Capítulo 1

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Eu a tempos não sabia o morro, a tempos não colocava um fuzil nas costas e o oitão na cintura.

Mas tempo ainda que não botava um cigarro entre os lábios, tudo voltando ao normal agora

Eu estava crescendo, em uma comunidade, ia assumir a gerência da boca quando me jogaram em cana

O patrão ficou com medo de perder o posto, preferiu me botar atrás das grades

Mas pode pá, é assim que a parada funciona

Em pensar que eu daria a minha vida pra defender aquele cara

- patrão tá chamando lá na dose - um dos caras disse e eu me levantei pegando a chave da "minha" moto - se adianta

Sai da boca e joguei meu cigarro no chão pisando em cima, subi na moto e desci o morro feito um louco

Quando cheguei na dose tava o maior fervo, carros de som e bebidas por toda parte

O procurei com os olhos e assim que encontrei fui até ele

- mano Russo - ele disse rindo, chapado pra variar - preciso que tu faça um corre pra mim - passou um dos braços por meus ombros me puxando para longe da confusão

- fala ae - eu disse o afastando

- leva isso aqui lá na Vanessa, ela mora no barraco de frente pro teu - me estendeu um pacote pequeno de cocaína e eu o peguei enfiando no bolso - fala que o dado que encomendou e que final de semana de volta pra cobrar

- fechou - fizemos um toque e eu voltei pelo mesmo caminho, agora precisado desviar das mina que se ofereciam

Se é doido que eu vou me preocupar em pegar muie e correr risco de ficar preso novamente

Mulher de Vagabundo - MOnde histórias criam vida. Descubra agora