Jin entrou na casa, a exaustão pesando sobre ele como nunca antes. Ela penetrou em seus ossos, correu por suas veias e pesou sobre seus ombros. Seu telefone não parava de tocar e, nesse momento, ele não aguentava mais. Seus olhos lacrimejavam de frustração e do puro cansaço que ele sentia. Ao seu redor, tudo o que sentia era escuridão escorrendo por sua pele, obscurecendo sua visão. Ele não podia mais fazer isso. Tudo isso estava se tornando demais! Observar seus amigos e entes queridos se machucar não era uma vida que ele queria, ou até sonhava em ter.
Essa vida que ele vivia era uma bênção e uma maldição. Ser um líder de gangue não era o que estava planejado. Claro, ele tinha milhões e milhões de dólares em sua conta bancária, poder sobre toda a cidade e o medo das pessoas em todos os lugares. Mas merda, havia tanta coisa que era péssima. Ter que brincar de deus, ter que olhar constantemente por cima do ombro em busca de perigo, desligar o telefone a cada segundo de cada minuto de cada hora de cada dia! Não ter confiança em sua vida, porque, assim como o sono, isso também era um luxo. Ele podia contar a quantidade de pessoas em quem realmente confiava com uma mão e, para ele, essa era a parte mais triste.
Ele não sonhou com esta vida. Isso nunca foi algo que ele quis. Antes de seu pai morrer, esse mundo da máfia era algo que ele só via nos filmes e, mesmo assim, nunca gostava disso. E agora foi empurrado e forçado sobre ele, arrancando sua inocência e infância como pagamento de retorno.
Ele queria mundanidade. Ele queria ser normal. Ele queria ir para a faculdade e lutar com um major. Ele queria morar em um dormitório e viver seu sonho. Ele queria ir para a escola de culinária e, eventualmente, abrir um pequeno café e trabalhar lá. Mas isso... Toda a violênci, o sangue e, nunca poder ser verdadeiramente feliz ou ter um momento para respirar. Era demais...
- Jinnie, você está em casa.
Ele levantou a cabeça com o som que vinha do seu quarto, pequeno, macio e um pouco grogue. Sua reação instintiva foi pegar a arma no bolso, mas ele se deteve quando viu Namjoon esfregando os olhos na porta.
- Eu não sabia a que horas você voltaria, ou se você tinha ou não comido, então eu comi metade do jantar, mas posso esquentar a outra metade certo... O-oh...
Jin não se importava com mais nada. Ele atravessou a sala e puxou Namjoon para um abraço, os olhos lacrimejando quando ele apoiou a testa no ombro do namorado, precisando de seu amor, calor e conforto agora. Ele não se importava com mais nada. Jin não se importava se ele parecia patético ou não, o que ele sabia que provavelmente parecia, mas ele precisava disso. Ele precisava de Namjoon.
Jin estava convencido de que, na imensidão do universos, ele sempre encontraria Namjoon. Em qualquer mundo, em qualquer cenário, ele e Namjoon deveriam estar juntos. Tão fodido quanto sua vida agora, a única coisa que ele fez certo foi encontrar Namjoon.
Namjoon era sua casa.
- Baby, tudo bem? - Namjoon perguntou suavemente, confuso, puxando Jin em sua direção, sabendo que ele precisava disso.
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Desavenças E Contusões : O Clã Kim - Jikook
FanficMáfia + boxe ┊𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚 » Uma história de amor, amizade e perdão. Jimin é um jornalista preste a perder o emprego que mais ama, determinado a salvá-lo, ele decide fazer uma matéria sobre tudo que envolve lutas subterrâneo e as gangues da ci...