CAPÍTULO IV

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Abro os olhos ... Será que tudo passou ? Está tudo um sossego. Minha irmã estava deitada no meu ombro. Serena que nem um anjo. Por momentos fiquei ali, a olhar para ela. Toda aquela inocência, toda aquela tranquilidade, toda aquela ignorancia, tudo isso fluia do corpo dela enquanto dormia e isso me tranquilizava e não me deixava pensar nos problemas que se tinham passado.

Peguei na cabeça dela, levemente, e pousei-a em cima da almofada. Saí da minha cama e dirigi-me para a porta.

Tudo o que eu desejava era que tudo o que se tinha passado ontem fosse mentira ! Que tudo não tivesse passado de um simples sonho ou melhor de um pesadelo ! ‘Sonhos’ como este eu não desejava nem ao meu pior inimigo !

Abro a porta do meu quarto e tento ouvir algum ruido. Tudo estava sereno. Não conseguia ouvir a minha mãe a fazer o pequeno almoço como ouvia todos os dias. Não conseguia ouvir o meu pai a fazer as suas ‘orações’ e ao mesmo tempo a resmungar com a Filipa por ela ter a musica nas alturas enquanto ele ‘orava’ como ele fazia todos os dias. De todas essas coisas, o que eu mais anceava em ouvir eram os gritos do meu pai. Os gritos daquele cobarde sem escrupulos com quem eu não consigo viver....... mas nada. Não ouvia nada. Estava tudo vazio.

Fui aos restantes quartos da casa. Todos vazios.

Desci as escadas.

A sala estava vazia. A despensa estava vazia. A garagem estava vazia. A sala de jantar estava vazia. TUDO ESTAVA VAZIO !

A cozinha. Esse lugar onde eu anceava encontrar minha mae sentada no colo do meu pai a partilharem as panquecas ... essa estava completamente vazia e cheia de nada !

O maior dos meus medos tornou-se verdade. Tudo aquilo não passou de um simples pesadelo ! Tudo aquilo foi verdadeiro ! O episódio mais aterrador da minha vida !

“ MÃÃÃÃÃEEEEE !!!!! “ gritei eu desejando ouvir uma resposta ... mas ... NADA !

“ MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃEEEEEEEEE !!!!! “ gritei novamente mas mais forte ... e ... NADA.

Caí no chão de joelhos, chorando sem saber o que fazer !

De repente, o telefone toca. Eu fico a olhar para ele.

Atendo ou Não Atendo ????

Se eu atender posso ouvir alguma coisa boa do meu pai. Saber se ele está melhor. Saber onde está a minha mãe. Mas se eu atender também posso receber a noticia da morte do meu pai. Posso saber algo mais que piore ainda mais a situação, por isso mais vale não atender.

Deixo o telefone tocar e, como uma brisa leve que passa de passagem, o toque vindo daquele aparelho pára.

Passados uns 5 segundo torna a tocar e eu não exito duas vezes e atendo.

Eu- Estou ?

XXX- Estás bem Lourenço ? Como está a tua irmã ? Diz-me ! ( diz preocupada )

Eu- Mãe ! Ai meu deus ainda bem que és tu ! Só me apetece chorar mãe ! Estou com tanto medo ! ( digo chorando )

Mãe- Lourenço ! Não chores ! Vá lá ! Respira fundo, vais ver que tudo vai passar ! Diz me só se tu e a tua irmã estão bem !

Eu- Sim mãe ... estamos bem ... a Filipa ainda está a dormir mas não deve tardar até acordar ! E tu ? Onde estás ? Como está o pai ?

Mãe- Ainda bem. Eu estou no hospital o teu pai está ( ..... )

( Voz do outro lado da linha )

“   XXX- Kate ! Não vale a pena !Está Morto !  “

Mãe- Lourenço desculpa eu tenho de ir ! Ligo te mais tarde !

( desliga a chamada )

O QUÊ ? O MEU PAI ESTÁ MORTO ? COMO PODERÁ SER POSSIVEL ? EU MATEI O MEU PRÓPRIO PAI ! EU NÃO ACREDITO ! E AGORA ? O QUE SERÁ QUE EU VOU FAZR DA MINHA VIDA ? O QUE SERÁ DE NÓS ? O QUE SERÁ DA FILIPA SEM UM PAI ? ( digo no meu pensamento )

Filipa- Lourenço ! Que se passa ? Eu ouvi o telefone ! Como está o pai ? Como está a mãe ? O pai está vivo ?

( exito em responder )

Filipa- O pai morreu não morreu ? ( diz chorando )

Eu- Não mor ! Ele não morreu ! Não te preocupes ! Está tudo bem ! A mãe não tarda para chegar a casa ! Não te preocupes !

Filipa- Prometes-me ? Prometes ? Diz que sim ! Por favor !!

Eu- Prometo meu amor !

( abraçamo-nos )

E agora ? eu acabei de lhe mentir acerca do que se passou ! Meu pai está morto ? Eu fiz lhe uma promessa que não pode ser cumprida ! Uma promessa impossivel. Algo inalcançável ! Ela nunca me iráperdoar quando souber a verdade.

( batem à porta )

Filipa- Deixa-te estar ... eu vou atender ( diz com um leve sorriso na cara )

( uns momentos depois )

Filipa- Tio Robert !!?? ( diz surpreendida )

Robert- Minha sobrinha preferida !! ( diz contente )

Robert pega nela ao colo e da-lhe uns miminhos nas costas.

Robert era o irmão da minha mãe. Ele morava na minha antiga cidade. Desde à uns anos para cá ele deixou de manter contacto connosco devido a uns problemas que teve com o meu pai e como eles nunca se deram bem, mais valia nem dar noticias ! E foi o que ele fez durante todo esse tempo ! Por isso o seu ‘regresso’ me deixou estupfacto.

Robert- LOURENÇO !!! CARALHO ! ESTÁS ENORME ! QUE CARINHA TRISTE É ESSA ! ( diz dirigindo-se para mim de braços abertos )

Eu- Não pegue em mim e não fale com toda essa alegria porque não tenho motivos para estas contente ! ( digo indignado e com ar de arrugante )

Robert- NÃO TENS ?? ( diz surpreendido ) O teu pai está ( ... )

**** CONTINUA ****

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Então ? Que tal está ? Será que o pai do Lourenço está vivo ou morto ? Será que Robert está feliz por causa da morte do pai do Lourenço ? Como eles não se davam bem ! ... Talvez ! Vemos ver como vai correr ! Mais noticias saem brevemente ! Não se esqueçam de votar e de comentar como sempre têm feito !!! Muito obrigado ! Amovos muito ! <3

PS: Não tenham medo de me mandar mensagem ! Tenho me sentido muito sozinho e quero falar ! hahahhaah <3 bye <3

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Bleeding Love (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora