Loirão

144 16 10
                                    

Vanjie

Andei um pouco, longe das meninas, procurando por Brooke. Ela estava muito abalada e eu sou ótima em ajudar os outros, pelo menos é o que eu acho.

Dei uma leve risada com esse pensamento, não, eu não sei ajudar, eu só quero tentar vê-la.

Ouvi uma música clássica e avistei Brooke dançando balé. Seu corpo se mechia com certa leveza, eu a encarava e nem percebi que andava até a dançarina.

—Vanjie. –Ela disse suavemente.

—Você dança muito bem.

Ela sorriu tímida.

—É, eu treinei bastante.

Ela segurava seu braço direito fazendo leves carícias em si, parecia nervosa.

—Você está bem?

Sua expressão mudou, estava surpresa.

—Sim, não, eu estou confusa.

Eu sentei em um banco próximo a nós. Ela desligou a música e se aproximou de mim.

—Senta. –Disse eu gesticulando. —Pelo visto você é próxima do seu irmão.

Ela assentiu.

—-Nós crescemos juntos, e, ambos somos superprotetores. E quando alguém é cuzão com ele, eu quero destroçar a pessoa e... –Ela me olhou confusa. —Desculpa, eu não devia estar jogando as coisas em você.

Eu olhei em seus belos olhos verdes, quase cinzas.

—Está tudo bem. –Toquei em seu braço. —Fui eu quem te procurou, eu quero realmente saber se está bem.

Mais supresa em seu corado rosto.

—E-Eu estou, estou bem sim, obrigada Vanjie. –Disse docemente. —Tem que ir, senão vai se atrasar.

—O sinal não tocou.

—Tocou sim, faz dois minutos.

Ela riu. Fiquei feliz em vê-la rindo, o som invadia os meus ouvidos como harmonia perfeita. Meu celular começou a tocar: Cracker.

—Tenho que ir. –Olhei para trás. —Conta comigo.

Dei um beijo em sua bochecha e sai, quase saltitante.

—Alô?

Loira sapata: Ô SUA HÉTERO.

—NÃO ME XINGA CRACKER.

Loira sapata: Cadê você vaca?

—Tô chegando na sala.

Monet esponja: Onde estava?

—An, é melhor se eu contar pessoalmente.

Desliguei ao ouví-las me xingar. Cheguei na sala em poucos minutos e por sorte, o professor estava atrasado.

—Pegamos sua mochila.

—Eu sei. Se não tivessem pegado, eu ia bater em vocês.

Cracker fez um "ih" agudo.

—Onde estava viada?

—Conversando com Brooke.

Elas se olharam e surtaram.

—VOCÊ NÃO PERDE TEMPO.

Algumas pessoas nos olharam, outras continuaram a fazer o habitual, jogar bolinhas em seus amigos e forca no papel.

—Eu sabia, eu sabia. –Monet ria enquanto me apontava.

—Sua safada. –Cracker bateu em minha coxa.

—Só foi uma conversa.

—Cracker, quem disse que seria melhor contar algo pessoalmente?

—Eu não sei Monet, parece que ela se foi.

Eu revirei os olhos com esse teatro delas.

—Vão se fuder.

Cracker bateu a mão na cabeça.

—Esqueci. Nós estamos saindo com a menina nova. Então se você puder não mencionar Brooke e apenas dizer; loirão, pra mim está ótimo.

—Vocês o quê?

Senti meu queixo cair igual aos desenhos animados.

—Você não crushava ela até ontem, por ela "ser hétero".

Eu não respondi, estava emburrada demais pra isso.

—Ela deu em cima da Cracker, umas três vezes.

Eu encarei a loira, a qual jogou o cabelo.

—Não tenho culpa de ser tão salgada.

—Chega de piadas com cracker. –Disse eu. —Cadê ela?

—Katelyn estava conversando com Aquaria. –Disse Monet.

—OI? –Cracker gritou ao mesmo tempo que o professor chegou.

—Oi Miz Cracker. –Disse ele sorridente.

Ela sorriu forçado.




Autora: Pelo o que eu saiba Brooke não tem irmãos na vida real




A Few Notes (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora