Abrace a Esponja

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Vanjie

—Tá se arrumando tanto só pra ver a Aquaria?

—Um dos motivos. –Miz disse jogando o cabelo loiro para frente. —Você devia também, talvez a sua admiradora esteja lá.

Eu forcei um sorriso. Não estou 100% nessa, mas vou tentar pela Cracker.

—Oi quengas. –Monet saiu do banheiro vestindo um vestido amarelo sereia.

—Que gata.

—E tem mais.

Ela virou e mostrou uma bolsa verde, colocando-a em frente ao seu corpo.

—Você parece uma esponja.

Nós rimos.

—Eu faço a moda. –Ela olhou pra parede, da mesma forma que ela faz ao ter uma ideia. —Já volto.

—Lá vem.

—Monet seja rápida. E ela já foi.

Cracker me encarava com um sorriso de lado.

—O que foi?

Ela jogou o cabelo e tocou na ponta do meu nariz.

—A senhora até que se arrumou demais.

—Não posso me arrumar pra mim?

Ela me olhou e deu de ombros.

—Como feminista, digo que pode e deve. Como sua melhor amiga, eu te conheço quenga, você se arrumou pra @.

—O teu cu Cracker.

Monet entrou no quarto.

—Ei Mon...

—Agora não.

Ela abriu a bolsa e tirou uma esponja pequena e começou a limpar seu suposto suor.

—O que eu estou assistindo?

—Bob Esponja perdeu o lugar de esponja favorita. –Disse ela. —Eu sou a rainha das esponjas.

—Mas o quê?

Ela jogou o curto cabelo dela para frente e andou até a cama, onde estávamos.

—Eu fiz para nos três.

Eu a olhei confusa. Cracker batia palmas.

—Eu amei.

—Eu estou tão perdida.

—Abrace a esponja.

Cracker abraçou Monet, causando risos. Eu olhava perdida para a minha esponja, por quê?

—Nove horas. –Cracker desligou o alarme. —Vamos comprar álcool no posto. Porque eu sou maior de idade.

Ela jogou o cabelo.

—Idosa. –Monet e eu fizemos um coral.

—Um ano e diferença quengas, um ano.

X

O posto estava lotado, as festas da Aquaria são gigantescas mas não fornecem bebida alcoólica, é o combinado dela com a mãe e nós "respeitamos".

—Ei, que tal isso?

Cracker segurou uma Ice.

—Oi, é a minha admiradora secreta? –Ela jogou o cabelo para o lado. —Não te vi aí @.

Eu ri.

—Não é sexy. –Disse eu.

—Eu achei. –Disse Monet.

—Obrigada.

Ela jogou o cabelo pra frente, por consequência ela bateu a cabeça na minha barriga, porque eu estava em sua frente, fui empurrada e trombei em alguém.

—Desculpa.

Olhei para a pessoa alta e loira. Brooke. Queria revirar os olhos, porém, ela respondeu de forma amigável, até sorriu de lado.

—Não foi nada, aqui está lotado mesmo.

Eu fiquei surpresa com sua gentileza. Voltei a encarar meu grupinho, elas me olhavam sacanas.

—Que tal a Brooke? –Monet sussurrou fazendo Cracker surtar de alegria.

—Não, óbvio que não.

Ela é muito diferente de mim, eu sou escandalosa e ela é reservada, o tipo de pessoa que ri com a mão na frente da boca.

Minha resposta não foi o suficiente, minhas amigas continuaram a me encher.

—Ela é hétero. Hétero.

—Às vezes não. –Disse Cracker. —Bissexualidade, Pansexualidade estão aí.

—Eu sei, mas ela gosta de homens.

—Quem te contou Sra Sabe Tudo?

—Eu apenas sei.


Autora: Escrevi ouvindo "She" (Hayley Kiyoko - LESBIAN JESUS). Não que seja relevante, mas recomendo.





A Few Notes (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora