Prólogo

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Lauren Jauregui's Point of View

Estávamos na cama do nosso apartamento, rodeadas por caixas de pizza E garrafas de tequila. Estávamos comemorando. Nunca tivemos muita coisa depois que nos mudamos para cursar a faculdade. Agora, tínhamos os nossos diplomas. Poderíamos oficialmente exercer as nossas profissões. Camila como Engenheira da Computação e eu poderei exercer a Arquitetura como sempre sonhei.

Conheci Camila enquanto estava sentada num banco do Jardim do Campus. Lembro desse dia até hoje, mesmo tendo passado cinco anos. Eu a vi debater com um garoto e achei interessante a sua tese sobre Marvel ser melhor que DC. Achei engraçado como ela respondia corretamente cada pergunta sobre cada herói, deixando o garoto completamente bravo.

Após umas doze doses de tequila, eu e Camila decidimos nos casar e não hesitamos em procurar onde fazer isso. Havia vários casinos na nossa cidade que, com certeza, teriam as famosas capelinhas de "casamentos impulsivos". Entretanto, casar com Camila não era impulsivo. Ela tem sido tudo o que eu precisava para formar. Não aceitava que eu a levasse para jantar e fazia comidas caseiras para que eu focasse nos estudos e realizasse os meus trabalhos. Nunca aceitou presentes de namoro, aniversário e dizia que o dinheiro deveria ir para as nossas despesas e que o melhor presente que ela tinha era me ter.

Então, peguei um pirulito-anel, e ajoelhei-me na sua frente no chão e disse as famosas palavras: QUER CASAR COMIGO? Ela me olhou, arregalou os olhos, riu e me chamou de boba. A encarei e ela entendeu que era realmente verdade. Sorriu e desceu até o chão me abraçando e aceitando. Pedimos um táxi, ela colocou um vestido branco, pegou a bolsa e eu vesti calças, uma t-shirt branca, coloquei a jaqueta de couro por cima e calcei os meus coturnos.

Quando o táxi nos deixou na porta do Cassino Royal, Camila e eu entramos no local e, o cheiro dos martínis e dos perfumes caros utilizados pelos grandes "empresários" que ganham uma maleta de dinheiro e depois perdem quatro, me davam um sentimento de felicidade.

Casamos em meio a mais martínis, jogos de azar e "Luck be a Lady", de Frank Sinatra.

Mas... Não julgo que foi a escolha mais sensata.

A apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora