, enfiou seu joelho entre suas pernas e puxou de lá, com a mão livre, a faca BW reluzente e pressionou a lâmina contra o pescoço, mas sem força-la. 

—Se um de vocês, Bellini nojentos, machucarem a minha irmã considerem-se homens mortos. —Ela disse furiosa e para a surpresa de George, aquele tom, aquele fogo penetrante em seus olhos foi ainda mais atrativo do que a voz luxuriosa. —Eu vou matar cada um de vocês. 

Ela não pode prever seu movimento, mas num gesto de coragem ele agarrou a sua cintura e colou-a contra si, o corpo de Verônica se encaixando perfeitamente contra o seu. O rosto da assassina se mostrou chocado por um segundo, mas depois transformou-se em ainda mais irado e ela deixou a faca arranhar o pescoço fazendo com que um pequeno filete de sangue aparecesse. George gostou da sensação. 

—Está arrependida de ter mandado sua irmã para Las Vegas e agora acha que pode nos ameaçar? —Ele questionou provocativo, mas para sua surpresa ela sorriu. 

—Você não pode me desestabilizar com culpa, George. É um aviso, minha mensagem foi dada, machuquem minha irmã e vão acordar castrados com os paus dentro da boca. —Ela prometeu e George deu um sorriso. Sabia que aquela promessa era real. Verônica tinha poder o suficiente para fazer isso. 

Ela o empurrou desvencilhando-se dos seus braços e sentiu um arrepio ao solta-lo. O corpo tinha gostado daquele calor. Ele era muito mais alto do que ela, o topo da cabeça de Verônica mal alcançava o peito dele, mas ainda sim ela sabia que se encaravam de igual para igual e de alguma forma aquilo foi... atrativo?  

Verônica se virou deixando-o para trás. Mas antes que ela pudesse voltar para festa ele chamou. 

—Estarei esperando por você, Verônica. —Ele prometeu. Naquela época ele mal poderia entender o peso das suas palavras.

Jogos de Ruína - Livro II [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora