Capítulo 9: O sonho

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Lauren Jauregui's Point of View

Entrei no banco do passageiro enquanto todos entravam atrás. Lucy era só risos e eu sentia falta da leveza que era estar com ela. Olhei pelo espelho retrovisor interno e vi a cara fechada de Camila.

-O que anda fazendo nesse tempo, sumida? - Lucy perguntou e eu me virei para encará-la.

A pose enquanto dirigia era a mesma: segura e ousada. Um braço no volante e outro na janela do carro.

-Apenas me formando e trabalhando, sabe? - Eu me gabei, jogando o cabelo pro lado.

Ela riu e negou com a cabeça.

-Você se tornou quem menos desejava. - Ela brincou.

-As coisas mudaram quando você viajou para longe. - Eu bufei.

-Verdade. - Ela disse colocando as duas mãos no volante. - Mas, você está até bem de vida... Se casou e tudo mais. - Ela acrescentou e eu percebi a tristeza e sua voz.

-Sim, me casei. Mas, agora estou me divorciando. - Eu disse respirando fundo.

-Entendo... Me desculpe por ter sumido. - Ela disse e percebi que ela queria dizer isso há muito tempo.

-Já passou, Lucy... As coisas mudaram. Você mudou, eu mudei. Nosso amor mudou. - Eu disse baixo, e aquilo me afetou mais do que eu pensei ao dizer em voz alta.

Ela me encarou e voltou a atenção para a estrada e eu não disse nada, apenas olhei para frente. O caminhou continuou em completo silêncio.

Em pouco tempo paramos na construção com os devidos capacetes em nossas cabeças. Já tinham pedreiros trabalhando nos andares que começaram assim que mandei o projeto. Mas, parecia que estavam trabalhando a meses. Vários homens suados e com as roupas sujas caminhavam pra lá e pra cá.  Tudo parecia correr muito bem. Até ver Austin Mahone, o Mestre de Obras. O famoso " tudo tem que ser do jeito que eu quero", vou ter que ter rédeas curtas com ele.

Senhor Karlost teve a brilhante ideia de construir um hotel num local sem quase nenhuma vegetação. Apenas algumas árvores foram retiradas. Seria um prédio ecológico e rústico. Com luz solar e tecnologias que ajudariam a ter menos gastos com água. Eu estava explodindo por dentro de felicidade.

-Estão entregues, pessoal. - Lucy disse de forma animada ao contornar a van.

Todos começaram a ir para obra e Lucy me puxou pelo braço.

-Baby... - Ela começou. - Sinto sua falta. 

- Eu também sentia no começo, Lucy. Mas... Depois daquela noite, não posso deixar que entre na minha vida novamente. - Eu confessei a olhando.

-Sei disso... Bom, você pode avisar a todos que voltarei no fim da manhã para levá-los para o almoço? 13h em ponto estarei esperando vocês. O senhor Karlost disse que haveria uma tempestade mais tarde e ela está com medo que todos se machuquem... Então, não vão vir mais tarde. Portanto, se não quiser ficar aqui sozinha até amanhã, não se atrase. -Ela riu.

Acenei que sim com a cabeça e me soltei de sua mão, caminhando para a construção. 

Passei por um grupo de mulheres que falavam animadamente sobre decorações e cores de tintas para usar no hotel, quais estátuas e flores colocar. Todas pareciam muito concentradas nas paletas de cores nos cartões que seguravam e nas fotos distribuídas pela pequena mesa. Espiei e percebi várias fotos lindas de arranjos de flores e paletas de cores meio futurísticas, como roxo e azul.

Passamos o resto da manhã tranquilamente. Brendon vinha constantemente se assegurar que estava comprando os itens certos e removendo, da gigante lista, os desnecessário. O sinal soou às 12h e fomos para o local por onde chegamos para esperar Lucy.

A apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora