Meu deus eu esqueci completamente de atualizar essa história kkkkkkk eu disse que atualizaria todo dia e acabei ficando uma semana sem atualizar eu sou uma decepção.
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As coisas voltarem ao normal talvez fosse pedir demais. Acho que, nosso normal se habituou a ser o estranho, essa era uma verdade. Não digo que eu e Jaemin não voltamos a ser amigos próximos, pelo contrário, realmente restauramos uma relação íntima de amizade, todavia, não seria a mesma de antes. Não tínhamos mais os mesmos bordões, as memórias de todas nossas piadas internas não eram mais tão vivas. Agora eu também já havia visto os filmes do Star Wars, tinha feito um amigo com passado trágico que usava pulseira com as cores do reggae, mas que me ensinou a gostar de Nirvana e Beatles e engolir a sua sinceridade áspera.
Enquanto que Jaemin aparentemente havia conseguido um emprego em uma Lan House, onde passava a tarde pegando o dinheiro de crianças doidas para jogar em um computador que elas não tinham em casa. Mas quem diabos teria isso, aliás? Eram caros demais e isso trazia lucro ao local onde o Na trabalhava.
Eu também passava algumas tardes naquele lugar. Geralmente sentado sobre o balcão da recepção onde o meu amigo trabalhava, como se eu também pertencesse a aquele local. Os computadores brancos ficavam bem na minha frente, seus tamanhos eram enormes, pareciam com as TV's de 14 polegadas, com seus tubos enormes atrás da tela e fazendo um barulho estranho como quem respirava. Eu costumava passar o olho por cima daquele objeto um pouco receoso, meus dedos eram lentos demais ao buscarem as letras dos teclados e a sensação do meu dígito afundar cada vez que eu apertava uma letra era estranha demais. Jaemin costumava rir de mim, dizendo que eu parecia uma velhinha e precisava me adaptar a tecnologia que agora estava surgindo.
Nessas tardes eu costumava levar uma garrafa térmica cheia de café para nós dois, e insistir que, em seu computador na recepção ele deixasse bem baixo uma música dos Beatles.
Eu via algumas crianças assim como fui anos atrás aparecerem com algumas moedas na mão, pedindo para ficar uma hora jogando escondidos de suas mães e saírem quando o tempo se esgotava felizes, prontos para agora irem brincar na realidade.
—Vou fechar. — Jaemin acabou comentando enquanto girava a chave da porta entre seus dedos.
Não havia mais ninguém ali, já era quase sete horas da noite. Eu me coloquei do lado de fora, com os pés fixos no chão de concreto da calçada. A garrafa térmica vazia em mãos. E essa era uma nova piada entre nós. Não existia mais o colégio como instituição falida havia a térmica de café tão amargo quanto a própria adolescência.
Andamos então de volta para casa juntos, Jaemin me abraçava pelo ombro enquanto ficávamos quietos. Já estava escuro, os postes iluminavam as ruas pacatas da vizinhança, enquanto eu pensava sobre como talvez a relação que tínhamos agora era melhor do que as coisas simplesmente voltarem a ser como antes.
Lembro-me da voz de Jeno após rir da minha cara afobada e feliz por Jaemin estar de volta. Lembro de como o Lee me olhou e falou:
—Junnie, você vai se apaixonar de novo.
Eu não entendi o que ele quis dizer com aquilo, porque em minha mente eu já era apaixonado por Na Jaemin e tudo que conhecia dele. Aí estava o porém, a distância o mudou, fez de Jaemin um cara que ouvia Radiohead e até mesmo uma pessoa que foi contra qualquer regra rígida da escola e chegou um dia com os cabelos pintados de laranja. Na agora sabia falar um pouco de inglês e arranhava também um japonês.
Aquele era um novo Jaemin, que dizia estar lendo o livro de Nicolau Maquiavel e achando um retrato da política moderna mesmo sendo algo escrito na idade média. E eu gostava desse novo Jaemin também. Jeno estava certo. Eu me apaixonei de novo, por uma outra parte que ainda não conhecia. Por uma nova versão do meu velho amor.
—Hooyeon me chamou para aquela festa estranha que tenta imitar os bailes de adolescentes americanos... — Jaemin comentou quando nos aproximávamos de casa.
Eu o olhei interrogativo, Hooyeon era uma das garotas mais bonitas que já vi naquele colégio, sequer parecia adolescente.
—Ela que te chamou? — Pedi um pouco surpreso.
—Sim, disse que não depende de homem e o feminismo moderno lhe permite convidar ao invés de esperar o príncipe encantado chegar.
—Ok, ela é estranha. — brinquei.
—Ela é incrível. — Jaemin me corrigiu.
Foi então que eu percebi: ele estava gostando dela. E aquilo de certa forma, sendo mais apaixonado ainda por ele, me feria. A sensação que invadiu minha garganta era amarga como fel. Sentia meu estomago se revirar e a bile subir até invadir meu paladar.
—Você gosta dela, ok. — murmurei concordando.
—Não diria gostar, diria achar agradável. — novamente me corrigiu, porém, minha mente ignorou. Ele gostava dela. — E você? Vai com quem?
—Jeno disse que se nenhum belo partido lhe convidasse eu deveria ir com ele, para rirmos das pessoas com pares apaixonados e vestindo roupas alugadas.
—Nenhum belo partido convidou Jeno até agora? — Pediu e eu neguei. — E a você?
—Por favor, Jaemin, ninguém me convidaria, nem as garotas do feminismo moderno, muito menos os garotos imbecis do colégio. Mais fácil eles se juntarem e me darem uma surra.
—Não seja exagerado, Renjun.
—Não estou sendo. — falei sério.
—Está. — Me lançou aquele maldito sorriso travesso. — Jeno não admite em voz alta, mas acho que ele te convidou para o baile.
Franzi o cenho.
—Acho difícil.
—Renjun, Jeno é gay. — Jaemin disse e eu o encarei de olhos arregalados.
—Como você sabe disso?
O Na de ombros soltando uma risada baixa.
—Ele nunca fez questão de esconder. E acho que também gosta de você.
Ri, não havia outra maneira de expressar o que eu sentia ao ouvir aquilo. Era simplesmente ridículo dizer aquilo, não quando eu conheci Lee Jeno bem o suficiente, muito mais do que Na, e sabia muito bem decifrar o sentimento estampados por trás da máscara de indiferença do meu amigo.
—Duvido muito. — Afirmei ao fim do riso. — Mas, mesmo que isso acontecesse não importa. Eu não gosto dele de volta.
—Não?
—Não.
—Pensei que ele fosse seu tipo. — Lembrou-me do que disse um tempo atrás.
—Eu menti apenas para te provocar quando disse aquilo. — Dei de ombros.
—Uma pena, pois vocês seriam um casal bonito.
Meu peito doeu mais ainda, porque Jaemin falou aquilo com tanta sinceridade que eu soube: Ele nunca me viu além da linha imaginária traçada pela amizade. Eu já imaginava isso, aquela foi, todavia, a confirmação inegável. Jaemin não se importava de eu amar outro porque não me amava.
E meu coração se partiu em pedaços imaginando que, eu e Na também formaríamos um casal bonito, mas apenas em meus sonhos.
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sobre todas as vezes que jaemin partiu meu coração »» renmin
FanfictionUma história sobre a pessoa que destruiu o coração de Huang Renjun tantas vezes até não restar mais nada além de pó.