Continuação do flashback...
__fomos assaltadas e eles queriam matar minha menina porque ela queria me defender__ ouço o depoimento de mamãe. Não a julge. Já demos depoimentos na polícia contando a verdade, mas ele converse todos de que ele só quer o meu bem e que eu parto pra cima dele e com "o pai bondoso" que ele é ele me bate para me ensinar a respeitar os mais velhos. Não sei porque minha mãe teve que passar por isso. Minha mãe nunca tinha deitado com um homem em sua vida, pelo contrário ela se preservou o tempo todo acreditando no amor verdadeiro, ela não saiu de casa por rebeldia e sim porque era pobre e tinha que ir trabalhar para mandar dinheiro para os seus pais__ oi meu amor você já acordou__ mamãe vem em minha direção e me abraça, tomando cuidado, pois acabei de sair de uma cirurgia. A bala tava ainda em minha barriga
__oieh mamãe te amo__ ela me analisa e começa a chorar muito. Ela começa a passar mal
__Isa meu amor__ faz carinho em meu cabelo já fraca__ me perdoe por ter dado a minha princesa um monstro ao invés de um pai__ ela caí. Por sorte tem enfermeiros passando para ver meu estado. Minha mãe a mulher mais forte que eu conheço. Muitas me largariam para trás e salvariam a própria pele mas ela não, ela decidiu ficar, ela decidiu sofre, chorar, apanhar, ser maltratada...por mim
...
Já estou em casa, em meu quarto. Meu pai chega como sempre nervoso. Mamãe tá dormindo. Eu sempre tranco meu quarto mas, dessa vez não, dessa vez eu estava com a porta só encostada com medo da mamãe precisar de mim ou passar mal de novo
__sua cachorra__ meu pai escancara a porta me assustando. Eu não grito para não acorda a mamãe mas, acabo chorando pensando que ele irá me bater de novo
__sai papai por favor eu acabei de voltar do hospital e fazer uma cirurgia na minha barriguinha__ disse me encolhendo cada vez mais enquanto ele se aproximava
__nimguém mandou você nascer sua imunda__ ele me pega pelo cabelo e sem mais nem menos ele abra a calça e tira a cueca e bota seu membro em minha boca
__por favor papai para__ tento dizer mas estou sufocada. Ele continua com movimentos bastante brutos até gozar em minha boca
__se você cuspi eu vou te bater__ então sou obrigada a engolir aquela merda nogenta. Ele começa a tirar minha roupa de forma bruta e eu choro muito pela forma bruta mas, meu choro parece que faz cosquinha nele. Ele vai até minha intimidade e tenta penetrar ela, tenta uma, tenta dias, tenta três, na quarta fez ele consegue e eu tento gritar. Mamãe vai entender se eu acorda ela, mas então ele tampa a minha boca e só sai lágrimas de meus olhos e o desespero transmitidos entre eles. Ele acelera cada vez mais e mais, mesmo eu fraca dava para ver que ele não tinha a intenção de parar com aquilo. Então desmaio
Quando acordo já é bem a noite então eu tento me levantar mas não consigo. Vejo que eu estou trancada no quarto. Ele provavelmente ao sair me trancou para que eu não podesse contar nada para minha mãe
__Deus ? O senhor pode me ouvir ?__ eu estava chorando, tentado soluçar baixo para meu pai não ouvir__ se o senhor estiver me escultando cuida de mim e da mamãe Deus. Meu pai me bate muito e faz coisas que eu não gosto__ me encolho ao lembra oque tinha acontecido a horas ou até mesmo a minutos atrás. Sinto muita dor ao fazer tal movimento__ eu sei que o senhor não é culpado por existir pessoas más igual ele mas por favor protege eu e a mamãe
FLASHBACK OF
_bom dia isabele__ minha professora sorri em minha direção
__bom dia__ dou um sorriso fraco e vou para meu lugar. Não presto muito atenção na aula fico pensando aonde meu pai está. Ele não foi pra casa até agora mas eu sei que ele não nos deixou em paz. Ele nunca deixou. Não é algumas lesões em meu corpo que o faria me deixar em paz. Oque ele estará aprontando__ por favor Deus não deixa ele me matar não nem fazer nada com a minha mãe__ chorei em meu cantinho. Esqueci que estava em uma sala de aula
__você está bem Isa ?__ minha professora pergunta baixinho ao meu lado
_tô sim__ sorrio fraco
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O Grito Silencioso de uma Criança
RandomO choro que ninguém consolou. A tristeza que nunca sessou. Ela implorava ajuda mas, ninguém a ouvia