Capítulo 1

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George

Atualidade - Invasão da mansão dos Bellini

Merda, merda, merda, merda. 

Meu celular piscava a tela vermelha em cima do painel e eu pisei ainda mais fundo no acelerador. A luz vermelha significa que a casa tinha sido invadida. Eu estava no centro da cidade quando o alarme apareceu em meu telefone e desde então, há vinte minutos, eu estava correndo em direção a mansão. Eu tinha saído para buscar os soldados mais qualificados que iriam buscar o garoto de Serena em Londres. Minhas mãos se apertaram controla o volante, que senso de humor sádico tinha o universo. 

Trinquei os dentes. Não eram somente meus irmãos que estavam em perigo. Uccellino também estava na casa e eu podia imaginar o quão assustada estaria. Só um cego não conseguiria ver o quanto ela se importava com meu irmão e vice-versa. Ela tinha que estar bem por ele, mal poderia imaginar como ele ficaria se algo acontecesse a ela, mas Edward também tinha que estar lá por Serena. A porra de suas almas gêmeas.   

Então a luz vermelha se transformou em verde e eu imediatamente agarrei o celular não me importando com regras de transito. Luz verde significa que a casa tinha voltado a estar segura. Soltei a respiração que mal percebi que estava prendendo quando li a mensagem de Thomas. "Tudo resolvido, estamos seguros, mas não tem ninguém para interrogar". Fiquei mais tranquilo em saber que todos estavam bem, mas franzi a sobrancelha para a última informação. Sem nenhum sobrevivente descobrir o mandante do ataque seria mais difícil. 

Desacelerei deixando o velocímetro chegar a cem. Se tudo estava bem e não haviam sobreviventes por partes dos invasores, o arredor da mansão se transformava em uma cena de crime. Tinha que analisar cuidadosamente o caminho por onde, provavelmente, eles tinham passado.

—Bingo. —Falei para mim mesmo, mas depois franzi as sobrancelhas. Não era exatamente uma pista oculta. 

Estacionei. Haviam dois carros abandonados de maneira torta na estrada, parecia uma cena de guerra, ambos estavam absolutamente baleados. Saquei a minha Taurus e sai devagar do Jaguar, era apenas por precaução, pela quantidade de sangue que vazava de ambos os automóveis não haviam sobreviventes naquele confronto. 

Seriam nossos reforços que encontraram os deles? Apontei minha Taurus em direção ao Ford Ká prata destruído, vidros completamente quebrados. Haviam dois homens ali, o primeiro debruçado sobre o volante, um buraco em sua nuca indicava a causa da morte. Guardei minha arma em meu coldre e puxei a cabeça pelos cabelos, os olhos fechados e a expressão desconhecida. Não era um dos nossos. Soltei-o. Ao seu lado, no passageiro, a porta estava aberta e o segundo homem havia caído de joelhos  encostado na porta, furos ainda sangravam sem abdômen. Também um desconhecido. 

Caminhei em direção ao segundo carro. Os dois homens também tinham caído ao lado das portas abertas que tinham usado como escudos. Revirei os olhos. Amadores. Tinham usado carros que não eram a prova de balas em um conflito. 

Me aproximei dos corpos e vi as tatuagens em seus pescoços, duas facas cruzadas, o símbolo da Bratva. Franzi meu rosto com nojo e cuspi sobre o corpo mais próximo de mim. 

—Queime no inferno. —Desejei. Os corpos estavam tão perfurados quanto o segundo homem do primeiro carro, tinha sido uma morte rápida. Muito mais do que aqueles bastardos mereciam. 

Voltei para o Jaguar. Teria muito trabalho para fazer, mas já tinha uma pista: os russos estavam envolvidos. Só não sabia ainda quem eles tinham confrontado. Poderiam aqueles serem dois idiotas de algum MC? Provavelmente não, eles eram covardes demais para entrarem em conflitos que não eram os seus. 

Jogos de Ruína - Livro II [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora