Capítulo 1

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__oieh meu nome é Isabele__ fui em um grupinho de meninas da minha idade para fazer amizade

__quem te perguntou ?__ disse uma menina muito linda mas muito rude comigo

__fala comigo direito só quero ser sua amiga__falo já me inflamando

__mais uma vez quem te perguntou ?__ eu não falo mais nada apenas dou-lhe um soco em seu rosto quebrando seu nariz e cortando a sua boca

__me solta ?__ tento me solta dos braços que me segura. Eu luto, luto, luto, mas sinto uma picada e começo a ficar mole até apagar

...

Acordo e vejo que estou na enfermaria

__isabele você está bem ?__ apenas levanto e dou-lhe um sorriso fraco

__seu pai ficou preocupado e já vem te buscar__ apenas confirmo com um sorriso fraco. Estava com fome, com sede e morrendo de sono

__oieh filhota__ chega meu pai com um sorriso de orelha a orelha. Ele vem até mim e me abraçando. Ele assina uma suspensão. Saímos de lá e fomos para seu carro__ porque você fez isso ?__ ele me dá um soco na boca do estômago e eu pela dor me encolhi, segurando o choro__ me responde filha da puta__ ele da outro soco dessa vez na cabeça. Ele começa uma sequência de de socos em meu rosto, em minha barriga, minhas pernas, em minhas costas e pernas__ continuamos em casa...__ diz por fim ao ver pessoas presente e eu chorando muito. Eu estava apavorada por um lado e acostumada por outro lado. Desde que nasci meu pai sempre foi bruto comigo. Agora aos meus oito anos as violências só tinham aumentado e cada dia fica pior. Já fui diversas vezes no hospital fazer exames mais exames. Sempre mentia dizia que arrumava muita briga na escola, caia do parquinho, caia de bicicleta...como outros

Chegamos e meu pai abre a porta do carro pegando em meu braço com muita força

__oque está acontecendo ?__ minha mãe pergunta desesperada vendo a cena de ele me arrastando pelo braço

__sua filha foi suspensa por três dias e ainda quebrou o nariz de uma menina__ ele agora pega em meu cabelo e chagualha minha cabeça__ olha para mim seu resto de aborto...__ o olho cheia de lágrimas que inundavam meu rosto__ você não faz porra nenhuma para ninguém e ainda ao dá trabalho__ ele chagualha minha cabeça a fazendo doer muito e após algumas voltas ele da um soco em meu rosto. Sinto sangue escorre mas ele não para

__Marcos chega vai matar ela__ Ele solta meu cabelo e começa a me dar vários soco seguido sobre todo meu corpo, quando eu caio ele começa a me chuta, chuta a boca de meu estômago me fazendo desmaiar

...

__boa tarde__ abro meus olhos dificultosamente por causa do inchaço e por causa da claridade que invade o quarto do hospital__ você se lembra de algo ?__ apenas nego. Não tinha mais oque inventar então apenas minto__ seu pai me falou que você caiu de um escorrega e acabou tendo algumas lesões...__ ele me analisa

__eu não sei__ sinto uma dor ao falar e deixo escapar uma lágrima

__como eu te falei você acabou tendo algumas lesões e por isso você acabou machucando a boca do estômago e do seu quadril para baixo está muito machucado e inchado por isso você ficará em observação durante hoje e amanhã__ confirmo com a cabeça. No fundo eu estava mais aliviada por não ter que passar os dias dentro de casa. Ao olhar para meus braços que estavam roxos choro ao lembrar que mesmo no calor do Rio de janeiro vou ter que usar casaco para esconder as lesões

__oh meu bebê eu sinto muito por não ter forças para te proteger__ diz minha mãe que estava ao meu lado chorando inconsolávelmente. Nunca a culpei e jamais a culparei por ter um monstro como pai

__te amo minha rainha__ dói ao dizer mas pronuncio as palavras com amor. Mamãe chegou a separar de meu pai quando eu tinha apenas quatro anos. Nessa época eu já tinha ido aí hospital com lesões causadas por ele algumas vezes. Quando ela decidiu se separar ela quis me levar com ela mas então ele me prendeu, não quis eu deixar ir com ela, ela então quiz por na justiça mas ele a ameaçou. Por ele conhecer muitas pessoas da polícia ela não arriscou chamar-los. Ela então voltou pra casa com medo de ele me matar

__também te amo princesa da mamãe__ ela me dá um beijo em minha mão e faz cafuné, com carinho logo que minha cabeça ainda dói muito. Acabo dormindo

O Grito Silencioso de uma Criança Onde histórias criam vida. Descubra agora