Final Destination † Circus

12× Desgovernado.

Alita colocava as coisas do irmão dentro de uma caixa.

-Filha...- Laura, a mãe dos garotos, aparece na porta com o olho inchado de chorar.- O que esta fazendo?

-Eu não consigo olhar pra essas coisas sem lembrar dele...-Alita falava séria.

-Brigavam e se amavam...ele vai pensar muito em você.- A mãe deixa escorrer uma lágrima.- a Janta esta pronta.Venha antes que esfrie.

Alita responde um "Okay" quando Laura fecha a porta.Um vento forte entra pela janela fazendo derrubar um quadro.

-Merda...-Ela fecha o vidro e pega o quadro no chão que tinha se quebrado, deixando apenas a foto.Era dela e seu irmão três anos antes.Quando eles foram no circo pela primeira vez.

--

Lena ficou em um silêncio de alguns minutos depois de Koda ter se decidido o que fazer.

-A vida é sua...mas eu não quero ser enterrada jovem demais...-A Johnson se levanta.- Então é melhor que dê certo.

-Claro, tenho total certeza.- Koda levanta levemente o lábio.

Lena estava para bater nele quando um frio gelado entra na sua barriga.Como se tivessem a cortado e posto gelo no lugar das vísceras.Ela leva a mão ao local e respira fundo.

-Lena...?- Koda se aproximava da garota que estava paralisada olhando o nada.

-Rápido...-Lena sai do transe e puxa o braço do Koda.- Alita é a próxima.E pelo meus sentidos de Morte ela vai morrer.

--

Todos estavam acabando de jantar em silêncio.

-Pai...o meu cartão de crédito estourou...-Alita diz para quebrar o gelo.

-Os cinco?? -Richard segura o garfo inconformado.- Nem seu irmão gastava que nem você, Alita.

-Não sou o Brad, pai...E eu preciso manter a beleza em dia.Cremes de cabelo e de corpo não são baratos.-Ela resmunga, geralmente algo que falaria com empolgação.

-Não.- O pai dela volta a comer.Alita o olha perplexa.Estava estressado agora que pediu divórcio.

-Mas pai....

-Mas pai nada.Começe a trabalhar, quem sabe assim seu cabelo fique melhor com menos cremes.Seu irmão...

Alita empurra seu prato pra longe na mesa.A mãe estava tão aflita que nem se quer abria a boca.

-EU NÃO SOU MEU IRMÃO...Eu sei que vocês sentem saudades dele, EU TAMBÉM.E não é por isso que fico lembrando e querendo o comparar com vocês.Que caralho.-Ela se levanta.- Vocês são uns...uns...e aliás, eu só tava querendo puxar assunto.Tenho ainda oito potes de creme cheios.

Alita Lerman vai para seu quarto e fecha a porta com força, fazendo os quadros baterem na parede.

Ela se joga na cama e lágrimas escorrem de seus olhos.A unica coisa que iluminava o local era a lua que passava pela janela de vidro aberta.Um vento frio entrava e as lágrimas de Alita faziam congelar seu rosto.Estava triste com a morte do irmão mas queria seguir em frente.

Um estrondo a faz sentar-se rapidamente na cama e enxugar as lágrimas.

Um galho de árvore balançava roçando no vidro e entrando em seu quarto, dando sombras tenebrosas no mesmo.Como uma mão assustadora que vinha para leva-lá a força da janela abaixo.

Alita coloca um moletom e se aproxima da janela, empurrando os galhos úmidos para fora que insistiam em voltar.Ela tinha dito que era melhor cortar a árvore em frente ao seu quarto.Mas viu que ela era útil quando pulava a janela andando nos galhos mais grossos e saia escondido de casa.