Lauren Jauregui's Point of View
-Puta merda! - Xinguei ao abrir porta.
-Boquinha limpa a sua. - Camila ironizou. - Por que está gritando?
-Porque nos deixaram aqui! - Eu gritei enquanto caminhava em direção ao local que a van deveria estar e olhei a infinita estrada na minha frente.
Camila ria horrores com a minha cara de fúria.
-Você deve estar feliz, né? Todo aquele papo de te contar sobre o sonho e me enrolar lá dentro! - Eu disse indo em direção a ela que desviou.
-Por que eu ia querer ficar aqui com você furiosa, cansada e com fome. Você não é nada gentil quando está com fome. - Ela riu.
Respirei fundo. Eu sabia que ninguém mais viria e eu não ia passar minha noite com Camila.
As horas se passaram, já estava quase escurecendo e eu estava sentada no chão esperando algum milagre aparecer.
-Vou procurar comida. - Camila se levantou do banco improvisado com um tronco de madeira.
-Não vou ficar sozinha.- Reclamei.
Ela se aproximou e estendeu a mão.
-Não vou com você. - Eu me levantei e coloquei os braços na cintura.
-Por que? - Ela ironizou.
-Porque você é perigosa! Um víbora pronta pra atacar.
-Não tão perigosa quanto os animais daqui. - Ela cruzou os braços. - Eles podem te comer.
-Como se você também não quisesse. - Revirei os olhos.
-Mas comigo vai ser bem mais prazeroso. - Ela disse se aproximando e eu pude sentir seu hálito quente.
Maldita sedutora! Eu até esqueci como ela ficou comigo. Sua lábia afiada e sedenta de elogios que me faziam sentir especial e desejada.
-A gente vai morrer de fome se a donzela não se mexer comigo para arrumar comida.
-Ta bom! - Bufei.
Começamos a caminhar pelos arredores. Só haviam árvores e mais árvores, e mais arbustos e mais verde. Mas, nada de água ou uma bananinha.
-Seu verão de escoteira serviu para nada! - Resmunguei.
-O que? - Ela perguntou com a cara fechada.
-Nada.
Ela revirou os olhos e apontou um cacho de bananas no alto de uma árvore com tronco irregular e folhas gigantes.
Quando pisquei ela já estava no alto. Eu estava com medo dela cair, se machucar ou até quebrar um osso. Mas mostrei indiferença, mesmo com o coração quase saindo pela boca. Até que suspirei aliviada quando a vi chegar ao chão.
-Pronto. - Ela disse me entregando duas bananas.
-Obrigada.
Já estava bem tarde, talvez 16h. Tudo parecia tão calmo e aconchegante. Sentamos um ao lado da outra enquanto desfrutávamos do cacho.
-Está melhor, dragãozinho? - Ouvi sua voz suave meio risonha.
-Você sabe que uma barriga alimentada é sinônimo de mulher calma. - A olhei e joguei a casca de banana da minha mão para a pilha na minha frente.
Ela riu e me olhou. Seus olhos pareciam tão intrigantes. Tão bonitos.
- Eu preciso de um banho e água fresca para beber. - Disse enxugando o suor da testa e desconectando nossos olhares.
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A aposta
FanfictionLauren Jauregui é uma arquiteta renomada e dedicada que está prestes a se divorciar da mulher que se apaixonou desde que pisou na Faculdade de Black Horse. Camila Cabello é uma nerd viciada em computadores, quadrinhos e filmes que quer reverter es...