Perdão

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Acho que não posso reclamar porque ao menos o banheiro é absolutamente grande, confortável e tem uma banheira, o meu sonho de consumo, já que na casa dos meus pais, o meu banheiro era minúsculo com direito a uma pia e um vaso, já o banheiro do quarto do Anakin tem box duplo, com uma pedra de lavatório duplo, tudo de dois, me fez ficar me perguntando se ele já tinha planejado isso ou se trazia muitas companhias femininas e era por conta disso que tinha tudo em pares.

Tomei banho no box sofisticado com o Kael, ele adorou a água morninha e logo em seguida quando nos secamos ele ficou todo contente porque sequei seus cabelos com o meu secador, ele ama tomar banho comigo. Coloquei um short leve e uma blusa de mangas folgada, deixei ele só de fralda porque sabia que lá fora estava mais quente que o habitual, então quando voltamos para o quarto já prontos, a mesa no canto do quarto estava montada com café da manhã completo.

Meio boquiaberta fiquei surpresa por ter uma funcionária num canto ao lado da mesa uniformizada em pé, ela indicou uma das cadeiras e me sentei com o Kael no colo, ela me serviu com ovos de gemas moles, pão com manteiga e café, frutas, suco, logo em seguida pediu licença e deixou o quarto.

Kael comeu junto comigo, lhe deu morangos e uvas, me senti realmente bem grata porque estava faminta, logo que terminei voltei para a cama com o Kael, nos sentamos e então decidi mexer no celular que o Anakin me deu, fiquei constrangida de inicialmente não saber como desbloquear o celular, porque não tinha botões na tela como o meu, mas descobri no pequeno manual que era de desbloqueio facial, então depois de quase meia hora consegui, haviam aplicativos de dezenas de coisas, incluindo um de mensagens via internet.

Sabia que era um celular bem caro, não gostava daquilo porque odeio sentir que exploro os outros, mas Anakin me deu, então quis saber mais sobre como mexer no aparelho, coloquei no youtube e quando os desenhos surgiram, Kael colocou a chupeta na boca, se encostou em mim e tomou da minha mão todo risonho.

Não sei quanto tempo se passou, acho que adormeci de novo, então agora acabo de acordar sentindo um toque suave na face, Anakin está diante de mim, sentado na cama.

—demorei muito, me desculpe.

—sem problema.

Kael está deitado em cima de mim, o celular jogado num canto da cama, dorme também, me ergo com cuidado e o coloco deitado na cama com a cabeça em cima de um travesseiro. Me afasto para não acorda-lo.

—mamãe quer que se junte a nós no jantar.

—tá.

—ainda muito cansada?

—não é cansaço, acho que foi o fuso.

—ah, tem isso também, mas logo se acostuma.

—bom.

Me estico, Anakin fica me olhando todo pensativo.

—o que foi?

—nada, é que você... cresceu.

Reviro os olhos, ele solta um pequeno sorriso estranho.

—claro que cresci né?

—não é nesse sentido Meri.

—e é em qual?

—da última vez que te vi nem peito tinha direito.

Fico constrangida inicialmente, mas depois decido ignorar.

—você continua narigudo.

—vai jogar sujo?

—ao contrário de você, eu só trago verdades.

Borralheira * DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora